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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

11.Nov.09

Andanças camarárias de Angra...

 Ainda não parou a dança das cadeiras na câmara de Angra...

Segundo a nossa comunicação social, só amanhã se ficarão a conhecer – na verdadeira acepção do termo – as linhas com que se vai coser a gestão da câmara de Angra nos próximos tempos. Digo nos próximos tempos, e pesem embora as declarações dos vários quadrantes excluindo um cenário de eleições antecipadas, porque não acredito que a gestão vigente, garantida pelo PS embora sem maioria, queira governar sem poder mandar, queira dizer sem reinar, ou sequer queira dividir responsabilidades e actos com quem teve menos votos, embora pela vontade popular tenha ficado com igual representação de vereadores, à qual se soma mais um elemento, que poderá decidir as contendas mais polémicas...ou não.

Os cenários são apenas dois, e implicam a nomeação das administrações dos serviços municipalizados e da empresa municipal que tutela a cultura. Numa primeira abordagem, a desejada pela câmara às mãos de Andreia Cardoso, os principais nomes – que decidem, pagam e assinam – da gestão angrense seriam socialistas e não se falaria mais no assunto, nem porventura se saberia de qualquer habilidade financeira ou conluio de interesses, coisas tão em voga nas realidades autárquicas, quase sempre com dedos apontados que dão voltas sem se fixarem. Num outro prisma da questão estaria a aceitação, pelos eleitos do partido mais votado, de as ditas administrações, incluírem – em lugares de topo e com influência directa no andamento decisório de ambas as vertentes – membros das listas social-democrata e democrata-cristã, e sendo que a presidente de câmara já assumiu não querer membros externos a ambas as vereações nos cargos a ocupar (uma opção que não é consensual com as propostas que a própria já fez…), uma realidade que apenas depende da anuência de Artur Lima, afinal ele será o fio da balança, como sempre desejou, destas e de outras questões. Isto caso resolva levar o mandato em diante.

Não concordo que as valências camarárias se fiquem pelo partido do poder, afinal o mesmo não representa os votos da maioria dos angrenses, mas o certo é que, também neste particular, se vai sentindo pelas artérias do velho burgo, o mais forte desinteresse pela questão. Aqui, como noutras paragens do Portugal real, o povo vota, reclama e critica, mas na hora de assumir posições, demarca-se das hostes, quer sejam elas de posição, oposição, ou outras coisas que tal…

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