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...eu já nem sequer digo é nada
Estamos retidos desde sexta-feira na Horta. Inicialmente restrito à sala de embarque do mediático Aeroporto, o são convívio entre um grupo multifacetado nas ideologias e comportamentos já se estendeu a dois hotéis, ao bar do mesmo Aeroporto, e a um ou outro estabelecimento comercial, embora sem nunca abeirar muito o centro da cidade-mar.
Ordeiros e simpáticos com quem os aborda, normalmente esfomeados e a precisar de arejo, estes passageiros em suspenso têm ganho créditos nas apps sobre meteorologia e aviação, estreitando a sua condição de ilhéus acima das querelas políticas. Agora, vamos é a ver se é desta...!
...a Montanha, amplamente aconchegada.
O chumbo verificado ao Plano e Orçamento para 2024 não foi apenas um acontecimento político, e muito menos uma tomada de posição forte por parte de alguns partidos do atual xadrez parlamentar. Foi sim, um chumbo aos Açores. Um retrocesso perfeitamente escusado, um atraso de meses apenas e tão só com o eleitoralismo como mote. Um episódio triste na história destas ilhas, que nos últimos três anos viram ser implementadas medidas inovadoras e que fizeram a diferença. E tanto fizeram que, passado esse tempo, houve urgência em suster essa diferença e o crescimento a ela associado. Agora vai ser um tal bater no peito, arrogando uma responsabilidade que nem todos tiveram, que nem todos souberam ter, que alguns nem pensaram fosse uma obrigação. Este chumbo aos Açores deixará marcas tristes. Que se espera esta Região possa, um dia, corrigir e esquecer...
A entrevista em curso (SIC Notícias) com Jorge Nuno Pinto da Costa está longe de mostrar um homem agastado, mesmo se fisicamente os quase 85 anos de idade se notam cada vez mais. Mas é a manha contínua que me assusta - nele e em tantos outros dirigentes desportivos, políticos e até espirituais -, numa toada global de nunca se responder a nada com sinceridade, mas sim num ripostar constante. Toda a gente sabe que a atividade empresarial - SADs de clubes incluídas - é um lodo quase generalizado, até porque os vários sistemas em que se enquadra a nossa sociedade assim praticamente obrigam. Mas depois há a parte emotiva, e nisso um espetáculo como o Futebol será um dos mais fortes aditivos para excessos e fanatismos. Mesmo se há adeptos normais, como este que vos escreve, e que vê na aura azul-e-branca um mote de privilégios. O resto é história e, como bem o sabe fazer, Pinto da Costa já contou duas ou três. E já me fez esboçar alguns sorrisos. Que em nada me fazem mudar a opinião de que renovar o reino do Dragão é urgente...