25 de fevereiro de 2011- Final de tarde atípico de sexta feira na Praia da Vitória, com uma chuva miudinha a não arrefecer o acontecimento desportivo do ano na Terceira: a inauguração de uma pista permanente para desportos motorizados, em piso de terra! Milhares de pessoas acorreram ao espaço, esgotando os cerca de 500 lugares de estacionamento próximo…e o menos próximo. Parecia que a ilha toda estava lá…
Alguns meses antes, Olavo Esteves tinha-me chamado – a mim e ao Ricardo Laureano – à cidade de Nemésio para ver “uma coisa em grande…”. As máquinas já iam em trabalho adiantado, ali por trás do Estádio Municipal, e o sonho do empreendedor praiense avançava célere…
Mas voltemos à data que abriu o texto, para lembrar que os graciosenses Cláudio Bettencourt e Luís Silva foram os primeiros vencedores no novo espaço, com o Mitsubishi Lancer EVO8 a ser o carro mais rápido nos 1700 metros da Super Especial que abriu o 1º Rali Cidade Praia da Vitória. Aliás, a dupla da Ilha Branca venceria também o rali.
Nos três ou quatro anos seguintes, a afluência ao denominado Centro de Desportos Motorizados da Praia da Vitória (CDM-PV), um espaço que inicialmente teve inúmeros apoios e fazia adivinhar uma gestão rigorosa e eficaz, foi sempre excelente. Provas de Rali, Autocross, Motocross – a estrutura tinha dois traçados, independentes e mutáveis -, Quadcross, Kartcross – inclusive uma Taça Nacional - Super Especiais, Perícias, Todo-o-Terreno, eventos musicais, duas Concentrações Motard – as primeiras dos Açores -, Atletismo, vacadas, etc.
Foram algumas centenas de eventos, que escreveram uma história de destaque, infelizmente interrompida o ano passado, depois de uma temporada (2017) em que a retoma participativa da estrutura parecia estar a acontecer.
O sonho de uma pista permanente de terra na Terceira foi uma realidade. As (várias) condicionantes verificadas fizeram-no claudicar. Mas a verdade é que aconteceu…e que acabou.