![Parte do colorido grupo, antes de arrancar do Porto das Pipas...]()
Mais do que referir a “utilidade” pública de se organizarem passeios de automóveis clássicos ou sequer enaltecer a forma ordeira e profissional como estes eventos têm decorrido na Terceira, há que destacar o orgulho na cara de cada um dos proprietários dos mais de 40 carros que andaram por aí no sábado, todos eles disponíveis para exibirem os seus “brinquedos” estrada fora e com vontade expressa de falar sobre peças e restauros durante as horas que são, em alguns casos, o intervalo entre o muito tempo (e dinheiro…) dispensado a alimentar a paixão de ver rolar em brilho todos aqueles automóveis com história. Uns mais imponentes, outros com avanços tecnológicos que fizeram furor, mas todos eles com esmero em abundância sob os capots e muita dedicação nas reluzentes carroçarias.
A caravana saiu de Angra já com a manhã a despedir-se, tendo rumado ao Algar do Carvão (onde havia alguma indefinição face ao acesso, mas que felizmente se resolveu a contento de todos), local que foi visitado em estreia por alguns dos presentes, sendo que a demora inicial levou os cerca de 100 participantes até aos Altares para um agradável almoço no “Caneta”, onde houve histórias e conversa para todos os gostos. Pelo litoral foi-se depois para os vizinhos Biscoitos, com nova paragem para provar as novidades da Adega Cooperativa local, seguindo-se ao interior da ilha, que se atravessou em bom ritmo para chegar à sede do TAC, onde as participações e distinções (ver caixa) foram devidamente premiadas.
Na Terceira, depois dos ralis, do todo-o-terreno, das motos , quads e demais motores, também os clássicos respiram saúde, sendo que os investimentos e apoios são, quando comparados com outras paragens, meramente residuais. Se bem que os resultados estejam à vista…
E os premiados foram…
À semelhança dos anteriores passeios havia cinco prémios em disputa. Dois deles foram arrecadados por veículos “repetentes” e que diziam respeito à provecta idade dos mesmos, nomeadamente o Morris Minor (1951) da Família Gonçalves e a BMW R27 (1961) de Adriano Pontes que Paulo Barcelos conduziu. Os restantes três distinguidos, foram-no pela estado de conservação (moto e carro) e ainda pela recuperação efectuada (carro), sendo a escolha feita pela comunicação social presente e tendo os votos da nossa reportagem prevalecido nas distinções:
Moto melhor conservada
-Vespa 150 Super-Francisco Cunha
Automóvel melhor conservado
-Volvo PV 544-18 (1960)-Francisco Sousa Gomes, conduzido por Nuno Costa
Automóvel melhor recuperado
-BMW 2002 (1974)-Manuel Teves
"a UNIÃO" : Um passeio de Datsun 1200…
![Piloto e navegadores do Datsun 1200 "a UNIÃO"...]()
Conduzir velhas relíquias é naturalmente um prazer pelo que, e depois de coberturas destes eventos com um Escort 1.1 (1982) de família e o Renault 18 (1982) da “Açorlanda”, decidimos rumar a novas experiências, assim vão sendo os passeios realizados. Desta feita o impecável Datsun 1200 que transportou a reportagem de “a UNIÃO”, carro pertença de José Bernardo, e que divide aposentos com um reluzente Fiat 600, um Honda 600 que-parece-de-stand e um Citroen Méhari a aguardar recuperação, deu um gozo particular de conduzir, afinal terá sido aquele um dos mais consagrados utilitários da década de 70, isto falando do “outro” século, entenda-se. Datado de 1973, o mesmo ano do Corolla com que cá o repórter aprendeu a conduzir aos dez anos de idade, o carro nipónico nem tem 80.000 quilómetros (!), tendo vindo de São Miguel há alguns tempos, e mantendo intactas as características que o elegeram nas vendas: Ligeireza de movimentos, uma caixa de velocidades de uso simples, dimensões confortáveis e um motor elástico quanto baste. Refira-se que o casal acabou por passear sozinho, já que os restantes dois elementos da equipa rumaram a um confortável Volvo e a uma Brasília que foi fotografando a caravana…
![O seu a seu dono, que todas as fotos são do nosso amigo Ricardo Laureano.]()