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...quando recebemos, no telemóvel, uma mensagem do IMT a dizer que está na hora de renovar a carta de condução, é sinal de que um grande momento se aproxima
Devíamos obrigar-nos, semanalmente, a ouvir música, ver teatro, pintura, fotografia, ouvir poesia e afagar as artes. Até porque a oferta é extensa e há um orgulho especial quando vem de gente da terra. Valeu cada minuto o primeiro concerto dos Quarto Crescente, a banda liderada pelo Evandro Meneses, que hoje nos presenteou com uma saborosa fatia do cancioneiro açoriano, mais ou menos tradicional, de perto e de longe, bem tocado e cantado com amor. Um espetáculo com tanta dignidade quanto criatividade, que cativou um Teatro Angrense de platéia cheia e feliz. Até porque essa felicidade vinha do palco, e foi excelente trazê-la para junto da Árvore de Natal. Parabéns e Boas Festas para cada um daqueles artistas, que nos adoçaram o ouvido até à Consoada
Foi de contrastes a minha presença nas duas competições de rali do recente Azores Motorshow, um evento onde colaborei de outras formas. Na sexta-feira, juntamente com o César Silva, rapidamente percebi que as alterações feitas ao Citroën AX GTi lhe avivam a alma, já de si bem expedita. Infelizmente, ficámo-nos pela primeira das três passagens, com um problemazinho na embraiagem, surgido antes de meio do troço. Apenas para aferir as coisas, rolamos até ao final sem forçar, passando bem ligeiros dentro da tenda e só perdemos 5 segundos para o tempo mais rápido. Ou seja, a coisa prometia. E há-de haver mais oportunidades. No domingo, com o Nuno Rosado, no Peugeot 206 RC, o 4º lugar da geral e a vitória entre os Veteranos foram bastante positivos, mesmo se não terminamos no pódio absoluto, posição perfeitamente ao nosso alcance. Na primeira das três passagens, ainda a “experimentar” as sensações do carro, face à chuva miudinha e ao piso escorregadio, fomos terceiros classificados. Na passagem seguinte, o Peugeot “calou-se” antes de um gancho, começando de seguida a falhar, pelo que o ritmo foi moderado, ainda assim piorando apenas três segundos para o tempo de abertura. Na última ligação, o carro parecia recuperado, mas foi uma ilusão. Depois de um bom arranque, voltou a falhar, assim se mantendo até à entrada na tenda, onde novamente conseguimos andar “a sério”. Em suma, ficou um ligeiro amargo de boca, num dia em que nos divertimos imenso, e num evento que teve bom ambiente e onde o gosto pelos ralis esteve bem presente.
Obrigado a todos quantos ajudaram a ambas as participações, um bom Natal e um Feliz 2025. Para o ano há mais!
O recente julgamento em torno das múltiplas violações sofridas pela francesa Gisèle Pelicot - de quem se sublinha a imensa coragem na denúncia e avaliação do caso - levanta a questão dos limites da insanidade e do desrespeito entre seres humanos, deixando que o choque generalizado também contraste com a indiferença vigente - sim, ainda existe e ainda cresce... - face à violência sobre as mulheres, mas que podemos arrastar para a violência generalizada. O mundo adoeceu bem para lá da pandemia, valendo que o bom senso subsista, estando patente na corrente solidária que apoia e encoraja alguém cuja história de vida ruiu.
Faltam-nos as palavras quando cessa uma força da natureza. Porque era assim o Guilherme Brasil, um amigo bom, pleno de talentos, um pai e irmão de excepção. Nenhum elogio fica mal a este terceirense e açoriano orgulhoso, que tratei por tu desde a minha já distante infância. A saúde traiu-o quando se preparava para voltar à sua terra de amores. E levou-o hoje, sem nos deixar usufruir mais da sua amizade. Amanhã vamos andar de carro, fazendo-o em memória dele. Um beijo de força à sua Eduarda e aos filhos. E um abraço que darei ao Joao Ilidio, ao Rui Natal, ao Victor e à restante família. Goodbye, Mr. Bill