A ingrata tarefa de Vítor Bruno
Era efetivamente ingrata a tarefa de Vítor Bruno (VB) no FC Porto. Tido como um adjunto competente - e conhecedor - de Sérgio Conceição (SC), foi-lhe impossível recusar o desafio de, mesmo sob circunstâncias difíceis, "subir" a técnico principal. As coisas até começaram bem, mas a base era frágil. Nunca se impôs como autor tático com brilho - aliás a equipa nunca brilhou, nem a espaços -, escusou-se numa teimosa apatia de objetivos, e nem fisicamente o plantel azul e branco parece estar bem.
Os desaires foram surgindo, mesmo se nunca baixou muito face ao que SC fez nas suas últimas temporadas de Dragão ao peito. Mas essa bitola era fraca, e o certo é que nem conseguiu encher o olho a uma maioria de adeptos insensível à quase-falência do clube. Enfim, gente que - muita dela - interiorizou o logro de ganhar a qualquer custo. A história mostra-nos no que deu.
Voltando a VB, a paciência geral esgotou-se pela sua fraca voz de comando e ausência de rasgo. A que se juntaram a pobre atitude de alguns craques da equipa, que se dúvida o sejam mesmo. Se lhe fizeram a folha? Com a ajuda do próprio, sim.
Resta que a direção do clube e os responsáveis pelo Futebol mostrem um critério claro em torno de quem vier agora. Tarefa difícil quando há pouco dinheiro, mas com arte, engenho e dedicação, também nas coisas da Bola há boas surpresas.
Bora, Pooorto! 🩵