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...é só para dizer que eu também entrevisto os famosos
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...é só para dizer que eu também entrevisto os famosos
Recebi agora um alerta a dizer qualquer coisa sobre a inflação em Portugal, que é a maior desde há 29 anos. Só pode ser bom. Nem abri...
Com o passar dos anos, vão mudando as nossas reações aos episódios da vida. Face a uns, ficamos mais comedidos e cerebrais, face a outros, as emoções até parecem habitar a pele de tão próximas. É assim nas alegrias, nas aventuras, nos desgostos, nas perdas, no saborear de um simples momento…
A chegada à vida adulta é uma coisa que não se explica e que se instala. E tantas vezes é necessário fazer a destrinça entre vivências de infância ou juventude e as responsabilidades de gente grande. Assegurando que essa é uma das chatices marcantes do dia a dia. E um sinal claro de que os meses e os anos saíram voando.
Vai daí e, de uma forma mais ou menos saudável, balizamos o que já passou, e lá vamos apoiando as nossas ideias numa vaga de boas memórias. Em afetos passados, em alegrias imensas, em incontáveis quebras das regras, em músicas sem fim, até em lágrimas que marcaram (ess)as primeiras perdas. As mesmas lágrimas, afinal, e com o mesmo sal, que também foram contentamento.
Tudo vai cruzando as horas, sendo que aqui e ali se ganha a noção do efémero. Vamos percebendo que todo o risco pisado nos deu corpo e alma para superar alguns desafios. Mas também aferindo que quase nada está sob o nosso controlo. Por muito metódicos que sejam os nossos sentimentos. Que também são coisa que se pode organizar.
Em soluções de décadas, a vida finta-nos os dedos, e as perdas – essa palavra repetida em textos e em afagos – passam a ser umas balizas mais pequenas. Que assinalam as várias tonalidades desse percurso. Onde nunca queremos acertar, mas que se acercam de nós sem aviso.
Ao abrir desta semana perdemos um dos nossos. Pela primeira vez e de forma tão próxima, um dos nossos da infância, da juventude e de gente grande. Perdemo-lo porque a vida nos fintou até o olhar, impedindo aquele abraço ou aquele beijo que as pequenas balizas não deixaram progredir no terreno da vida. Essa malandra, que já nos fez chorar por estes dias.
Era amigo do João desde sempre, mesmo se ficávamos meses a fio sem nos vermos, e sem falarmos. Foi um amigo que nos inquietou, que nos afligiu, e de quem gostávamos muito. Muito, mesmo. Houve sempre essa coerência...
Resta-nos lembrar o seu enorme sorriso.
(enviada ontem à noite)
Possivelmente já não vais ler esta mensagem, meu amigo João Batráquio.
Que pena estas doenças que nos roubam a vida e o mundo.
Era apenas para te dar um abraço. Como nunca demos, acho.
Que estejas bem. Gostamos todos muito de ti.
Aguenta-te sempre, Matracas.
Nada me move contra o Partido Comunista Português - aliás, nada me move contra nenhum partido ou instituição -, mas tem sido doloroso ver a incoerência moral nas declarações dos seus responsáveis sobre a sessão solene - na Assembleia da República - que hoje acolherá uma intervenção do primeiro-ministro ucraniano Volodymyr Zelensky. Os atos ficam com quem os pratica, mas defender abertamente - e reafirmo a minha greve informativa em relação ao conflito armado em curso - uma nação que, ostensivamente, partiu para a opção bélica, acusando um oprimido de desrespeitar um opressor, é uma insanidade política. Para mim, o PCP foi-se...a martelo!