Terror.
Há quase duas décadas, umas das coisas que mais me inpressionou ao passar na agora - novamente - fustigada zona de Pedrógão e de Figueiró dos Vinhos, foi ver o trilho verde que ladeava apenas uma das faces da estrada, mostrando que, quando o fogo a "atravessava", o salto era tão forte que deixava aquela beirinha de esperança, por entre hectares e hectares completamente ardidos...
Não imagino o terror sentido pelas dezenas de vítimas do incêndio deste fim de semana. Mas o máximo que posso fazer é expressar uma intensa solidariedade face ao seu sofrimento, saudando o trabalho duro - mais um - dos bombeiros e de todas as equipas de intervenção. Parece que, desta vez, não terá sido fogo posto. Mas as minhas linhas também se destinam aos assassinos em massa - doentes psíquicos ou não - que ainda existem em Portugal. Num lamento enorme. Tão grande como as paredes de chamas que se choram, ano após ano no nosso país...