Hulk: de "incrível" a "vulgar"...
Um artigo lido esta manhã (cujo título surripiei de imediato...) despertou-me (juntamente com alguns tendenciosos comentários...) para a vertente futebolística, outrora mais retratada neste nosso espaço, uma realidade que nem sempre soube manter. Na temporada nacional em curso, e até porque pouco me interessa a novela criada pela comunicação social à volta da lesão de Cristiano Ronaldo, logicamente que as péssimas semanas que o meu F.C. Porto atravessou, e que espero o interregno para os jogos da turma das quinas consiga suavizar, teriam de estar na ordem dos dias. De facto a equipa de Jesualdo está a sentir, como se esperava embora um tanto tardiamente, a falta do miolo excepcional das últimas quatro épocas, onde Lucho González mandava e desmandava, assim como as pouco habituais alas azuis-e-brancas, isto face a uma tendência de médios criativos de grande nível na última década e meia, pecam pela ineficácia. Isto para não falar da fantasia de Lisandro, agora a entusiasmar a frente francesa do Lyonnais. Mas o escrito visa a que deveria estar a ser figura maior da equipa: Hulk. O "incrível" está a cair na cotação de uma forma (essa sim...) incrível, querendo já a imprensa rotulá-lo de grande decepção da época, e a verdade é que o fio de jogo dos tetra-campeões tem sofrido com a sua baixa de produção e ainda menor inspiração. Ou se calhar nem tanto, afinal Hulk não é um jogador cerebral, e apenas a linha ofensiva da equipa ainda não assimilou o seu estilo brutal na plenitude, o que se comprova com, a espaços, ser ele o dinamizador de toda a movida portista. Já tive oportunidade de ver Hulk ao vivo, tanto em jogo como em treino, e afianço que ele é do mais explosivo e impressionante que há. Daí os cem milhões com que o clube da invicta o prendeu à base, daí a marcação cerradíssima e as faltas ininterruptas que sofre, daí o interesse de muitos colossos do futebol internacional pelo dito. Sobre Hulk não espero nem desespero, na certeza de que ainda será ele a fazer a diferença nos seis pontos que há a recuperar daqui em diante. É que, clubites à parte, sempre me habituei a, nestas coisas da bola, só fazer contas em Maio...