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Seria pedir muito, aos senhores legisladores europeus e mundiais - que nos uniformizaram o sal do pão, o tamanho das laranjas e dos tomates e a qualidade do leite -, que se entendessem nos tamanhos das roupas?
Foi enternecedor ver ontem como estes tios, de que tanto gosto, mantém no olhar um brilho que por vezes demora toda uma vida a encontrar.
Muitas felicidades e plena cumplicidade. Beijo, tia. Abraço, tio.
"Magazine RCA" - Entrevista do Miguel Sousa Azevedo com a cantora terceirense Maria Bettencourt, que no próximo dia 5 de abril vai lançar o seu primeiro disco, data em que sobe ao palco do Auditório do Ramo Grande.
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Hoje é dia de homenagem a Ricardo Jorge, nosso insigne e conhecedor aficionado, infelizmente falecido há quase uma dúzia de anos. Será na Gala da Tauromaquia, da Tertúlia Tauromáquica Praiense. Coube-me o gosto de escrever o pequeno texto introdutório à homenagem. Que aqui partilho, num abraço de saudade ao velho amigo e companheiro de trincheira.
Homenagem Ricardo Jorge – Tertúlia Tauromáquica Praiense – Texto
Ricardo Jorge Machado Mendes da Rosa nasceu em Angra do Heroísmo a 22 de julho de 1930. Filho de Virgílio Mendes da Rosa, exímio cavaleiro, começou desde muito cedo a viver as emoções da Festa Brava, herança também deixada por seu avô Mateus José da Rosa Júnior. A atividade que o haveria de celebrizar. Aos 20 anos ingressou na Função Pública, primeiro na então Junta Geral de Angra, e depois na Junta Autónoma dos Portos. A meados da década de 50 do século passado entrou para os quadros da Caixa Geral de Depósitos, instituição onde trabalhou 34 anos, granjeando simpatia e cotando-se como um muito solicito funcionário. Mas foi, como se disse, pela mão do seu pai Virgílio que se focou de amores pelas artes do redondel, tendo assistido à sua primeira corrida de toiros com apenas 4 anos de idade. Num evento onde toureava o matador espanhol “Madrilenito”.
Alentou sempre o sonho de ser cavaleiro amador, mas a história reza sobre a sua faceta de aficionado convicto e conhecedor. Na década de 70 foi Diretor de Corridas, já depois de ter sido fotógrafo ambulante na velhinha Praça de Toiros de São João.
Ricardo Jorge escreveu e falou sobre toiros em todo o lado. Nos jornais e nas revistas “Vid’Académica”, “Diário Insular”, a saudosa “aUNIÃO”, “Jornal da Praia”, Distrito”, “Diário da Manhã”, “o Diabo ao Quite”, “Vida Ribatejana”, “O Sorraia”, “O Jornal de Coruche”, “Festa na Ilha” ou o mediático “Farpas”. Na Rádio, o programa “Sangue e Arena”, em 1965, no Rádio Clube de Angra, foi criação sua, sendo que colaborou em “De Toiros e Toureiros”, “Do Burladero”, “Da Festa Brava” ou “Toiros e Tauromaquia”. Foi crítico de serviço no emblemático “Magazine Tauromáquico”, da RTP/Açores.
Ainda hoje há uma placa que o imortaliza na Monumental Praça de Toiros Ilha Terceira. Com efeito, desde a sua inauguração, em 1984, até à temporada de 2006, Ricardo Jorge foi presença constante da sua trincheira, mostrando saber e cavalheirismo como poucos. Também a biblioteca da vizinha Tertúlia Tauromáquica Terceirense Thomé Bello de Castro ostenta o seu nome.
Ricardo Jorge era um senhor dos toiros, sempre pronto a partilhar a sua opinião e o seu saber. A fleuma e o humor eram também ofertas de vontade. Poucas pessoas serão tão consensuais na hora das homenagens. Esta, da Tertúlia Tauromáquica Praiense Paulo Caetano, infelizmente mais uma a título póstumo, pois o granjeado crítico deixou-nos a 12 de maio de 2007, apenas demonstra a imensa saudade que a nossa aficionada Terceira de Jesus Cristo tem daquela grada figura. Olé, Ricardo Jorge.
©miguel sousa azevedo
Bem, pelo menos já vi que os portugueses da seleção do Luxemburgo marcaram dois golos...