Há três pessoas com o nome Fernando Gomes ligadas ao futebol nacional e ao Porto. Um foi um imenso craque e ganhou duas botas de ouro, outro chegou a presidente da Federação, restando do lote um terceiro que personifica a canalhice do gestor público e do político de esquemas. Infelizmente, é nesse último que Pinto da Costa continua a apostar, até porque lhe deve favores imensos, na gestão da SAD portista. Felizmente, não sou sócio do clube, apenas um adepto dedicado. É que nunca votaria numa lista que renova abertamente o compadrio e a falência...
As imagens de um cidadão morto por um agente policial - sim, foi exatamente isso - em Minneapolis, que têm corrido o mundo, retratam a parte mais baixa da nossa espécie. Envergonham-nos.
Hoje faz anos a nossa Professora Filomena. A imagem é da visita que lhe fizemos em 2017, com a promessa de regressar em breve. Como vêem, o tempo passa a correr, pelo que o desconfinamento será também mostrarmo-nos às pessoas de quem gostamos. No caso da nossa querida amiga, saudar o papel importante que teve no nosso crescimento e nas pessoas que hoje somos. Um beijinho grato, Professora Filomena.
O título destas linhas tem duas leituras. A mais natural, enternecedora e desejosa de um mundo melhor e mais coeso. E a outra, que encerra um repto assutado porque, efetivamente, é de conflitos constantes que se vão fazendo os nossos dias. Cada vez mais.
Era previsível que a pandemia que varre o planeta causasse danos bem acima do que diz respeito à saúde pública. Agora, é a necessária retoma da economia a estar, de forma natural, à cabeça de todas as questões, porquanto quem não morrer da doença, poderá vir a morrer da cura. Cruamente, é mesmo assim. Enquanto as buscas por vacinas e curas se fazem. E o seu contrário também, certamente.
As sucessivas atualizações dos números da Covid-19, entre mortes e recuperações, fizeram banalizar o facto de se tratar de uma batalha surda, onde as diferentes formas de gerir e atenuar as suas consequências se foram sobrepondo ao que nos deve ligar entre todos, como pessoas e seres de bem. Ativamente pessoas de bem, atente-se.
Como em todas as crises, esta também fez sobressair as qualidades e os defeitos de cada um. E, depois de quarentenas, confinamentos, adaptações e novidades, vão surgindo os esperados extremismos, endeusando-se algumas personalidades para crucificar outras tantas. Faz parte da nossa tonta natureza (humana), e infelizmente já são coisas com que temos sempre de contar, não sendo sequer preciso citar aquela conversa mordaz do Perdão do Senhor...
Realmente, o amor ao próximo pode – e devia - manifestar-se de várias formas. Neste tempo pandémico ele surgiu em força, mas o seu inverso sublimou-se. Os ataques pessoais e as verdadeiras guerrilhas que um colapso mundial pode despertar arrepiam quem (ainda) se sente. Mesmo se há muitos a assobiar para o lado.
Nesse particular, e sem desbaratar o profissionalismo dos que, no terreno, fazem o seu trabalho da melhor forma - e sabe-se lá com que condições -, os açorianos têm sido, com a tremenda politização oficial deste drama, levados no bico com uma eficácia tremenda. Caem que nem patinhos num verdadeiro estender caminho aos ódios e certezas absolutas.
Todos, dos partidos à igreja, com várias classes profissionais à mistura, têm contribuído para um desamor imenso, onde esta ou aquela campanha solidária disfarça o recheio completo do pacote. Que tristeza. É que, afinal, este mundo precisa tanto de amor…
Com o retomar do comércio e afins, regressou algo que não se via há algum tempo. Nas ilhas da prosperidade, existe uma população flutuante...de café em café, o dia todo, com perspetivas de fundo de copo. Que voltou ao ativo, agora de máscara ao pescoço.
Hoje devia começar a edição 54 do Rali de Portugal, mais um dos grandes eventos que a Covid-19 atirou para o ano que vem. Aqui fica um delicioso filme sobre a edição de 1971 daquele que já foi "O melhor rali do Mundo", então Rali Internacional TAP, com imagens que, na próxima vez que a prova se realizar - assim se espera -, contarão meio século: