Semana de eleições e hoje, como agora só ocasionalmente acontece, deixo que a política passe por estas crónicas de periodicidade irregular. Lá de vez em quando, acontecem ambas as coisas. E justifica-se, porque domingo é um dia de importantes decisões.

De facto, se há coisa que não faço há muito tempo é escrever antes de eleições. Alguns leitores já viraram a página, outros resmungaram mesmo: “pronto, mais um assessor de um partido a fazer o frete da praxe…” Pois enganam-se, mesmo se, de facto, há gente demais a fazer fretes nos jornais. E isso, na minha humilde visão, só prejudica os jornais, ainda se os alimenta.

De alma lavada e dever cumprido, pois votei antecipadamente domingo passado, sinto que continua a ser preciso um esclarecimento aos cidadãos sempre que vamos a votos, de forma a saberem o que vão escolher. No caso deste dia 18, escolher os deputados da nação, por cada um dos círculos eleitorais do país, sendo que a composição do Parlamento ditará depois a formação de mais um Governo da República.

E é com a noção de estabilidade, e da extrema necessidade dela, que titulei estas linhas, pois não lembrará a ninguém que o rumo de crescimento que o país atravessa seja interrompido, por mais que haja quem grite e esperneie nesse sentido.

E acho que esse é um dos incómodos grandes, que assolou a campanha e ganhou lugar cativo na política nacional: Grita-se e esperneia-se demais. Valoriza-se o acessório e descura-se o essencial. Nomeiam-se prioridades e depois vira-se o foco para quezílias estéreis que, ao que diz, dão audiências e movimentam conteúdos noticiosos. Acredito que sim, mas aborrece-me.

Mas vai daí, e os portugueses – já sei, e as portuguesas, e blá blá blá… -, no caso, naturalmente, também os açorianos, vão escolher quem os defenda melhor na Assembleia da República. Depois de cerca de um ano de governo da AD, um Executivo que olhou mais por estas ilhas que a gestão socialista da quase anterior década. Os factos são indesmentíveis, o que justifica todo o ruído que a agora-oposição vai fomentando. Dá-lhes jeito…    

Meigamente falando, o exercício de memória nem é muito difícil de fazer, porquanto uma avaliação honesta diferencia perfeitamente o que fizeram, neste último ano e nos anteriores, Paulo Moniz e Francisco Pimentel, Francisco César e Sérgio Ávila, e até aquele rapaz das malas ou quem se quer alcandorar ao seu posto.

Acima de tudo, que vença a consciência. E que cada vez menos gente fique em casa no dia de escolher por Portugal. No que respeita a defender os Açores…há dúvidas?