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Sob as cores do padroeiro, a cidade vai-se despedindo da festa. Lentamente. Como se não a quisesse deixar partir...
Parece vocação desta calçada polida
Receber alegria e alimentar folguedos
Daí, sempre, o refrear da despedida
Porque a festa guarda nela os seus segredos
Angra, estiveste novamente tão bonita. Até já.
...haveria muito para escrever sobre este sketch da brilhante série "Ruído". Mas prefiro deixar à vontade do freguês, que poderá apreciar o enorme alcance que esta sucessão de graças tem.
Tudo começou em 2001, depois do grupo de fundadores da Marcha Oficial das Sanjoaninas ter decidido dar lugar aos mais novos, relativamente ao ato de abrir e fechar a noite de São João, representando com destaque as festas maiores dos Açores: As Sanjoaninas.
Mas não se ficaram pelas mais de duas décadas a cruzar as ruas de Angra do Heroísmo com animação, e nasceu a Marcha dos Veteranos, que se estreou com os “Poetas do Povo e da Ilha”, mantendo-se a dupla Álamo Oliveira/Carlos Alberto Moniz como autores de letra e música, num respirar criativo que faz parte das nossas vidas há meio século.
Depois, a coisa nunca mais parou, caracterizando-se a Marcha dos Veteranos – que entretanto foi acolhendo gente mais nova e com passagem por outras Marchas, e que até se fez Associação Cultural – pelas diversas homenagens que levou a cabo, oferecendo às nossas gentes o seu próprio valor e esteio.
Foram então Poetas, Filarmónicas, Vendedores Populares, Campinos, Carteiros, Calceteiros, Capinhas, Retratistas, Cavaleiros e Emigrantes. Pelo meio festejaram por duas vezes, nesta ilha brava de mansa, os seus talentosos autores, recordando também o João dos Ovos, o Tio Bailhão, o Zé da Lata, a Praça do Mercado, o Jardim de Angra e a SATA.
Temáticas várias com sorrisos imensos, que significaram igualmente centenas de horas passadas em conjunto, nos inúmeros eventos que os diferentes grupos gestores foram criando. Isto para lá dos ensaios, das viagens, das memórias que se estendem até este 2025, que é data especial.
Porque a Marcha dos Veteranos está a comemorar 25 anos. E já os assinalou com pompa e circunstância, em sessão pública nos Paços do Concelho de Angra do Heroísmo, lembrando - com os seus elementos vestidos a rigor - tantas das cores e folguedos que desfilaram no São João angrense à conta da sua alegria, e até firmando uma parceria com a Marcha dos Coriscos, outra Associação que assenta na diversão que o padroeiro das nossas Sanjoaninas fomenta.
Trata-se assim de um marco especial para os que, desde 2001, sustentam um extenso grupo de pessoas, que verdadeiramente se fundem com a folia desta terra. E que se prepara para entrar solenemente na maior noite destas ilhas, a do São João de Angra do Heroísmo. Hoje, quando os bravos se mantêm felizes noite dentro e até o sol raiar!
PS - Já levo 15 anos a marchar com eles. E nunca a voz nos doeu. Nem vai ser desta. Parabéns, Marcha!
Ontem foi uma tarde de exceção para a nossa Tauromaquia. Por todas as razões e mais algumas. Praça cheia de véspera, para ver encerrado o melhor cavaleiro português da atualidade que, com a generosidade que lhe conhecemos, "abriu" o livro, recolheu bandarilheiros e lidou como se não houvesse amanhã, com intenção, com firmezas, de mão plena em tudo o que faz, montado sublimemente. Um regalo. Mais, toiros robustos, luzidios, com o trapio que a ocasião pedia, e que sem dar contas de maior, cumpriram plenamente a sua função central. Fizeram a Festa. Mais, um grupo de Forcados, que é também um grupo de homens e de rapazes a passarem a homens, que nos aquece o peito. Pela sua evolução, pela sua dimensão, claro que pelas memórias, mas especialmente pelo seu presente e futuro. Um cabo, forcado por inteiro, passou o embalo a um jovem cheio de vontade, e também orgulhoso dos que agora comanda. Pela noite dentro, pude vivenciar a amizade que faz daquela jaqueta uma parte de nós. Mais ainda, o ambiente que se viveu na nossa Monumental teve, para lá de todos os ingredientes para um grande espetáculo, música de bom recorte, uma direção de corrida impecável e, esse mesmo o ponto fulcral, bancadas cheias de gente unânime, que queria que tudo corresse bem. E correu mesmo. Estamos todos de parabéns. Olé, Feira de São João!
Quando um candidato a uma Câmara Municipal usa o artifício de se "enganar" no nome da cidade para chamar à atenção, e ainda são as pessoas que lhe dão palco pela suposta falta, está visto que o povo está bem é com as papas na cabeça...
O cobarde ataque de ontem a adeptos do FC Porto - que podiam ser de outro clube, como os supostos autores também podiam ser de outro clube -, com recurso a pirotecnia atirada para dentro de uma viatura com ocupantes, foi um ato cobarde e selvagem, constituindo uma tentativa de assassinar pessoas usando o desporto como mote. É tão mais grave essa associação, quanto a sensação de impunidade desta gente que, de forma impensável, atenta contra outrem, atropelando todos os deveres…
A distinção entregue ontem - Insígnia Autonómica de Mérito Cívico - ao TAC - Terceira Automóvel Clube encerra bem mais que o reconhecimento regional pelo meio século de história de um emblema que, orgulhosamente, levamos ao peito. Significa a homenagem - que se vai replicar, ainda este mês, a nível municipal, na Praia da Vitória, como em agosto, em Angra do Heroísmo - a todos quantos mantiveram em plena dignidade e compromisso uma instituição que nos merece o maior respeito e carinho, porque é um bom exemplo de como se podem gerir sinergias e vontades. O TAC é tão transversal quanto o ecletismo que já mostrou e a lisura da sua ligação às tutelas e responsabilidades. Retrata um sonho de rapazes que se transformou numa casa de gente grande. E que cada vez mais nos dá gosto representar. Este é o nosso TAC!