Semblante.
Confesso que gosto do semblante carregado de Fernando Santos, depois de Portugal espetar 5 aos rapazes das Ilhas Faroé...
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Confesso que gosto do semblante carregado de Fernando Santos, depois de Portugal espetar 5 aos rapazes das Ilhas Faroé...
Foto: Ricardo Laureano:
Depois do sucesso da edição inaugural, o OEC Motor Clube já tem estruturado o 2º Rali dos Veteranos, prova que irá para estrada a 4 e 5 de outubro, aproveitando o feriado da implantação da República Portuguesa.
Segundo Olavo Esteves, presidente da coletividade, "tínhamos a intenção de fazer uma prova um pouco maior do que o ano passado, que penso foi um evento muito interessante. Pelo que o rali se vai iniciar com duas super especiais, disputadas na Praia da Vitória na quarta feira (dia 4), tendo depois um troço com cerca de 8 quilómetros no feriado (dia 5), que será percorrido por quatro vezes, duas em cada sentido", explicou.
A prova integra as comemorações do 6º aniversário do emblema praiense, e pretende ser "uma forma de fazer voltar à estrada alguns dos nomes grandes dos nossos ralis, como aconteceu o ano passado em que tivemos o Gustavo Louro a correr, assim como Victor Brazil, Manuel Ávila, Leandro Rosado, Jorge Azevedo, entre outros, que regressaram ao volante. O que aconteceu igualmente comigo", avançou o responsável pelo clube.
Em 2016, o 1º Rali dos Veteranos juntou muito público na estrada, entre eles vários antigos pilotos, que puderam assistir à vitória de Paulo Renato Silva/Rui Ávila (Renault). O pódio completou-se com Carlos Martins/João Silva (Fiat Punto) e Victor Brazil/Jorge Monjardino (Citroën). Correu-se uma classificativa entre a Casa da Ribeira e São Brás.
Olavo Esteves acrescenta que "o ano passado, e apesar do rali estar todo pronto, confesso que a divulgação foi um pouco tardia. Desta feita, e a mais de um mês da prova ir para a estrada, fica o desafio aos antigos pilotos para marcarem presença. Será, certamente, muito compensador vê-los de novo a correr", concluiu.
Foto: Ricardo Laureano
Será daqui a pouco mais de duas semanas que o Terceira Automóvel Clube leva à estrada a 39ª edição do Rali Ilha Lilás, uma vez mais - já são 17 anos... - apoiado pela Além Mar (FTE). Com duas provas por correr no principal campeonato regional, e apenas com um campeão definido - Rafael Botelho, que revalidou o ceptro nas duas rodas motrizes após o Rali de Santa Maria -, não vão faltar motivos de interesse nos próximos dias 15 e 16 de setembro. Serão quase 80 quilómetros ao cronómetro, num traçado que, não passando em nenhuma estrada nova, apresenta originalidade e exigência, remetendo a prova para a zona oeste da Ilha Terceira, desde os Altares até São Bartolomeu dos Regatos, para percorrer 4 classificativas que têm em comum a diversidade de pisos e um sem número de "ratoeiras". A isso acresce a super especial de sexta feira, uma vez mais a arrancar do centro histórico de Angra, com passagem pela Praça Velha, Pátio da Alfândega, Tercon e Rotunda Álvaro Martins Homem, regressando a meta às imediações da EVT, para perfazer 2 quilómetros certinhos.
Pode considerar-se arrojada a opção do TAC, não apenas pelos troços escolhidos, três deles sempre nas imediações da Estrada das Doze e a junção de Altares e Serreta, que vai fazer uma natural triagem de valores, logo a abrir a manhã de sábado. Mais afoitos foram ainda os elementos da Avenida Jácome de Bruges porque decidiram - e em bom tempo, acrescente-se... - arriscar na feitura de duas rondas de três PE's, com uma vinda à assistência em Angra entre ambas. Isso obrigará as equipas a correr cerca de 30 quilómetros seguidos, aumentando a seletividade da prova, que depois fecha com uma passagem pelo maior troço do dia. Certamente que vão surgir críticas, mas há muito se pediam rasgos nas provas de estrada terceirenses, e esta foi - na óptica do autor destas linhas... - uma efetiva, e boa, surpresa.
Longe vão os tempos em que o Rali Ilha Lilás chegou a ter 24 classificativas - em 1983, o Rali Pneus Camac, uma prova memorável ganha por Horácio Franco/Rui Torres, num dos belos Escort RS do Team Apolo 20 -, corridas em piso misto e com muitas dezenas de quilómetros de extensão. Também já só há memórias dos ralis serem uma festa pela qual se esperava meio ano, consagrando-se o Rali Sical pela sua longevidade comercial e o Ilha Lilás com estatuto de Volta à Ilha, hoje quase impossível de reatar dadas as exigências regulamentares. Talvez a parte da tarde pedisse mais quilómetros, mas o certo é que a jogada ímpar que apresenta vai ser um desafio. Assim como o serão a passagem pela Catarina Vieira, a descida até à Ribeira do Mouro, a incursão no Pico dos Padres ou temida visita à Mata da Serreta. É também por locais assim que os ralis têm fãs confessos e heróis em crescendo, cabendo a estes proporcionar o melhor espetáculo aos primeiros, que relataremos com o prazer de sempre.
As inscrições para o 39º Rali Ilha Lilás abrem na próxima sexta feira (dia 1), encerrando no domingo (dia 3). A lista de inscritos será publicada a 6 de setembro. Depois disso, será então altura para fazer as primeiras apostas, sobre aquele que se antevê como um grande rali. Um rali à moda antiga!
Apresentação: Miguel Sousa Azevedo/Edição: Pedro Ferreira:
- Estiveram em França e regressaram logo depois a Abiul, onde tinham triunfado na temporada 2016. Os forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense tiveram um mês de agosto em cheio.
- É uma estrela local do Youtube, graças às suas reportagens de touradas à corda, festas e tradições. Homem de ação, estivemos a ouvir Ivo Silva...primeiro num voo da SATA e depois já em solo firme.
- Foi diretor de Corridas durante duas décadas, e despediu-se dessas funções nas Sanjoaninas deste ano. O nosso aficionado da semana é Carlos João Ávila.
Eu não tenho nada a ver com isso. Mas, no lugar do Nuno Neves, do Mark Garcia e do Nuno Rosado, já tinha ido à Sociedade Portuguesa de Autores pedir satisfações!
Com o advento das "box", confesso que não vejo um único programa de televisão no horário a que é transmitido. Mas ontem, de soslaio num café, vi algo semelhante a um reality-show num canal nacional.
Ainda há quem siga aquelas merdas?
Hoje, dia em que se celebra o 483º aniversário da elevação de Angra do Heroísmo a cidade, serão atribuídas, em sessão solene, medalhas municipais a personalidades e instituições do concelho. Uma delas, a título póstumo, será para o meu avô materno, Fernando Augusto de Sousa, numa distinção aprovada mediante proposta dos vereadores do PSD na autarquia, sobre uma iniciativa minha. Já o disse, e repito, que não são apenas o amor e a admiração de neto que me levam a ver no meu avô uma pessoa que marcou a nossa terra. Partilho essa opinião com gente que sabe o que diz, e que soube admirar nele um arquitecto e um cidadão - com virtudes e defeitos - que deu, que inovou, que despertou talentos e que, de alguma forma, inspirou gente que os tinha. Sei que ele era assim, porque fez tal e qual isso - também - comigo...
Sem muitos predicados, mas lamentando que apenas 24 anos após a sua morte - e por iniciativa de um familiar direto - esta terra socialista homenageie um técnico, professor e político que o soube ser à sua medida, deixo aqui o texto original, enviada à digníssima Câmara de Angra, com a menção inicial à Medalha de Honra Municipal, depois passada a Medalha de Mérito Profissional:
Proposta
Medalha de Honra do Município (a título póstumo)
FERNANDO AUGUSTO DE SOUSA, Arquitecto
Fernando Augusto de Sousa nasceu a 26 de abril de 1913, no Porto, onde se formou em Arquitectura pela Faculdade de Belas Artes, chegando a laborar na Câmara Municipal daquela cidade. Em 1945 desenhou e orientou a recriação do Pelourinho da Sé Catedral do Porto, que recuperou um exemplar do século XVIII. Nessa mesma década, veio viver para a Ilha Terceira, terra natal do seu pai, António Joaquim de Sousa Júnior, ilustre praiense, médico e político, professor da Faculdade de Medicina do Porto e, entre outros cargos, Ministro da Instrução na Primeira República e Presidente do Senado Municipal do Porto.
Fernando Augusto de Sousa chegou a ser o único Arquitecto em funções na Ilha Terceira, tendo-se estabelecido em Angra do Heroísmo, onde viria a ser o Arquitecto Municipal durante vários anos. Fez parte dos quadros da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo em várias fases de mudança para a cidade. Do seu estirador nasceram dezenas de obras marcantes para o crescimento do concelho, realidade extensiva a outras ilhas da Região.
Dessas obras podem destacar-se, ao longo de várias décadas, todo o traçado das Avenidas, na parte nova da cidade de Angra; a original Praça Almeida Garrett; os edifícios e estruturas dos Celeiros em várias ilhas dos Açores; a Casa de Trabalho do Nordeste (São Miguel); as primeiras oficinas da Empresa de Viação Terceirense; a primeira Fábrica de Laticínios da Ilha Terceira (Grota do Vale); a Igreja Nova dos Biscoitos; o estudo do que viria a ser o Hotel de Angra; o edifício da Oceânica (Praia da Vitória); o prédio de apartamentos da Auto Angrense; diversas estruturas civis e militares na Base das Lajes; o Cemitério do Porto Martins, a Glorieta de homenagem a Almeida Garrett no Jardim Duque da Terceira e um sem número de habitações e espaços comerciais, onde ainda hoje é visível o arrojo do seu traço, que inovou visivelmente a realidade local. Colaborou ainda com várias das principais empresas de construção civil da Terceira e da Região.
Na década de 50 fora nomeado Professor da Escola Industrial e Comercial de Angra. E até meados da década de 80, quando se reformou apenas como Professor da então Escola Secundária de Angra do Heroísmo, passaram pelas suas aulas de Desenho, Geometria Descritiva ou História da Arte, muitos dos técnicos (Arquitectura, Engenharias, Pintura, etc) que marcaram a segunda metade do século XX na nossa ilha. E muitos que ainda hoje são referência ativa nessas áreas.
Foi dirigente, durante vários anos, do Instituto Açoriano de Cultura e, ainda hoje, o presidente de maior longevidade na Assembleia Geral da Fanfarra Operária Gago Coutinho e Sacadura Cabral.
Marcante foi ainda a sua intervenção política, mormente durante o Estado Novo, em que fez parte, de forma extremamente ativa, dos movimentos de oposição ao Regime, apesar de manter as suas funções profissionais públicas e pedagógicas, e de ser um cidadão interventivo na sociedade local. Foi um dos principais dirigentes regionais do Partido Socialista no pós-25 de abril, funções que acabaria por abandonar passado alguns anos.
Visto por muitos como um homem à frente do seu tempo, consideramos que o Arquitecto Fernando Augusto de Sousa - que faleceu em janeiro de 1996, nesta cidade de Angra do Heroísmo, que escolheu como sua terra durante mais de meio século - é merecedor, na sua memória, da Medalha de Honra do Município, atribuída a título póstumo.
Angra do Heroísmo, 11 de maio de 2017