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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

29.Mai.15

Entrevista Sara Paço.

Sara Paço - Termas da Ferraria - maio 15 (2).jpg

Entrevista à cantora Sara Paço, após a atuação nas Termas da Ferraria, onde foi acompanhada pelo trompetista Cláudio Silva, a 23 de maio de 2015.

27.Mai.15

Regional.

Continuo a tentar perceber qual é a mudança de paradigma que o governo açoriano - na pessoa do seu presidente - defende de forma acérrima para o arquipélago. Eles são os mesmos, é o mesmo a mandar, agem da mesma forma e instalam-se uns aos outros exatamente de modo igual, há 18 anos e tal. Será que vão reutilizar a nomenclatura de Governo Regional dos Açores? É que não me lembro assim de mais nada...

26.Mai.15

Agenda.

Os assuntos trazidos ontem à agenda pelo presidente do Governo Regional - candidaturas de independentes, papel dos Conselhos de Ilha e extinção do cargo de Representante da República - fazem-me pensar que é capaz de haver menos carrinhas para "acartar" gente nas próximas eleições. Essa sim, uma preocupação pendente...

25.Mai.15

TAC: 40 anos, uma vida.

Foto Sócios Fundadores.jpg

Completam-se amanhã 40 anos sobre a formalização da escritura que criou o TAC-Terceira Automóvel Clube, um documento que oficializou as diversas ações que o grupo, desde 1986 sedeado na Avenida Jácome de Bruges, em Angra do Heroísmo, já levava a cabo, mormente a realização de provas desportivas motorizados, entre as quais os até então ralis "clandestinos" merecem lugar de honra, pelas histórias que motivaram, e pelo espírito empreendedor e inovador que um punhado de jovens - e alguns menos jovens - terceirenses souberam demonstrar. Naquela altura, ser empreendedor significava iniciativa, trabalho e muita dedicação, não apenas o preenchimento de alguns papeis, a "cunha" certa e o chão para andar dado de mão beijada. A longa sucessão de acontecimentos e pessoas ligadas ao bonito símbolo criado por Rafael Barcelos não se fez de bons nomes nem de padrinhos, mas antes de um pleno amor pela causa dos desportos com motor, conseguindo replicar-se, numa ilha isolada e de economia débil, muito do que se via e fazia "lá fora". Este sim, era o espírito com aquele grupo se encerrava horas a fio, com a casa às costas, a tentar encontrar voz legal, massa crítica e bases sólidas para pôr os carros na estrada, a correr contra o relógio.

Há vários momentos, ao longo destes 40 anos, a marcar de forma indelével a história do clube, que, em maio de 1975, organizou em conjunto com a então Associação dos Desportos de Angra do Heroísmo, uma prova denominada "Primeiro Passo do Ciclismo". No mesmo ano, o I Circuito do Cabrito alcançou um enorme sucesso e mereceu louvores oficiais. Em 1976, o TAC apoiou a primeira participação de equipas terceirenses na Volta à Ilha a São Miguel para, no ano seguinte, obter o seu alvará de organizador de provas automobilísticas. 1978, exatamente nos dias 31 de março, 1 e 2 de abril, o Rali Primavera, primeira prova oficial do clube, marcava o arranque dos ralis federados na Ilha Terceira. Ralis, Perícias, Rampas, Todo-o-terreno, Motocross, Karting, Passeios de Clássicos...desde então foi um não mais parar de eventos e certames, onde o Rali Ilha Lilás, que apenas não se correu em 1980 - ano do terrível sismo que assolou o Grupo Central - tem natural destaque, assim como o Rali Sical, desde 1982 associado a um mesmo patrocinador, numa união sem igual no nosso país e até fora dele. Longe vão assim os tempos de troços míticos, como o antigo Barro Vermelho com as suas lombas sucessivas, ou o sinuoso São Brás/Fontinhas, onde todo o cuidado era pouco. Em 1986, o Circuito das Sanjoaninas - bem ao jeito do italiano "Memorial Bettega", deixou saudades onde hoje se situa o Estádio João Paulo II. Em 1988, uma equipa do TAC - formada por José Bernardo, Jorge Azevedo e Jorge Gomes - participou no 3º Raid a Portugal, então a prova rainha do TT nacional. Em 1987, o clube quebrou o paradigma e organizou o primeiro rali totalmente disputado em asfalto nos Açores, o Rali Agência Teles. No mesmo ano em que, mesmo em frente à nova sede social, a autarquia angrense e o clube inauguravam uma pista de Karting, a primeira feita de raiz na Região, numa prova onde marcaram presença pilotos continentais, entre eles Manuel Gião. Dois anos depois, coube também ao TAC ser pioneiro no todo-o-terreno, organizando o 1º Raid dos Açores, com motos e 4x4 a inovarem a contenda. Em 1991, é sob as cores do TAC que um piloto da Terceira se sagra pela primeira vez campeão regional de ralis, no caso Joaquim do Carmo, também ele um nome da primeira hora do clube, numa conquista que depois Gustavo Louro alcançou em seis ocasiões, entre 1996 e 2004. Foi através do TAC que, mais recentemente, e fruto de parcerias frutuosas, se abriram novas realidades para o desporto automóvel nos Açores - muitas delas depois implementadas a nível nacional -, que acabaram por multiplicar de forma efusiva o número de realizações e provas por esses Açores fora, com melhores e mais baratas condições para os pilotos, com a Terceira a ser o foco das atenções pela inovação demonstrada. Uma vez mais, os princípios orientadores da fundação do clube estiveram presentes, e assim se deseja que não estagnem nas memórias. Este texto poderia alongar-se, até porque estabelecer um paralelo de vida com a existência do TAC é, para mim, uma tarefa tão natural como gostar de ouvir um carro de competição a trabalhar. Mas é mais fácil felicitar quem levou toda esta enorme obra a bom porto. As centenas e centenas de dirigentes, colaboradores, competidores e adeptos que lograram fazer destes 40 anos um caminho de sucesso. Mesmo se nem todos são sempre lembrados, mas sabendo que todos eles nutrem um carinho especial por aquele emblema de memórias.

Endereço, por isso, os parabéns ao clube e seus responsáveis, recordando todos os seus presidentes: Manuel Fonseca, Fernando Fausto Martins, Jorge Medeiros, Francisco Maduro-Dias, Carlos Soares, Francisco Almeida, Carlos Costa Neves, Gualter Coelho, Péricles Ortins, José Manuel Bettencourt, José Pedro Cardoso e Gerardo Louro da Rosa. Em boa hora, este clube nasceu. Saibamos todos fazer valer-lhe a história. Parabéns, TAC.

Cronica TAC 40 anos uma vida 25mai15 DI.jpg

 

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