Começa daqui a pouco - já "a doer" - mais uma edição do Rali de Portugal, aquele que crescemos a ouvir como sendo "o melhor rali do mundo", mas que há 21 anos se viu saneado do WRC, por razões tão pouco claras como a visibilidade que as estradas ofereciam na prova de 2001, a tal da chuva e do nevoeiro, que terão levado o rali para longe dos desejos dos adeptos. Lembro-me bem da luta épica entre Tommi Mäkinen e Carlos Sainz, favorável no final, por 8,6 segundos, ao finlandês da Mitsubishi, e da festa da equipa na chegada final a um muito enlameado Europarque. Depois disso, acho que apenas assisti "a sério" a uma das edições algarvias do rali, apenas vendo alguns momentos do regresso ao norte e à configuração mais consensual do evento. Para este ano, os novos carros Rally 1 híbridos são o centro das atenções, assim como a nostalgia patente nas comemorações dos 50 anos do campeonato. Nem por acaso, feitas entre nós. Não sei se o Rali de Portugal é o melhor rali do mundo, mas que se trata de um espetáculo memorável, pois isso não há ano - ou politiquice - que consiga quebrar.