Despedida.
Há pouco, fomo-nos despedir da Sónia. Era uma amiga de infância, próxima e distante, mas que estava sempre ali com um sorriso. Mesmo nos meses intermináveis em que nem nos cruzávamos, coisa tão frequente nestas terras pequenas.
Uma despedida triste e estranha, como são todas as que contrariam a natureza. E que nos embrenham numa saudade e numa pena, por perceber que havia ainda tanto para fazer. E que ficou tanto por dizer. De mansinho e sem ondas. Porque foram sempre assim as conversas avulsas e as partilhas de projetos e ideias. Próximas e distantes. E a Sónia estava sempre ali com um sorriso.
Será sempre dessa forma que a vou lembrar. Percebendo, no entanto, que ela merecia bastante mais.
Um beijinho, amiga.