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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

A segunda crónica dos "Primos"...

13.12.07, MSA

Os Primos junto ao Clio no Parque de Assistência...(Foto: RL)

 

Correu de forma ordeira a nossa segunda participação nas provas da nova Taça de Ralis da ilha Terceira. Sem grandes perspectivas de resultados ao nível do de Julho, afinal no asfalto a coisa é “ligeiramente” mais fácil, e já depois dos testes feitos com o Clio e de conhecido o traçado, manteve-se a opção de andar muito “certinhos”, pois o terreno mesmo não ia dar para grandes fogachos…e ainda mais de principiantes…!

Chegada a equipa ao Parque de Assistência e logo nos envolveu a atmosfera dos ralis, sem dúvida uma realidade que, cada vez mais, nos dá gozo sentir. Pena que os jogos da Santa Casa não permitam, a cada semana que passa, uma estadia mais regular entre os artistas do volante. Mas com a grande vontade de andar com o Clio e o nervoso miudinho a querer atacar, lá o navegador se começou a “atirar” ao lanche do “Pap’Açorda”, ao que se seguiu uma primeira habituação às imaculadas balaclavas “Sparco”, recebidas no dia anterior via-“AC Sport”. Ainda antes da saída do “PA” a primeira notícia vinda da pista: “O Veredas já capotou”, dizia o Miguel Bendito a receber um telefonema. E, logo na primeira ligação, percebemos um problema inicial: os intercomunicadores não queriam nada connosco, pelo que a goela ia ter de falar mais alto, ao que até o barulho do Renault nem obriga em demasia. Mas lá estávamos. Alinhados por ordem numérica, a poucos minutos de iniciar mais uma experiência engraçadíssima.

 

1ª PE - 2m46,3 - 24º tempo (41 concorrentes).

O salto à entrada do velho Campo de Jogos da Praia...(Foto:RL)

 

O início foi algo receoso, até porque as marcas do terreno mostravam que a pista já estaria um pouco degradada. A lama apareceu com abundância em duas das “direitas-gancho” no exterior do campo sendo que, numa das outras curvas, o carro se desengatou, o que fez passar segundos com que nem contávamos. Mas a entrada no velho recinto de jogo foi de “pancada”, afinal o salto era forte e depois a progressão lá por dentro bem difícil de se fazer. Muitas primeiras e travão-de-mão em abundância. Era a única forma de impedir a frente do Clio de querer ganhar alma própria, pelo que aqui não se reproduz o impropério proferido pelo piloto, ao revelar grande cansaço após surpreendente circuito. Ufa, custou!

 

2ª PE – 2m46,7 – 21º tempo (35 concorrentes).

 

O objectivo da segunda passagem era duplo: tentar descer o tempo e saltar menos na entrada do campo. Falhou apenas o primeiro, e tudo porque nova “desengatadela”, logo após o gancho dos contentores, fez perder todo o balanço da maior recta do percurso. Todo o resto foi negociado com jeito de antecipação, fazendo balancear mais o carro, de forma a que o mesmo não “resvalasse” tanto à saída das curvas. Mesmo dentro do campo, e já descansados porque bater nos troncos não seria de todo provável, as trajectórias foram limpinhas, mas os segundos tinham ficado mesmo na referida recta, pelo que o tempo piorou. Isto mesmo se só após a prova nos tivéssemos preocupado com o aferir dos resultados

 

Parque de Assistência – Intervalo.

Junto à máquina, com o amigo e campeão Armindo Araújo...(Foto: Duarte Veríssimo)

 

Tempo de reabastecer energias que o calor já apertava, e de trocar impressões sobre o piso, que já se previa ainda pior na “volta” da tarde. Pelo meio o saudado reencontro com Armindo Araújo, convidado do TAC e que fez a “ronda” pelo parque, parando naturalmente junto ao nosso Clio, onde a sua foto e autógrafo se salientavam no capot. Diria mesmo que nos bateu palmas pois afinal “eu também ia no carro”. Passada a brincadeira de vários pilotos com o tetra-campeão, que nos elogiou pelo andamento “calmo e direito”, e já se avizinhava a hora do retorno, ou seja das duas passagens em sentido contrário, que se viriam a revelar mais rápidas…mas nem tanto para nós…!

 

3ª PE – 2m45,7 – 17º tempo (33 concorrentes).

Mais um "voo", agora na saída do Campo de Jogos... (Foto: RL)

 

A partida foi feita num ritmo mais consistente, embora numa das sequências as rodas tenham ficado “coladas” ao chão, tal era a “rilheira” que lá se formara. A abordagem ao salto, agora de dentro para fora do campo, foi feita com demasiado optimismo, pelo que a nossa câmara de filmar ficou virada para baixo (!), assim como o “coice” da aterragem nos surpreendeu. Apareceu então um “barulhinho” na caixa de velocidades e, a páginas tantas e depois de o carro se desengatar de novo nos contentores, decidiu o piloto fazer o resto da “PE” em segunda velocidade, o que mais do que tempo custou o susto após a tomada de tempo. “Estamos sem caixa”, disse desanimado. Sempre em segunda chegamos à Assistência e logo nos disseram que teria sido a pancada a encostar a protecção de alumínio à caixa que, naqueles Clio, vai até “lá baixo”…

Valeu-nos a ajuda do Augusto Ferreira, curiosamente o “criador” daquele mesmo carro, que lá bateu no sítio certo, deixando-nos mais descansados para a prova final.

 

4ª PE – 2m46,3 – 19º tempo (32 concorrentes).

Andamento certinho e sem exageros... (Foto: RL)

 

Estava decidido não arriscar nada até final, pois se nada se partira era sinal de que já “chegava” o ritmo encontrado. Mas, logo após o “zero…vai!” inicial as notas foram-se soltando e o andamento estava bonzinho. O salto com mais cuidado, o “bico” apontado para a esquerda seguinte e…o primeiro “téte” dos primos na terra! Um “calhau” enorme pela frente e a falta de vontade de recorrer à marcha-atrás ainda causaram hesitação mas, para a frente e são “duas direitas apertadas”. Logo percebemos que não havia tempo para fazer “tempos”, pelo que lá nos divertimos até final, terminando o troço por cima da relva na esquerda final…é que sabíamos quem tinha deitado as estacas abaixo! No final o pneu da frente esquerda prometia vazar, mas foi solo de pouca dura e que o restante ar da “Auto Avelino” compensou. Estava “cumprida” a missão…e nunca mais passa a vontade de fazer mais provas?!?

 

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