A Ministra da Saúde já assumiu que Portugal pode não ter capacidade médica para suster uma segunda vaga do novo Coronavírus. No mundo, já foram afetados mais de 3 milhões de pessoas pela pandemia. O nosso país caminha para o milhar de vítimas mortais. Isto ainda não passou. Respirem fundo, mas essencialmente para terem muito juízo nas próximas semanas e nos próximos meses...

No Fórmula Rali vamos falar novamente de ralis em direto!🚗

No segundo episódio é o público a escolher o piloto cujas histórias tem mais curiosidade em conhecer. Deixem as vossas escolhas nos comentários e vamos convidar os 3 mais votados. Haverá ainda uma surpresa, no dia em que o Rali Sical 2020 iria para a estrada.

«A grotta – arquipélago de escritores 4» contém destaques vários, como a vida e obra de J. H. Santos Barros, que acreditava na possibilidade de unir numa só frente uma postura de vanguarda ideológica, militante, com a ideia libertária de uma cultura em duplo: popular e de grupo. Com outros intelectuais angrenses, fundou a galeria de artes plásticas «Degrau»; animou cooperativas, sindicatos, rádios e jornais; fundou e dirigiu o suplemento «Cartaz» e a revista «A Memória da Água-Viva». Mas foi no suplemento «Contexto», do jornal Açores que mais e melhor sistematizou todo um trabalho de animação e coordenação que se estenderia à crítica, à polémica literária, à ensaística de fundo e até a uma curiosa experiência heteronímica que o levaria a subscrever, com diversos nomes, posições e conceitos propositada e provocatoriamente contraditórios. Foi assim, por exemplo, em relação à controversa questão da existência (ou não) de uma «literatura açoriana», que muito interessou os escritores açorianos da sua geração.

Com a afluência que costumam ter as urnas, se há coisa simples de organizar em tempos de emergência ou de calamidade são umas eleições...

Que tempo para voar. A minha afilhada decidida e criativa já vai na sua segunda capicua. Já é ela a comandar as suas asas.
Beijinho de orgulho, querida. Parabéns 

A esta hora, mas há precisamente 24 anos, tinha gravado a minha primeira peça de Rádio, para o noticiário das 18 do RCA. Começara a trabalhar nessa manhã e, com algum jeito ou não, pude dar voz - atabalhoadamente, tenho a certeza - a uma entrevista telefónica ao Pe. Duarte Melo, sobre uma iniciativa da Kairós, em São Miguel. Infelizmente, o percurso pela atividade nem sempre foi o que poderia ter sido, sendo que atualmente o uso dos microfones é pontual, e até por outras razões. Mas fica a nota anual pela casa de acolhimento de tantos profissionais de comunicação. Todos eles a terem em comum a ligação de vida à "Estação emissora CSB80, a Voz da Terceira"...

É um verdadeiro postal ilustrado do Porto, a série "Um táxi na cidade", em que tropecei na RTP-Memória. Filmada mesmo no início dos anos 80 (1981), na cidade invicta, relata as vivências de um taxista quase sessentão (Jacinto Ramos), que chama naturalmente "mulher" à esposa (Laura Soveral), e conduz um esbelto Mercedes 240D, naquela altura em que a cor da televisão ainda não era bem cor, se fumava em todo o lado e o cinto de segurança era só para enfeitar as viaturas. Apenas vi o primeiro de 6 episódios, e achei delicioso. Toscamente delicioso.

Como os diálogos nem abundam, os 50 minutos foram quase só um enorme passeio pelo Porto, cidade que conheci 4 anos depois desta trama ter tido lugar, sendo que as cenas de carro e exteriores são mesmo nos locais a sério, aqueles onde querem ir os clientes do quase rude motorista nortenho. A Avenida Fernão de Magalhães, a Baixa e a Foz - onde João estaciona à frente de um Elétrico, em plena Avenida do Brasil - são os pontos mais focados. Com muito tempo e calma.

Os "clichés" de época sucedem-se, assim como as várias filmagens de rua deixam apreciar dezenas de carros das décadas de 70 e 80. Fiquei curioso para ver os restantes episódios de uma produção que eu desconhecia de todo. Neste, o da estreia, João sabe que vai ser avô, e quer um neto rapaz - a mulher, claro, quer uma rapariga... a quem já comprou uns fatinhos e carapins - para o qual já escolheu um nome, o seu. Mesmo no final, revela que sempre quis ser aviador, desabafando que, "quando o Joãozinho for mais crescidito, meto-no carro e levo-o até ao aeroporto, a ver os aviões". E assim, numa série de televisão com quase 40 anos, também se descobrem outras inspirações...

Áudio. Carlos Norton

Vídeo. João Pico

Vozes. Afonso Dias, Alain Vachier, Ana Laíns, Ana Pico, Ana Sofia Gonçalves, António Gonçalves, António Pires, Bernardo Serrano, Carla Vasconcelos, Carlos Guerreiro, Carlos Moisés, Carlos Norton, Carlos Rosa, Catarina de Melo, César Matoso, César Prata, Davide, Francisco Fanhais, Homem em Catarse, Inês Pico, Joana Negrão, João Afonso, João Beles, João Gil, João Pico, Joaquim Balas, José Flávio Martins, Lika, Luanda Cozetti, Luís Caracinha, Luís Galrito, Luís Pucarinho, Luís Represas, Maria Anadon, Marina Lalbuquerque, Mauro Amaral, Miguel Pietá Machete, Nuno Murta, Paulo Cunha, Pedro Abrunhosa, Pedro Branco, Pedro Henriques, Pedro Mestre, Recanto, Sebastião Antunes, Vanda Leocádio, Vitorino, Viviane, Zé Francisco, Zeca Medeiros.

A sessão solene do 25 de abril na Assembleia da República foi um evento a lembrar luvas e máscaras. Mas fez-se a vontade da maioria, como reza o sistema democrático. Portugal é hoje uma longa efeméride, assente em datas, comemorações e recordações de quando foi grande e de quando teve de melhorar. Nunca o alcançando completamente. Sempre numa festa que resulta de lembrar outras festas.
Pelas duas da tarde dos Açores vou trautear "Grândola, Vila Morena". Como e onde me apetecer. Não preciso de exibir o meu sentido de liberdade. Mas os heróis da história merecem ser lembrados, mesmo se a fraternidade é cada vez mais uma miragem perdida entre os poemas...

Já começaram as queixas porque no fim de semana de 1 de maio estará novamente condicionada a circulação entre concelhos. E nenhuma alma discorre que a medida é para ficarem em casa - e não para medirem quantos quilómetros poderiam ou não andar -, numa atitude responsável e comunitária, tentando suster mais depressa uma doença que mata. Não, isso seria uma trabalheira.

Quando, em pleno estado de emergência, com um suposto confinamento social e uma pandemia ativa, se vêem ruas cheias de gente a passear, não há muitas conclusões possíveis.
À beira de se comemorar a Liberdade, esta será a chamada irresponsabilidade social. Bem ou mal, é também um fruto de Abril. Antes era à força, agora é à vontade...