A Censura, em Castelo Branco.

O Museu Nacional da Imprensa inaugura na próxima 5ªfeira, dia 2, às 18h, a exposição Lápis Azul: a Censura do Estado Novo em Castelo Branco, no Cine-Teatro Avenida.
Produzida pelo Museu Nacional da Imprensa e promovida pela autarquia local, esta exposição é alusiva ao 25 de Abril e pretende mostrar ao público em geral a falta de liberdade que Portugal viveu até à revolução de 1974.
A exposição apresenta dezenas de documentos ilustrativos do largo espectro da actuação censória que vigorou durante 48 anos, desde o golpe militar de 1926 até ao 25 de Abril.
A exposição está estruturada em núcleos, de forma a contemplar os diversos sectores da actividade informativa e cultural em que funcionaram os mecanismos censórios, desde a Imprensa à Música, passando pela Rádio, TV, Cinema e Teatro.
Ao nível da Imprensa, existem dezenas de provas de censura que mostram a diversidade e a tipologia dos cortes, desde a política ao desporto, incluindo as questões sindicais e cineclubísticas, entre outras. No domínio do Cinema, podem ser apreciadas ordens dos censores, anúncios retocados e mapas semanais dos Serviços de Exame e Classificação da Inspecção dos Espectáculos. Ao nível da Literatura, são apresentados vários autos de busca e apreensão de livros nas tipografias, editoras, livrarias e fronteiras. No campo do Teatro, guiões, ofícios, notificações e cartazes atestam a acção do lápis azul. No âmbito da Música, apresentam-se processos movidos contra cantores e letras de canções proibidas.
Com a apresentação desta mostra em Castelo Branco, o Museu Nacional da Imprensa, sediado no Porto, prossegue a sua política de descentralização cultural.
A exposição vai estar patente ao público até 2 de Abril, na Sala da Nora do Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, no seguinte horário: 3ª a domingo: 10h-13h e 13h-19h.
PS-Para quando mais intercâmbios entre o Museu da Imprensa e os Museus Açorianos?