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O parlamento açoriano aprovou há momentos, por unanimidade e aplauso geral, um voto de protesto contra todas as formas de violência doméstica, um flagelo transversal, que assola o arquipélago como nenhuma outra zona do país. Viver num território onde a violência doméstica impera e segue geralmente impune é um logro social constante. Nenhuma sociedade pode ser considerada apta à vida, nem evoluída no seu todo, enquanto houver maridos a pontapear as mulheres, filhos a espancar pais idosos ou gente sem rumo a abusar dos mais frágeis. O voto de há momentos foi mais um alerta, foi mais um apelo. Veremos se, a partir desta tarde, os políticos e os decisores farão mais do que aplaudir-se...
O Ford Fiesta R2T era uma das máquinas que eu esperava ver nos troços da Terceira no recente XX Além Mar Rali TAC. Impecavelmente guiado pelo Mário Castro, o carrinho de 998cc e cerca de 180cv despachou-se e bem, como comprova o "onboard" abaixo. E a sua eficácia contrasta com a suposta menor emoção que transmite.
Problema? As equipas locais não têm dinheiro para comprar e manter carros de 30 e tal mil euros...em segunda mão. Vai daí, é mais um restauro no Saxo e pode-se continuar a correr
Portugal começa hoje a participação no Campeonato da Europa de Futebol, defrontando a Hungria em Budapeste. A seleção das quinas é seguida por um adepto muito especial, que é terceirense e se chama Carlos Brum. Não é assim, Miguel Sousa Azevedo?
Tinha 8 anos quando conheci o Ricardo Laureano. Foi numa verificação técnica de um rali, no Cais da Alfândega. Eu era um daqueles “pequenos” que andava pelo meio dos adultos a fazer perguntas e a mostrar que sabia as marcas dos carros e os resultados dos pilotos. Ele já fotografava há uns tempos, tinha sido aluno da minha Mãe, e às vezes usava uma samarra da “Diabolique Motorsport”.
Durante muito tempo, fomo-nos cruzando nas coisas dos motores e das bicicletas, e este miúdo do Ciclo, e depois do Liceu, acenava orgulhosamente sempre que se cruzava com o “RL” – a sigla que escolheu para a sua produção fotográfica -, mostrando aos seus amigos a empatia que tinha com o dono daqueles carros decorados e que me pareceu sempre alguém diferente.
A vida correu, e há muito que acompanho a carreira artística de um fotógrafo que comparo aos cantadores ao desafio. O “RL” arranja sempre uma perspetiva própria, e fá-lo na hora, num instante, sem demoras, surpreendendo as pessoas e provocando momentos de boa disposição. Confere?
Temos em comum alguma desvalorização dos dotes pessoais, mas também a forte vontade de ajudar os outros e a satisfação de aferir os seus sucessos. Está na massa do sangue, como se diz por cá, à boca destas gentes devotas do Divino Espírito Santo.
E é precisamente sob o manto dessa nossa tradição maior que aqui venho felicitar o Ricardo Laureano – e por sua vez, a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, que foi a mentora do projeto – pelo lançamento do seu primeiro livro de fotografia, um documento quase intemporal, onde se guardam bonitas imagens dos vários passos das nossas festas de fé.
Sendo uma publicação essencialmente de imagens, virar as suas folhas é um pouco viajar na nossa história recente, sendo que os condimentos visuais que formam “Divino Espírito Santo” – é o título do livro, que tem um “logo” genial criado pelo Francisco Veloso – são muito pessoais, alternando as fotografias mais clássicas com pormenores e umas quantas coisas que nos escapariam ao primeiro olhar.
E depois, dado o tempo pandémico que vivemos, e face aos já dois anos de ausência das festividades, tudo aquilo nos começa a cheirar a passado, mesmo se próximo, num alento de que tudo volte ao normal, e que coroas e promessas possam novamente andar livres pela rua.
Poderia desvendar mais um pouco sobre a obra, que tive o gosto de ir acompanhando no seu crescimento, mas isso caberá aos fiéis devotos do que são estas terras, estando nelas ou longe delas pela saudade, e sendo que estou certo do gosto que terão por entre as cores e sentidos que o “RL” deu a algo que faz parte de nós.
Parabéns, e que venham mais livros e mais retratos originais da vida.
Já não há (ar)rebites na carroçaria. A junção de peças faz-se agora naturalmente e mediante o uso adequado de produtos para a sua celeridade. O aquecimento da fuselagem vai-se combatendo com paciência. Mas em breve também estará resolvido...
Estou abismado com os números que (ainda) surgem relativos a pessoas que recusam ser vacinadas contra a Covid-19. O Plano Nacional de Vacinação - o original, com o qual crescemos - data de 1965. Ou seja, há milhares de portugueses e açorianos atrasados 55 anos na sua relação com a prevenção da saúde pública.
Eu estou abismado com isso.
Nunca fui grande adepto de motas - não ter tido nenhuma deve ter a ver com isso -, mas o triciclo do Sr. Brito, o jardineiro dos meus avós, era uma viatura que me fazia sonhar...
O fotógrafo terceirense Luís Godinho trouxe uma nova exposição à sua terra. Trata-se de um trabalho de 2018, que retrata uma verdadeira denúncia de violação dos direitos humanos.
Os pormenores com o Miguel Sousa Azevedo.
Passam hoje 40 anos da primeira vez que José Eliseu Costa cantou em público, em São João de Deus, incentivado por António Plácido, na casa de um moleiro do Farrouco. Desde então foi o que se sabe, com a enorme carreira de um cantador de talento e um bom amigo, mais um dos que me orgulho também por isso.
Parabéns, José Eliseu. Seja p'las almas!
PS-Recordo aqui a conversa que tivemos há um mês, no RCA:
Não sou um fã convicto da Bugatti, que é mais uma das marcas míticas que nem sabemos bem a quem pertence. Mas este La Voiture Noire evoca magistralmente o espírito do velho Ettore...