A descoberta do desenho
Quando era pequenito adorava desenhar. Influência direta do meu Avô Fernando, que apenas orientava o fulgor criativo que, todos os dias, as muitas Molin de cores e os lápis de cera - que os meus pais me davam abundantemente - recebiam. De manhã, à tarde ou à noite, estava sempre pronto a desenhar. Só a ávida leitura veio depois quebrar isso.
Nas idades das descobertas, tudo é mágico. As novidades sucedem-se. Não sei como será com as super-informadas crianças de hoje. Sei que mantive o traço até ao fim da infância, que será o mesmo de hoje. E há muito que briguei com os livros, de que me aproximo, em redenção, muito esporadicamente. As voltas da vida apagam muitas vezes a vontade de descobrir. Cabe-nos combater isso.
O palmarés é bem claro: em criança, era craque do desenho. Fica o título na prateleira