Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Nas mãos do São João

21.06.24, MSA

Foto Cronica 185DI JUN24 - Nas mãos do São João

Se poderíamos viver sem festas, nesta terra? Possivelmente, sim, mas a nossa existência seria uma enorme chatice. Pelo que alinhemos o teclado e vamos a alguns parágrafos, em tempos de São João, para exultar e fazer crescer essas mesmas festas…

Sanjoaninas à porta é prenúncio de animação e cor, do garbo habitual com que Angra do Heroísmo, velho burgo quinhentista, hoje palco para turistas e apetecível berço ao comércio elaborado dos petiscos, se expõe naquilo que melhor sabe levar a cabo: receber quem nos visita.

Não é novidade que, nesta altura, a cidade se transforma. Nas suas ruas encontramos gente de fora, uns regressados outros a descobrir a nossa terra, tantos e tantos a perceber como vive a nossa gente.

E tudo assente numas festas que dão um trabalhão imenso a organizar e a divulgar. Que passaram há muito a ser o principal cartão de visita de um concelho que vai tentando honrar memórias, preparando um melhor futuro para os seus. Convenhamos que, em larga escala, o vai conseguindo, apesar das dificuldades de inovação, dentro de um conceito algo estanque, mas que tem singrado.

Aliás, por estes dias, o que menos importa são as teorias de como se devem e podem fazer as festas, pois é preciso vivê-las. E como o tempo passa cada vez mais depressa, quando chega à altura de um balanço, eis que as próximas já estão a caminho. É um corre-corre destas pessoas, que deambulam entre comemorações, juntando a labuta à diversão de forma plena.

Eis-nos, pois, novamente nas mãos do São João. Já o escrevi tanta vez, para ele, para o santo bonacheirão, padroeiro da nossa alegria, a pelar-se por uma mesa bem regada, por um agrado de balão, por uma rima em manjerico. Tão nosso, tão do mundo, tão sorridente nas boas vindas ao verão e às pronúncias da diáspora. 

Este ano (ainda) não decorei a letra da Marcha. Como referido acima, o tempo passa cada vez mais depressa. E ou é de mim, ou num instante estamos a ver o fogo por cima da baía. Mas nem isso interessa, haverá um forcing para cantar os 50 anos da Liberdade, do Álamo e do Carlos Alberto a fazerem dançar as graças, numa noite que se cruza com o sol do abençoado feriado.

Angra está festiva e contente. Nós estamos inquietos por cada momento de reencontro e recordação. Somamos mais umas Sanjoaninas à vida. Onde cada noite mal dormida é diversão bem acordada. Divirtam-se muito!

174 Nas mãos do São João - DI 21JUN24.jpg