Olá, afilhada. Como vais?

Pois é, já tens aquela idade em que se percebe que o tempo passa, a voar, depressa, com a intensidade das músicas e das palavras que nos vão recordando este ou aquele momento...

Não te lembras é dos dias em que nos apareceste de rompante vida dentro, e nos tornaste a todos mais homenzinhos e mais cuidadosos com aquele novo sorriso a que nos afeiçoámos de imediato. Não te lembras, mas já deves ter visto as imagens, do primeiro dia em que comeste (comida, mesmo...), num momento antecedido de expectativa e acompanhado de risos francos. Ainda antes de te poderes lembrar aconteceu também o dia em que soubemos que vinhas aí, e onde a emoção se começou a fazer sentir a horas altas. E há uns anos, naquele Porto onde passaste de mansinho, lembras-te de uma igreja dourada e de um vestido de olho azul onde ficaste tão gira?

Pois é, minha pequena afilhada, num instante passou o tempo e o sol de um mar distante guardou lugar no coração. Sei que és expansiva, um tanto tímida, mas terna e afável como em pequena de berço. E, se sorrires por agora, fá-lo connosco, que gostamos muito de ti...

Um bom dia, parabéns, etc...e beijinhos para quem fez "o seu papel de flor"...