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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

30.Nov.18

Bomba.

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...mesmo se o meu Terios leva sempre 20 euros - menos os 83 cêntimos do desconto da Inatel -, isto é um bocadinho gozar com o povo. Não? 

 

 

30.Nov.18

Vale tudo.

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O anúncio da recuperação integral do tempo de serviço dos professores na Região, feito ontem, fez-me ver que em Política (agora) vale mesmo tudo. E que as campanhas eleitorais passaram a dois anos. Salve-se a tardia compensação para os que ainda conseguem dar aulas...

 

29.Nov.18

Talento

wrohrl 911.jpgClaro que nada se compara à eficiência e velocidade dos R5 e WRC dos nossos dias. Mas depois vemos destas coisas, e só apetece aplaudir - com juros de mora - o talento que tinha toda esta gente...

28.Nov.18

Arrepio

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Ouvi esta tarde a governante responsável pelas obras públicas anunciar que o executivo vai "surpreender" em breve, apresentando a obra que, finalmente, vai avançar no Porto das Pipas. Referia-se à construção da rampa "ro-ro" e à ampliação do cais acostável.

Face ao que ali se fez, nas últimas duas décadas, limito-te - por agora - a sentir um estranho arrepio...

 

 

25.Nov.18

Pelé e um hino ao Brasil

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Não sei porquê, mas nunca tinha visto este filme. É um hino verdadeiro ao povo brasileiro e às suas capacidades únicas e diferentes. À sua mescla, que lhe dá brilho. Não é fácil ver - e ler - isso num filme sobre desporto.

24.Nov.18

A volta da Twins

twins.jpgComo tanta gente desta terra, sou do tempo em que "a Twins saiu à rua" - numa Marcha de São João -, em que os 1000 escudos da bebida/consumo mínimo custavam a surgir, ou em que (se) exibia fortemente o facto de conhecer os gémeos João Manuel e Manuel João, com quem conversava sempre um bocadinho. Os anos passaram, e a casa está de volta, reabilitada e certamente bonita. Espero que o ambiente seja o melhor...quem sabe se ainda hoje se vai ver isso?

24.Nov.18

Kubica regressa à F1...

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Pode estar a meio caminho entre ser um piloto genial e um fenómeno de popularidade. Para mim, Robert Kubica - pronuncia-se Kubitssa - é um daqueles predestinados, para quem o mundo se fecha quando a luz verde acende. Em 2019, vai estar de regresso à Formula 1 - na Williams -, mas acredito que ainda haja sítios nos troços dos vários ralis que fez onde só o polaco colocou as rodas...mesmo se perdeu algumas pelo caminho!

24.Nov.18

Porto, cidade, amor.

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Passaram-se há umas semanas 20 anos de chegar ao Porto. A cidade que desconhecia e de que gostava. A cidade que descobri estar-me nos ossos e na pele. Sem quase lá ter estado.

Cheguei, curioso e já fora de tempo. Sem me deslumbrar, mas a descobrir cada recanto. E a descobrir que era também dali. De onde não nascera.

Embrenhei-me nas ruas e na pronúncia. Nos cheiros de castanhas e de inverno. Na nortada que, sem avisar, batia no coração.

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Com os dias, decorei o Porto de ponta a ponta. Passo a passo, parecia reescrever a vida, assente na minha sempre presente noção de viver na época errada.

Nem tudo foram doces, nem tudo sorriu. E muitas vezes da cidade escureceu a saudade do mar, na mais confusa partilha de sentidos. Que ainda hoje perdura.

Naquele Porto, naquele rio, naquele manjerico cujo cheiro ficou sempre nas mãos. Mesmo se nem me lembro de onde o afaguei.

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Era ainda um Porto de buracos e dúvidas. De gente só de lá, amiúde polvilhada de forasteiros. Curiosos, como eu. Distante ainda dos magotes de mochilas em selfie-control...

A cidade pequena, mas profunda, foi-se engalanando  no novo século. O calendário correu. A vida abriu-se e fechou-se como um velho relógio de bolso. Cuja corrente se quebrara.

O Porto mudou-se e falou estrangeiro. O Porto tabelou-se e alojou-se a cada esquina. O Porto cresceu e envaideceu loucamente. Sem tirar os olhos à foz de cada lágrima largada no peito.

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A cidade deixou de ter um entardecer solitário. E passou a ter o acordar da noite e da movida. A roupa cinzenta caiu dos varais nas varandas. Para a elas subirem balões de legendas e de cor.

O burgo de histórias e batalhas deu-se ao mundo em wifi. Alcovitou-se em vouchers de dias com temperos e espumas. Mas também se agarrou ao basalto da fé, para não escorregar no musgo que limpava das fachadas.

Do ar, da margem, do banco rente ao chão quente, numa chávena sem horário. O Porto bate agora asas universais. Não deixou de ser quem era. Grita é golo em tons variados. E inacessíveis. Mas continua a ser a minha terra de amor...

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