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O Jornalismo do futuro, e a tentativa de fuga ao lugar comum de que o futuro é já hoje. Até nem é, mas teria de ser começado a preparar ontem. Os desafios são constantes, e a busca de novas fórmulas e conteúdos apelativos podem fazer cair sonhos. Porque a dignidade de informar pode também ser um sonho. Mesmo se a semântica serve (mais) hoje para justificar chafurdice política. Ver e ouvir pessoas que nos dão esperança. E resumir um Congresso ou um Encontro nem precisa de passar por citações ou conclusões, mas sim por conseguir aplicar o que de positivo saiu dele. Nesse tal futuro que será amanhã e que - sim, já sei - não começamos a preparar ontem...
No arranque do primeiro painel da manhã, "O Poder do Jornalismo de Investigação", um alerta no telemóvel mostra-me um titulo do Portal da Igreja - "A Igreja nunca recusou ninguém" -. Não abri, lerei depois. No palco, Michael Rezendes, acoriano descendente, com formação policial e Prémio Pulitzer, inicia a sua comunicação falando dos abusos sexuais na Igreja nos EUA, trazidos a lume no "The Boston Globe". Um assunto na ordem do dia e que, naquele caso, começou por querer saber mais sobre um único Padre, por um único jornalista, inserido numa imensa comunidade de valências, atributos, mas também podridão. Acontece em todo o lado. E alerta-nos para a necessidade de investigar e descobrir, de poder dar voz a quem não a tem. Emocionou-se. Aplaudí-mo-lo. Está claro que nesta forma de ser e estar que é o Jornalismo, a realidade nos envolve. Também acontecerá com outras profissões, mas onde os erros e as omissões são tantas vezes esquecidos. A Igreja serviu aqui apenas de mote, para um desabafo que relembra a realidade da Vida. Que também nunca recusou ninguém. Daí a necessidade de defender sempre a justiça, pelo prisma da integridade...
O último painel do dia, e o que acho, antes ainda de ouvir mais um leque de gente consagrada e que seguirei atentamente. As pessoas cansaram-se de pensar. Engolem conteúdos como rebucados, com veneno ou não. É popular opinar e desinformar. Ou opinar, desinformando, não importa. Mesmo que tenha custos ou que resulte em danos. As consequências são cada vez menos tidas em linha de conta, porque contam apenas o momento e ser o primeiro a ocupar um espaço. Se já "engoli" notícias falsas? Possivelmente. Pronto, já. Mas também sabia pouco sobre os assuntos. E isso fez-me falta...
"Do Ensino ao Mercado Laboral" motiva um post ainda no início das intervenções, e na ótica de quem gravou uma peça para um noticiário no dia em que comecou a trabalhar numa Rádio. Sem formação, e com a realidade de um microfone à distância do Festival da Canção. Apenas para focar a predestinação de informar. Que vem, muitas vezes, de criança. De formatar a nossa própria informação e, com o crescimento, querer passá-la aos outros. Pode, certamente, culminar em bons professores, dirigentes, cantadores ao desafio...ou até jornalistas. Na vida, também os dons podem, e devem, ser importantes e estimulados...
Num breve resumo da manhã - sim, que gente da comunicação também come... -, entendo que há uma grande preocupação em inovar. Em dar a pedrada no charco. Em acompanhar as tendências atuais. E isso refere-se à comunicação social privada, mas também ao servico público, queixoso ele igualmente de parco financiamento. Mesmo se falam de milhões, enquanto os outros remedeiam as vestes com linhas usadas. Diariamente. Transversal continua a ser o combate à falsa informação, espero que todos cientes de que a vingança da mesma se alimenta na falta de rasgo de quem trata e divulga a verdade. Queixumes à parte, há gente com o dom de comunicar. Nem todos estarão por cá, mas observar é - ainda assim - uma função ligeira...
A imagem já tem uns tempos, mas ela mantém o mesmo sorriso, a mesma leveza, o mesmo olhar esperto e curioso. Parabéns, Beatriz, minha afilhadita de alegrias e lembranças. Façamos por mais umas quantas. Beijos!
Há pouco mais de um ano, publiquei o desabafo acima. Agora comparem lá a coisa com os semáforos avariados...
No final da semana realiza-se o 1º Congresso dos Jornalistas dos Açores. Estarei presente como observador - penso que é essa a figura -, mesmo se faço jornalismo diariamente, tão ou mais que outros colegas/profissionais da área. Mas isso nem vem ao caso. Hoje passam-se 27 anos do dia em que, timidamente, cumpri essa função, no Rádio Clube de Angra, pela primeira vez. Tecnicamente, era tão jornalista como alguns me considerarão hoje. Pessoalmente, era muito mais crente. Nas pessoas e nos jornalistas. Felizmente, continuo a dar-me bem com toda(o)s ela(e)s. E com a vida. Sendo que ainda nunca perdi a intrínseca vontade de informar e divulgar. Cá esta(re)mos
A cada aniversário da Revolução dos Cravos - e para lá de toda a estética e criatividade artísticas a ela ligadas, que acho muito bem conseguidas -, manda-me a experiência da vida perguntar se é esta a Liberdade pela qual lutaram tantos portugueses? Quase meio século depois das conquistas de Abril, acho que decididamente Portugal é muito mais libertino do que livre. Muito mais estratificado do que unido. E naturalmente mais contrastante que uma paleta cinzenta do Estado Novo, mas na ótica da indecência social. Não é um queixume, mas apenas um assomo de realidade. Amanhã já passa. Em maio, está esquecido...
Perfeitamente impressionante o fim-de-semana desportivo do Sport Club Lusitânia, com mais uma vitória sobre o FC Porto (Basquetebol), um inédito triunfo por 18-0 sobre o Calheta no Campeonato dos Açores de Futebol, mais uma colheita de luxo no Futsal e arrebatadores resultados nos escalões de formação, também a nível nacional. Cabe cada vez mais aos "verdes" da Rua da Sé o epíteto de "o mais campeão dos campeões açorianos". E isso nem deve incomodar ninguém, mas sim orgulhar as gentes desta terra. Vá Leões!