É só comigo, ou na alma dos admiradores de Ayrton Senna, há uma espécie de realização de um sonho nunca conseguido, com a chegada de Lewis Hamilton à Ferrari? Será fácil de explicar, se aceitarmos que o britânico heptacampeão mundial ainda será o mais carismático piloto do "Grande Circo". Ainda mais porque Lewis é um fã confesso de Senna. Mas talvez menos fácil de entender, porquanto o malogrado brasileiro, tricampeão da modalidade e falecido em 1994, nunca sequer testou com a Scuderia, mesmo se terá estado muito perto de firmar acordo com os italianos. Seja como for, um Ferrari pilotado por Lewis Hamilton será certamente o maior foco do campeonato deste ano, dando por adquirido que esta Fórmula 1 online já não é o que era... e sendo que Hamilton continua a ser dos que podem ganhar "no braço"! 

Os resultados já conhecidos da auditoria à gestão do Futebol Clube do Porto são reveladores de uma enorme incúria e aproveitamento pessoal de vários dirigentes e responsáveis, num resumo que não admira ninguém, afinal as consequências estavam à vista de todos. Para lá da tristeza inerente a ver ações destas ligadas ao clube de que sou adepto, e que representa uma cidade, uma região e um país ao mais alto nível, assusta-me o atual conceito de impunidade aceite pela sociedade, e que no Futebol atinge proporções dramáticas. Tudo vale para levar avante triunfos ou ambições pessoais, numa total ausência de valores ou mesmo de vergonha na cara. E o pior é que o mundo está cheio de exemplos de sucesso por quem envereda por tais caminhos, numa inversão gritante do que devem ser a vida e as vitórias. Aguardemos melhores tempos, mais seriedade, e que a justiça se faça, sem cores ou estatutos.

Discute-se em plenário da ALRAA a criação e funcionamento de um novo sistema de incentivos financeiros à Comunicação Social privada nos Açores. Inadvertidamente, um dos partidos da oposição advoga que a iniciativa pretende "comprar" os jornalistas. Descuidadamente, outro dos partidos da oposição cita apenas o Sindicato do Jornalistas, e não as empresas ou associações que possuem títulos de comunicação social, e que reuniram com o Governo e com quem quis ouví-las. Ainda outro partido da oposição quer que haja jornalismo livre nos Açores. Tenho de concordar que a precariedade não ajuda a desenvolver qualquer atividade. Nem bem, nem mal. Sendo que, no caso do jornalismo, o escrutínio e as exigências são tantas, que teríamos certamente uma sociedade fabulosa se isso fosse extensível a outras áreas. Mas não é. Discordo de forma clara de quem acha que não há liberdade de imprensa na Região. Mas, como em tudo na vida, há gente séria, há gente tola e há gente que se faz de tola. Sendo que, também no jornalismo, a maior ou menor qualidade dos profissionais será sempre a diferença na bitola da avaliação. Ou deveria ser. Acontece que as rádios e os jornais não fazem pão, não arranjam carros, não atendem pessoas nem servem refeições, produzem sim informação, que cada um utilizará conforme pode ou consegue. Há é que acautelar as condições e a seriedade com que fornecem tal bem aos cidadãos que, no caso, não sustentam totalmente a Comunicação Social privada nos Açores. Podem é tentar colmatar as suas vicissitudes, de forma clara, transparente e tendo a qualidade como resposta. Nunca a subserviência.

Na manhã parlamentar de hoje recordou-se a Profª Madalena Madureira, falecida há alguns dias, alguém que fez parte da minha já distante juventude, e que eu muito respeitava e admirava. Era a treinadora [de Atletismo] dos meus adversários, mas também amigos. Com o tempo tornou-se, também ela, uma amiga, sempre carinhosa e com ensinamentos de vida. Felizmente, parece-me que o trabalho pedagógico e em prol do Desporto que desenvolveu foi bastante reconhecido, tendo sido uma pessoa que significou um porto seguro para muita gente. Que esteja em paz e lembraremos sempre toda a sua energia e animação.

O Gastão tem agora um site. Novidades constantes a surgir, mais dicas e receitas de se tirar o chapéu...mas sempre com o boné na cabeça  Visitem, sigam, copiem e comam 

Na minha modesta e distante leitura, e no que respeita ao caso Stormy Daniels, a justiça norte-americana permitiu que o próximo presidente da pujante nação, apesar de ter os dois pés bem cagados, prossiga a conspurcar os tapetes das mais altas instâncias, mas com o mundo inteiro a fazer de conta que não vê os borrões no chão nem sente o cheiro...

Pelo menos 20 mulheres foram mortas, vítimas de violência doméstica, em Portugal, durante 2024. Já foquei este triste tema algumas vezes, e os dados - que continuam bem longe do verdadeiro retrato - disponíveis levam-me a comprovar um crescente desrespeito do ser humano para com o seu semelhante. Nem classifico um autor de violência doméstica, ou de outro tipo de violência, eles não merecem esse esforço. Preocupa-me sim que as campanhas e alertas se multipliquem e que os resultados efetivos não indiquem o atenuar de um drama crescente. Convivemos com uma triste degradação das ligações entre as pessoas, num tempo em que as ferramentas e as realidades deviam mostrar o inverso. E isso é uma pena.