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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Vettel, um dos melhores de sempre

20.11.22, MSA

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"Engineers, journalists, team members, photographers, drivers. They all joined Vettel for one final track run this evening. An incredible turnout for an incredible individual 👏" - ESPN F1

Nunca fui fã de Sebastian Vettel, mas é inegável o seu imenso talento. Impressionante a quase unanimidade, quando se despede da Formula 1. Foi um dos melhores de sempre.

Luz eterno

19.11.22, MSA

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Percebemos que vem aí uma competição internacional de Futebol quando, algures pelo mundo, o inefável Nuno Luz nos volta a presentear com as suas lúcidas e memoráveis peças jornalísticas. O homem é eterno...

Lavar as mãos...

19.11.22, MSA

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A história não nos contará tudo sobre a vida de Pôncio Pilatos, mas reserva-me a atualidade a noçao de que o governador da Judeia servirá de inspiração a muito boa gente da nossa terra... 🙃

Praia amarga

18.11.22, MSA

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Acompanhei de perto as últimas transições de poder na Praia da Vitória. Como jornalista, e depois como assessor de imprensa do partido que há muito denunciava todas as ligações perigosas criadas. Acho incrível o despudor com que se fazem considerações e comentários sobre as consequências possíveis de uma gestão que foi danosa para um povo, por muito que, a espaços, tenha distribuído rebuçados. O tempo é amargo, e orgulhe-se de ser praiense quem trabalhar para a solução.

Trump

15.11.22, MSA

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Continua com aquele tom tostado, dentes de cerâmica, penteado ridículo e a gravata vermelha quase até as virilhas. E quer voltar a ser presidente dos EUA. Pior que isso, pode voltar a sê-lo... 😬

Herança

15.11.22, MSA

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Infelizmente confirmou-se um cenário de gravidade na camuflada realidade financeira da Câmara Municipal da Praia da Vitória, fruto de anteriores gestões danosas para o futuro do concelho, mesmo se distribuíram rebuçados à tripa forra...que muitos aceitaram sem pestanejar, e sem pensar nas consequências. Que se vão começar a pagar a partir de hoje, porque felizmente há gente com brio e coragem para fazê-lo...

Meninice

14.11.22, MSA

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A recente Feira do "Outono Vivo" fez-me manter a tradição, acrescentando dois exemplares à minha extensa coleção "Michel Vaillant". Já sem o traço genial de Jean Graton, e com argumentos menos incisivos e técnicos, o certo é que devorei "13 Dias" e "Pikes Peak" de seguida, mesmo se tinha agendado lê-los em dias diferentes. Não de forma intensa, lá voltei à meninice por alguns minutos... 😉🥇🏎

Manif

12.11.22, MSA

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Estive em duas manifestações na rua, em toda a vida. Era jovem e arrependi-me de ambas. Nada tenho contra manifestantes ou ativistas, mas berrar nas ruas não faz, definitivamente, parte da minha participação cívica...

Na curva do rio…

10.11.22, MSA

Foto Cronica 159DI NOV22 - Na curva do rio.jpg

Nos Açores não temos rios. Temos ribeiras, pequenos cursos de água, que nos habituamos a apreciar quando nelas a corrente está mais ou menos viva. À nossa dimensão, nas ribeiras encerra-se um misto de sobrevivência e pacatez. São ainda, muitas delas, sulcos abertos por vulcões passados…

Nas margens das nossas ribeiras, e esquecendo os maus tratos – cada vez menos comuns, felizmente – a que alguns as sujeitaram ao longo dos tempos, a natureza mostra-se de um outro modo. Para lá do que significam para algumas culturas, espécies endémicas e mesmo a concentração das populações.

Como no resto do mundo, à volta das ribeiras as cores são diferentes, à volta das ribeiras pode haver brincadeiras, sonhos e belas imagens. Dão nome às terras, originam alcunhas, e certamente que por elas passaram tantos dos nossos amores.

Quando saímos do sossego destas ilhas atlânticas – e acreditem que ele continua a ser o nosso bem mais precioso… - as ribeiras perdem-se num mais extenso território. E qualquer açoriano nota o seu crescimento de horizontes quando vê um rio. Daqueles grandes, mesmo. Mais ainda, quando o atravessa numa ponte.

Não será pois difícil, para um indígena destas pedrinhas de bruma, criar laços com uma passagem de água com mais caudal, com uma corrente mais forte, com mais gente ao seu redor, com uma nascente desconhecida e uma foz que até a poderá ligar ao mar das nossas existências.

Nos últimos dias, passei por alguns rios que já conhecia. E pensei nisso, sem sequer retirar as ideias do retângulo luso, eu que ainda cheguei a quase ter de decorar rios e afluentes, numa realidade que a pedagogia atual afasta, mas que me deu esse aparente conhecimento.

E não há coisa melhor de sentir, quando chegamos a sítios que eram apenas designações, do que a criação dos tais laços. Por vivência, gosto, influências ou meros acasos.

Acontece, quando o mote é o rio, no Tejo, no Douro, no Mondego, no Minho, no Sado, no Lima ou no Guadiana. É uma ligação umbilical à água, ao vento sobre a água, à melancolia que nos fornecem, e que por vezes transformamos em sorrisos ou suspiros.

O certo é que, num ápice, se foram mais alguns dias por terras nortenhas, onde o (meu) coração se alimenta e onde é impossível passar sem viver. A cada regresso ou partida, há sempre a saudade guardada na curva do rio. Onde descansam bocadinhos nossos.

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