Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Prece

04.05.24, MSA

cheias.jpg

As impressionantes cheias no Rio Grande do Sul estão a marcar vidas e a delinear com incerteza o futuro de milhares de pessoas. Tenho gente próxima de coração a passar por esta aflição sem hora. Devemos pedir por eles, deixando às forças o papel de atenuar o que já está acontecido. Deus os ajude, também com a nossa prece.

Revolução azul e branca

04.05.24, MSA

Foto Cronica 183DI MAI24 - Revolução azul e bran

A vitória de André Villas-Boas nas recentes eleições do Futebol Clube do Porto (FCP) foi uma pedrada no charco imenso em que se encontra o dito desporto-rei ao mais alto nível em Portugal, um contexto em todo alimentado pela comunicação social e pela ainda vigente tribo de dirigentes e intermediários, cujo afastamento se espera possa um dia ser também verdade.

Mas vamos aos factos que sustentaram a vontade de mudança na nação azul e branca, usando aqui o termo “nação”, porque é também factual que o clube das Antas passou a representar mais que um emblema ou uma cidade, sendo o estandarte de uma região, num bom crescimento que infelizmente foi usado vezes demais em tom de guerrilha e zanga.

O reinado de 42 anos de Pinto da Costa pecou por ser longo demais, pecou por se transformar num feudo para amigos e conhecidos, e pecou ainda por não ter sabido afastar-se da toada geral das SAD’s, possivelmente o pior passo dado nas últimas décadas para o desporto nacional, uma vez que os clubes passaram a empresas, os dirigentes a administradores e o amor à camisola a paixão por chorudos ordenados e lucros garantidos. Ainda ninguém me provou o contrário, seja em que clube for.

Mas Pinto da Costa teve o mérito de transformar o grémio nortenho num colosso mundial, recordando-se aqui que o FCP foi o primeiro campeão nacional de Futebol, em 1935. A isso, juntaram-se centenas de triunfos e títulos, nacionais e internacionais, nas mais diversas modalidades, um crescente número de adeptos nas novas gerações e o cimentar de que o emblema no Dragão podia ser de todos.

Mas, como no passar da vida, a marcha dos anos deixa marcas e muda comportamentos. E nem falo da realidade geral, reporto-me apenas ao meu clube de coração, porque cada um é que sabe da sua casa. Espero apenas que o advento da hostilização permanente se vá desvanecendo, que as pessoas comunguem de uma elevação na discussão desportiva, e que o povo entenda que o lazer pode se debatido em bons tons e sem cegueiras. O desporto pode, e deve, ser sempre uma festa.

Uma semana depois, sucedem-se as mais diversas reações ao claro resultado que André Villas-Boas alcançou. Para lá da necessária lufada de ar fresco que o mesmo significa, e ainda mais por ter sido retumbante, considero que foi um triunfo bom para o país. O país desportivo e o outro. E agora é só aguardar que o tempo concorde comigo.

172 Revolução azul e branca - DI 4MAI24.jpg