A reação de Pedro Nuno Santos ao Apagão da passada segunda-feira foi mais uma oportunidade dourada - e perdida - para o líder socialista ter estado calado. Uma vez mais, não conseguiu...

Há 29 anos - em 1996 - o dia 26 de abril teve duplo significado. Era o aniversário do Avô Fernando, que nos deixara em janeiro, levando com ele as minhas mais intensas memórias de conhecimento e descoberta, numa infância preenchida e feliz. Foi, também, um lutador pela Liberdade. E, quase por acaso, comecei a trabalhar no Rádio Club de Angra, onde ainda gravei uma peça para o noticiário da tarde, com um timbre e incerteza que me abstenho de comentar. Com o andar da vida, os nossos pequenos marcos ganham uma dimensão extra. Porque não se podem repetir, e porque nunca saberemos como teria sido mediante outras opções ou comportamentos. Hoje, dei por mim a ter saudades da juventude...

25 de abril. Para muitos, um simples feriado. Para outros tantos, mais um dia de trabalho. Para todos, o lembrar de um ganho sem preço, numa luta intemporal. Para esses mesmos, o repto de saber manter a liberdade, que não a libertinagem...

Faz hoje 40 anos que Ayrton Senna conseguiu a sua primeira vitória na Formula1, após uma chuvosa corrida no Autódromo do Estoril, onde se correu o segundo Grande Prémio de Portugal na era moderna da modalidade. Senna fez o pleno: pole position, volta mais rápida e vitória na corrida, que liderou da primeira à última volta. Foi o despertar de uma carreira brilhante, por um jovem piloto talentoso e irreverente, que se viria a tornar o mais icónico de sempre. Senna Forever

Partiu o Papa da fraternidade, da sinceridade, da união e da confissão. Queira o mundo ter mais líderes que pelo menos saibam o significado de tais expressões...

Hoje só queria dizer-te que fazes anos, Mãe...

E dava tudo para ver a tua reação à simples frase: - Aldinha, então já nasceste há 80 anos?

Que te diria com o mesmo sorriso com que, em 2020, quebrei as regras dos confinamentos para te vir dar um beijo. Porque fazias anos, e porque nessa altura te mantivemos numa redoma, para que nada te acontecesse. E, afinal, o destino estava a pregar-nos a maior partida de todas. 

Neste tempo que tem passado sem te poder falar, cada vez mais interiorizo que aceitar uma perda maior é também pacificar o coração. Tantas vezes ouvi essa privação nas tuas palavras, que decidi não querer padecer do mesmo. E, quando nos deixaste, escolhi que ficarias connosco para sempre. Facilitei o choro, mas poupei-nos a um desgosto ainda mais forte. O amor que me ensinaste, e as coisas todas que nem chegamos a viver, passaram a um sonho permanente. Que não é de pena ou arrependimento, mas um crescer de alma na memória e nos afetos. Até porque me visitas, de quando em vez, com a tua voz meiga e o teu riso fácil.

Hoje fiz um pequeno intervalo a essa paz, inquietando-me de saudades. Afinal, nos dias de festa, as emoções tendem a transcender-se.

Tudo porque só queria dizer-te que fazes anos, Mãe...

É impressão minha ou Portugal entrou numa suave loucura, com esta febre dos debates de meia hora, emitidos no canal x, enquanto o canal y faz o fast-check do debate anterior e o canal z anuncia o debate que está quase a começar?... Depois há as pontuações, os polígrafos, as entoações, as inserções, as comparações e as razões para este ou aquele candidato se ter saído melhor ou pior em cada meia hora de ataque ou defesa, avaliada como se fosse um jogo de futebol, sendo que os comentadores políticos já são tantos como os da bola, e alguns deles parecem ter sido impingidos de última hora. Mesmo se nem há muito tempo para isso...porque vem já um debate a seguir! 

Nuno Barroso, fundador e vocalista da banda Além Mar, atua este sábado (dia 12), às 21h30, na Recreio dos Artistas, num concerto solidário cujos lucros revertem para o Rádio Clube de Angra (RCA). O evento está inserido nas comemorações dos 78 anos d’”A Voz da Terceira”.

Filho do saudoso Pedro Barroso, Nuno celebrizou-se com os Além Mar, com quem gravou os álbuns Além Mar e Viver. O single "Deixa-me Olhar" permaneceu mais de 5 meses em número 1 da tabelas das rádios portuguesas, e o álbum tornou-se um grande sucesso, também através de temas como "Cidade" ou "Já Não Há Mais Baladas".

Participou no disco de duetos de José Cid (2001), para quem escreveu a canção "Mais um dia", tema do genérico da novela "Meu Amor" da TVI. Já compôs para artistas como Adelaide Ferreira, Rita Guerra, Beto e Nuno Guerreiro, entre outros.

Os Além Mar regressaram em 2007 com o álbum “Acreditar”. Desde então reapareceu a solo com um disco de duetos que mostra a sua grande versatilidade como compositor e cantor, abrangendo vários estilos musicais desde o Jazz, o Rock, as baladas ou o Fado, e que teve como convidados José Cid, Nuno Guerreiro, Nuno Norte, Inês Santos, Pedro Barroso, o norueguês Stigi, Zoey Jones, Rafa Bocero, Filipe Gonçalves, Lara Afonso, Anabela e Jorge Vadio.

Manteve a sua atividade de produtor musical, tendo em toda a carreira o mote de que “o mar é a sua fonte de inspiração e o horizonte o seu limite”.

O espetáculo, cujos bilhetes estão à venda na sede do RCA e, no sábado, na Recreio dos Artistas, tem o apoio da Agência de Viagens Via Vitória.

Com todo o respeito pelos processos criativos, sempre que embarco nas Lajes fico a pensar sobre o que se passou na cabeça de quem concebeu (pelo menos) o acesso frontal ao edifício da Aerogare Civil...

Nem vale a pena fazer muitos comentários à derrota sofrida pelo FC Porto esta noite. Os números falam por si e a atitude desconcertada da equipa em campo explica o resto. O FC Porto está descapitalizado e a sofrer as agruras da rapinagem que marcou a sua gestão - pelo menos - na última década. Infelizmente, em termos desportivos da sua formação principal de Futebol, a falta de qualidade do plantel e a clara inadaptação da equipa técnica são tristes realidades. Será um ciclo, estou em crer, mas que contrasta em duração com a paciência de adeptos - onde me incluo - habituados a muito mais. Apontar o dedo à atual gestão do FC Porto é o mesmo que louvar os ladrões que quase levaram o clube a ruína. Não se pode encher a boca a dizer que os portistas são diferentes para depois destilar exatamente o mesmo que os outros, sempre que as coisas correm mal. Sinto falta de um FC Porto ganhador, mas nenhuma de Macacos, Reinaldos e jogadas obscuras. Mas isso sou eu, também claramente aborrecido com a atual situação. Melhores tempos virão