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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

O ano que aí vem...

31.12.15, MSA

Foto Cronica 50DI DEZ15 - O ano que aí vem.jpg

Quando acaba um ano, é inevitável perspetivar o seguinte, e com isso surgem os habituais propósitos. Muitos dos quais acabam por cair em saco roto, tal e qual as doze passas ingeridas em "click" de Réveillon, ou o apressado gole de espumante, que tantas vezes deita a perder um jantar elaborado e saboroso. Afinal, as pequenas decisões, tomadas de ânimo leve, ou mesmo com um grão na asa, nem sempre têm sequência. Pelo que o melhor, em tempos de ano novo, é mesmo ter muito cuidado com o que se prevê, o que se deseja, e o que se promete...

2015 foi um ano atípico em Portugal, poderá dizer-se. Nem tanto nos Açores, também se poderá avançar. Mas como águas passadas não movem moinhos, e nestas alturas o adágio popular é uma "bengala" e tanto, só nos desperta a curiosidade tudo que haverá a registar nos doze meses em que, desde eleições presidenciais a um terror financeiro instalado, a lusa pátria parece continuar a ter ingredientes de sobra para encher noticiários e colunas de opinião. Nos Açores, nem tanto. Há uma paz latente nas ilhas de bruma, onde só quem vê realmente o fundo dos bolsos cada vez mais nítido sente na pele a realidade. Felizmente, para uma elite criada e alimentada pela eterna onda rosa, a vida corre bem e o erário público parece que vai dando, e sobrando, para o conforto sem temores...

Mas voltemos ao que se aventa como um rol de desejos para 2016. Esperando que o início do ano não continue centrado nos direitos televisivos do futebol - uma guerra de operadoras e valores que já provoca tonturas -, que o novo inquilino de Belém - não o Deus-menino, o presidente mesmo... - seja escolhido à primeira, que o piropo da governação sem vitória não atalhe demasiado pelas vontades populistas e, acima de tudo, que esta terra que recorda descobertas e orgulhos se consiga afirmar como um porto de boa gente. É que, bem vistas as coisas, têm sido mais os escândalos e as ingerências do que os motivos de sorriso sem anedota polémica à mistura.

Arriscaria escrever - e vou fazê-lo, aliás... - que 2016 será um ano sem certezas. Porque elas se têm revelado quase impossíveis de ter. E porque a imaginação corrupta e a instabilidade global parecem formar um palco de excelência para que nem tudo o que pareça...seja, de facto. Mas como sou de boas modas, e não pretendo alimentar discórdias ao nascer de uma nova aurora, fica o desejo sentido de que consigamos fazer destes 366 dias uma passagem de algum agrado e satisfação. Como tudo na vida, cada novo ano é também um desafio. E quando nas pernas já correm 40, começamos a relativizar de outra forma. Feliz 2016. De mentes despertas e olhares firmes, que as ternuras também requerem atenção...

 

43 O ano que aí vem - DI 31DEZ15.jpg

 

Viva El Señor Julen.

29.12.15, MSA

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O FC Porto não terá recebido tantos milhões como o Sporting pelos direitos televisivos e afins. E nem sei se efetivamente receberá tanto como o Benfica. Mas hoje recebeu três golos do Marítimo, em casa.

Viva El Señor Julen. Auguro um belo sábado...

Porto.

27.12.15, MSA

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Porto. Cidade cinza. Cidade saudade. Porto de partidas e chegadas. Porto de descobertas. Cidade natal.

Análises.

23.12.15, MSA

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O aproximar da época natalícia, para lá das ameaças de aumento ao nível do colestrol e dos triglicerídeos, costuma também revelar uma apetência para a demagogia enorme. São os sabores da quadra. Boas Festas...

Grupos de causas.

22.12.15, MSA

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Foto: Fernando Pavão

 

No passado sábado tive novamente o prazer de ir ao Jantar de Natal do Grupo de Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, uma instituição que tenho o orgulho de conhecer bastante bem. Mesmo se a minha carreira taurina se ficou por dezenas de marradas de Entrudo, ser atropelado pelo 314 no Pico da Urze, e pegar um bezerro...à primeira.

No mundo dos toiros, confesso, não tenho partidos. Aliás, com excepção de um clube desportivo imenso que equipa de azul e branco, acho que nem sou adepto fanático de nada. Mas admiro de forma efusiva quem se move por causas. Quer sejam elas sociais, culturais ou meramente recreativas. Quem defende, e acredita mesmo, nas causas a que está ligado merece o meu sincero aplauso. E entre os jovens e menos jovens que pegam toiros, vejo isso mesmo. Para lá da união necessária à finalidade pura do seu convívio - pegar um toiro de caras, à primeira, com estrondo e valentia -, o reino dos forcados sempre exerceu em mim um fascínio próprio. E não, também não sou muito de conversas ou grupinhos, é mesmo uma apreciação ligada ao mote que os une. E à forma como o desempenham.

Defendo sim que a Festa Brava é cultura. E que se há arte portuguesa que deve ser mantida e apoiada é a de pegar toiros. Também não estou a dizer que os grupo de forcados - mormente os locais, que são os que conheço - carecem de mais apoios. Mas dá-me gosto ver a forma ordeira como trabalham, dentro e fora das praças.

A foto que encima este pequeno texto representa três gerações de forcados terceirenses. Houve outras antes, e as próximas já têm artistas certos. No final de cada ano, é sempre bom verificar mais um balanço positivo. Afinal, com mais ou menos estrondo, a coragem ainda é uma qualidade admirada. Mesmo nestes tempos de carência de valores. Força, rapazes.

Foto GFATTT 2.jpg

 

Business.

22.12.15, MSA

Partilho, com sinceridade, uma vontade imensa de esbofetear os altos quadros da banca nacional. Pela incompetência e pelo descaramento de falirem e de irem para casa de bolsos cheios...

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