Nas Lajes do Pico, até o mar agitado nos acalma as vistas. No seu poiso de sempre, o Castelete recebe as ondas de longe...
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Nas Lajes do Pico, até o mar agitado nos acalma as vistas. No seu poiso de sempre, o Castelete recebe as ondas de longe...
João Rocha (CAT) e Ana Oliveira (ACM) venceram a décima edição dos "Degraus d'Angra", prova corrida na passada quinta-feira, e que ligou em contra-relógio o Jardim Duque da Terceira ao obelisco da Memória, em Angra do Heroísmo. O evento, organizado pela Associação Cultural Marcha dos Veteranos, integrou o programa desportivo das Sanjoaninas 2015.
O jovem atleta do Clube de Atletismo da Terceira venceu a prova pela terceira vez, batendo o recordista do percurso, o agora individual Jorge Nunes, que conta cinco triunfos no certame angrense. Délio Teodoro (ADA) foi um seguro terceiro classificado, adiante de José Santos e Jorge Garcia, ambos do CAT. Ainda em masculinos, a classe até 12 anos foi ganha por Carlos Abreu, na frente dos atletas do CAT, Rodrigo Rocha e Simão Matias.
No setor feminino, os mais de 250 degraus foram dominados pela consagrada Ana Oliveira (ACM), sem problemas para bater Cátia Abreu e Sara Valadão, mas ficando a mais de 2 segundos do recorde de Vitória Rodrigues. Fechou a tabela a muito jovem Matilde Teodoro, de apenas 6 anos, a atleta mais nova em competição. O atleta mais velho foi o veterano Rui Borba, que terminou em 11º lugar.
A prova contou este ano com 21 participantes, num final de tarde muito agradável. A Associação Cultural Marcha dos Veteranos conta organizar, em agosto, mais uma edição dos Degraus da Praia, durante as festas concelhias. Os prémios foram entregues pela presidente da associação, Belinha Simões, e pelo presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Álamo Meneses.
Classificações
Masculinos:
1º João Rocha CAT 1.09,51
2º Jorge Nunes Ind. 1.13,39
3º Délio Teodoro ADA 1.14,26
4º José Santos CAT 1.17,07
5º Jorge Garcia CAT 1.25,36
6º André Garcia CAT 1.27,26
7º Samuel Matias CAT 1.47,45
8º António Merujo Ind. 1.50,32
9º Francisco Espínola ACM 1.57,64
10º Eduardo Veiga Ind. 1.58,32
11º Rui Borba Ind. 1.59,80
12º Carlos Abreu Ind 1.59,82
13º Simão Matias CAT 2.00,07
14º Sandro Ferreira ACM 2.03,64
15º Paulo Mendonça Ar Livre 2.06,57
16º Luís Lourenço Ind. 2.08,57
17º Rodrigo Rocha CAT 2.16,26
Femininos:
1º Ana Oliveira ACM 1.41,67
2º Cátia Abreu Ind. 2.40,29
3º Sara Valadão Ind. 2.52,36
4º Matilde Teodoro ADA 3.38,86
Posted by Maria Luisa Rocha Lourenço on Friday, June 26, 2015
A ida a uma corrida de toiros é, para muita gente, um ato de plena descontração. Quase o mesmo que ir ao teatro, ao cinema ou a um concerto musical. Mas em que os espetadores serão mais ou menos entendidos sobre o assunto, tiveram mais ou menos cuidados na escolha da vestimenta, do charuto ou do local para depois jantar com os olhos cheios. E isto porque a deslocação a uma praça de toiros faz parte da nossa vida. Não apenas como apreciadores das artes do redondel, ou como aficionados e até conhecedores, mas como terceirenses, uma gente habituada desde tenra idade a ter o toiro no seu horizonte. A conviver com a sua presença, a apreciá-lo na paisagem e na lembrança.
E tudo porque, nesta dita terra de bravos, também há toiros na rua de maio a outubro. Correm-se à corda e complementam as nossas festividades, onde o profano e o religioso se cruzam de forma ímpar. Mexendo e remexendo com a rotina dos locais, vão-se passando e recordando freguesias e recantos onde houve toiros, houve graça, houve comida e bebida, houve amizade e um mote comum para um ajuntamento de gosto. Um ajuntamento de mesa posta, com motivos de cores garridas e passes de coragem.
Na praça de toiros, o ambiente é diferente. Trata-se de um episódio mais lustrado, e ninguém se abeira da bilheteira sem, pelo menos, ter uma ideia do cartel e do que possa acontecer para lá da trincheira. Mas o certo é que, pelas ruas da nossa terra, há igualmente um conhecimento profundo das características e ações de toiros, ganaderos e pastores, para a hora de estalar o foguete. Há uma mescla taurina que nos faz apaixonar e dedicar tempo ao centro da festa. O toiro bravo, que nos leva longe, que nos assusta, que não passa incólume no combate como não o fará na retina de um terceirense a ele dedicado.
Nos tempos que correm, multiplicam-se as intenções anti-taurinas. Fala-se em evolução, fala-se de maturidade cultural, fala-se em direitos dos animais, e confesso uma dificuldade momentânea em sanar um confronto que, a meu entender, não precisava de existir. Dir-me-ão que o mais lógico é que um dia acabem as touradas e o toiro bravo perderá noções e razão de ser. Tenho de contrapôr de imediato com um manancial de argumentos que tocam a alma. O toiro existe com a finalidade histórica de ser lidado. Faz parte do espetáculo, e esse espetáculo faz parte das nossas vidas.
A abrangência desta simples afirmação é tão vasta, que não haverá protesto ou rede social a fazê-la cair. Nos tempos, nas festas, nos pastos e no brilho único da pelagem de um animal bravo, de luta, de confronto, e criado à mão. Ainda mais nesta ilha de nevoeiros e cheiros fortes. De enlaces e memórias. Porque aqui...gostamos de toiros.
(Texto publicado na edição nº19 da revista "Festa na Ilha", editada pela Tertúlia Tauromáquica Terceirense)
Em modo Marcha. De coração aberto, pleno de recordações e novos sorrisos. São João não é apenas o nosso padroeiro da alegria, é um verdadeiro compincha!
A décima edição dos "Degraus d'Angra" corre-se na próxima quinta-feira (dia 25), a partir das 18h30, marcando dez anos de uma original prova, onde os atletas são desafiados a cumprir em contra-relógio a subida da Passagem Silva Sarmento, que liga o Jardim Duque da Terceira ao obelisco da Memória, em Angra do Heroísmo.
A prova integra o programa desportivo das festas Sanjoaninas, estando a organização este ano a cargo na nova Associação Cultural Marcha dos Veteranos. As inscrições decorrem no secretariado das festas, podendo ser feitas também no local de partida (jardim de cima, junto à estufa), até 20 minutos antes da prova, e o evento tem o apoio da Associação de Atletismo da Ilha Terceira.
Os mais de 250 degraus, entremeados por calçada típica, formam um exigente percurso, sendo o recorde pertencente ao atleta local Jorge Nunes, que em 2008 estabeleceu a marca de 1m05,14. Na edição de 2013, Vitória Rodrigues passou a ser a recordista feminina, com 1m39,06.
Segundo o mentor do evento, Miguel Sousa Azevedo, "os Degraus d'Angra ganharam o seu espaço depois da edição inaugural de 2006, sendo sempre bem acolhidos pelas diferentes equipas das Sanjoaninas. Este ano, a prova cumpre dez edições e esperamos ter uma boa adesão de partcipantes", explicou.
“Na Terceira, correm-se atualmente três provas do género: a de Angra, os Degraus da Praia e os Degraus do Algar do Carvão, a cargo dos Montanheiros. É uma realidade única", referiu ainda o organizador.
Vencedores Edições Anteriores:
2006
César Romeiro (NSIT) 1m11
Margarida Leonardo (Ind) 2m27
2007
Jorge Nunes (CBIT) 1m09
Andreia Fagundes (Ind) 3m50
2008
Jorge Nunes (CBIT) 1m05,14 (recorde)
2009
Jorge Nunes (CPAgualva) 1m06
Sara Valadão (CPAgualva) 2m24
2010
Eduardo Sousa (NSIT) 1m18
Isabel Silva (CAT) 2m04
2011
Jorge Nunes (CPAgualva) 1m13,44
Isabel Silva (CAT) 2m10,06
2012
João Rocha (CAT) 1m16,52
Cristiana Silveira (CAT) 1m55,06
2013
Jorge Nunes (Ind) 1m08,52
Vitória Rodrigues (CAT) 1m39,06 (recorde)
2014
João Rocha (CAT) 1m08,76
Vitória Rodrigues (CAT) 1m40,56
Domingo com tarde amena para o Concurso de Ganadarias que abriu mais uma Feira de São João. ¾ de praça muito fortes e a surpresa de apenas um grupo de forcados se apresentar à hora das sortes. Seis cavaleiros e expetativas altas. Explicações, mais adiante.
1ºToiro Miura nº80 510kg
Luís Rouxinol, recordando anteriores triunfos em Angra, dedicou a lide ao grupo da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, que pegaria todo o curro. Curiosidades para observar o luzidio Miura, claro de pelagem e elegante no passar. Ferragem de castigo exemplar, com palmas e fé. Nos curtos, o cavaleiro de Pegões antecipou-se demais. Tanto Rouxinol não brilhou, como o oponente sevilhano provou que é para outras lides
Pega – Fernando Ferreira (Tertúlia Tauromáquica Terceirense)
Cite curto, pega limpa, à segunda tentativa, para o forte forcado de São Bento.
2ºToiro Jandilla nº58 560kg
Imponente e voluntarioso, o negro mulato de Cádiz, e Vitor Ribeiro a recebê-lo com a sua habitual calma e natural eficácia. Mas sem grande fulgor, como aliás decorreu a lide, que ainda assim esteve certeira. O marialva de Almada não descurou as sortes, e tentou retirar tudo que fosse emoção de um toiro vistoso. Apenas cumpriu.
Pega – José Vicente (Tertúlia Tauromáquica Terceirense)
Colocação muito boa do caras, que foi rápido e teve braços. Com ganas, nunca largou e deu alegria ao redondel de Angra.
José Vicente. Emoção na despedida de um dos mais valorosos pegadores de toiros da Tertúlia Tauromáquica Terceirense. Saiu em grande e fê-lo com uma grande pega.
3ºToiro Vinhas nº37 465kg
Conhecedor da realidade local, Gilberto Filipe agradeceu à organização da feira a oportunidade para estar num evento de grandeza confirmada. Limpeza na ferragem de castigo, embora meio deslocada. Mostrou atitude e dedicação, merecendo a escolha ao público. Da lide, saiu menos bem, com algum ímpeto a mais, mas sem estragar. E teve toiro, o que nem todos podem afirmar do domingo passado.
Pega – Carlos Cabeça (Tertúlia Tauromáquica Terceirense)
À barbela, com carrinho e com viagem. Excelente união do jovem forcado.
4ºToiro Rego Botelho nº27 515kg
Primeiro toiro da casa para o primeiro cavaleiro local em praça na feira. Tiago Pamplona entrou concentrado e a ferrar sem medos. Arriscou demasiado nas aproximações, mas sem perder a mão ao confronto, no qual teve várias vezes de ir buscar o toiro. Esteve afoito e fechou bem com um palmo muito esforçado.
Pega – Luís Cunha (Tertúlia Tauromáquica Terceirense)
Pegou à terceira, com o toiro a bater sempre muito forte. O forcado esteve rijo e nunca virou a cara à luta.
5º Toiro Assunção Coimbra nº103 445kg
Bonito exemplar para Rui Lopes tentar a sorte neste São João. Seleto e calmo, o cavaleiro da Ribeirinha ferrou bem o castigo e veio aos curtos a crescer. Mas a lide perdeu alma e o toiro acabou cedo. Salvaram-se alguns bons ferros e a certeza de que Rui Lopes sabe e faz bem melhor.
Pega – João Pedro Ávila (Tertúlia Tauromáquica Terceirense)
Mostrou toda a sua garra no primeiro intento, onde o grupo falhou em aberto, perdendo-se uma grande pega. Pega regular à segunda tentativa.
6ºToiro João Gaspar nº10 460kg
Porta-gaiola e bonita brega de João Pamplona a abrir a sorte. Dois bonitos ferros ladeados, de praça a praça, numa mescla de clássico e ousado que o cavaleiro quer sempre mostrar. Tem tarelo artístico, o mais jovem Pamplona que, frente a um toiro com poucas condições, não se deslumbrou nem cedeu à facilidade. Esteve seguro, com pormenores cuidados e agradando à sua afición.
Pega – João Silva (Tertúlia Tauromáquica Terceirense)
Brinde à Rainha das Festas, Denise Melo, com o forcado a fechar-se bem, e sem falhas, ao primeiro intento.
Prémios:
Melhor lide a cavalo – Gilberto Filipe (3º da ordem)
Melhor Pega – José Vicente (2º da ordem)
Melhor Toiro – nº37 Vinhas (3º da ordem)
Prémio Apresentação – nº 103 Assunção Coimbra
Sobre o caso que marcou a corrida, e que resultou na recusa, horas antes da mesma, do Grupo de Forcados Amadores do Ramo Grande em participar no espetáculo, alegando incumprimento dos regulamentos em vigor para o ordenamento em praça das ganadarias a concurso, aqui ficam os comunicados emitidos pela Tertúlia Tauromáquica Terceirense (organizadora da feira) e pelos forcados sedeados na Praia da Vitória:
Caberá a cada um de nós tirar as suas ilações sobre o que se passou, e que reais causas estiveram na origem do episódio. Não sendo, de facto, uma situação consensual. Se há, de facto, um veto da ganadaria Vinhas ao cavaleiro Vitor Ribeiro, e se isso também pesou no processo, algo esteve errado. No caso, e para a corrida de ontem, esteve errado que apenas um grupo atuasse, que se entregasse um prémio à melhor pega e que se incitasse, de alguma forma, a discórdia. Por saber, ficou também a composição do júri que atribuiu os prémios entregues.
Na festa brava não é necessário que andemos bravos uns com os outros. Já há gente bastante que anda enfurecida contra a dita. Até quarta-feira.
Tem sido estranha a minha relação com os livros, nos últimos anos. Sou um leitor exigente, não tanto sobre a obra a viver, mas no que toca às envolvências e em relação a mim. Não consigo ler na praia, leio mal num jardim e talvez até lesse num comboio, se o tivesse aqui perto. Mas tenho sido fiel ao Joel Neto, caro amigo e talentoso escriba de matriz azórica. O "Arquipélago" já cá está. Resta-me descobri-lo pelo verão...um dia destes. Depois vai tudo.