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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Near Capicua.

31.08.14, MSA

após o concerto...

Pela madrugada de ontem, depois de um concerto cheio de força, numa das noites mais embirrentas de chuva e humidade que tivemos este ano.

 

Acredita que nem sempre é assim. Do Tabu às Pedras da Calçada, tudo foi assimilado.

  

Björn Waldegard (1943-2014)

30.08.14, MSA

Bjorn Waldegard, o Rei de África...

E foi-se o primeiro Campeão do Mundo de Ralis (1979). Deixa saudades, o Rei de África e mestre da "contra-brecagem"...

 

Rest in Speed.

Rest in Speed...

no Ford Escort RS...

 

 

PS-Excelente texto do Nuno Filipe Lorvão, sobre o velho campeão sueco. Para ler AQUI

Coisas do quintal...

27.08.14, MSA

Olhares do RL...

Foto: Ricardo Laureano

 

...ou quando a simplicidade nos invade o olhar. Mas assim com uma corzinha propositada, que isto é preciso viver em harmonia, ar puro e alguma graça.

Coisas de grandes emblemas...

27.08.14, MSA

O FC Porto versão 2014/15...

A exibição de ontem do Futebol Clube do Porto, que garantiu o acesso à fase de grupos da Champions League, foi um verdadeiro alerta do código genético que Julen Lopetegui decidiu dar ao Dragão na nova temporada. Depois de três temporadas, que incluíram dois títulos nacionais e até uma época interna sem derrotas, em que a personalidade dos "onze" azuis e brancos se foi esfumando, parece que há uma raiz que desponta, e uma esperança muito válida do mais internacional dos emblemas portugueses voltar à ribalta. Como o prova o facto do "FCP" se ter agora juntado a um restrito grupo de clubes, no que toca à competição maior da UEFA.

De facto, com a histórica ausência do Manchester United da "Champions", o grémio da Invicta passa a totalizar 19 presenças na fase de grupos da competição, igualando a marca dos "Red Devils" que, devido à frisada falta nesta temporada, foram igualmente alcançados por Real Madrid e Barcelona.

 

Enfim, coisas de grandes emblemas...

Ricciardo: A figura.

25.08.14, MSA

Daniel Ricciardo.

Enquanto, na todo-poderosa Mercedes, as atitudes menos corretas de Nico Rosberg e as falhas de Lewis Hamilton vão fazendo escola, parece cada vez mais consensual a grande figura do Mundial de Formula 1 em 2014. Três vitórias depois, o jovem australiano Daniel Ricciardo mantém-se um exemplo de tenacidade e correção. Não é para todos!

 

Vistas.

25.08.14, MSA

Foto do Fernando Alvarino...

Foto: Fernando Alvarino

 

...porque há coisas que, nestas ilhas, são tão usuais que (quase) nem lhes ligamos. Somos uns grandes... ilhéus, isso sim. E vemos isto de casa, à borla.

Data.

22.08.14, MSA

em dia de chuva e neblinas...

 

Angra do Heroísmo: 480 anos de emoções, batalhas, coragens e muitos adiamentos. Contudo, uma cidade apaixonante.

O fenómeno Capicua.

22.08.14, MSA

Capicua...on the stage.

Foto: D.R.

 

Sou um mau consumidor de música, é um facto. Tenho gostos indefinidos, politicamente incorretos, fora de tempo. Mas quando aprecio uma coisa não a largo. Um som, uma batida, uma letra que envolva a simples ação de ouvir música. Tornando-a num momento único, mas que podemos sempre voltar a sentir com um pequeno toque.

Foi numa entrevista noturna da Antena 3, que me acompanhou numa pouco frequente caminhada - estava na Horta, sei bem - que percebi quem era a Capicua. Já tinha ouvido qualquer coisa agradável, mas nada que me ligasse a Ana Matos Fernandes, portuense de Cedofeita, que logo me falou ao coração, dada a forma desmedida com que partilhou emoções, ligações e palavras. Muitas palavras, em cujo poder ainda não perdeu a fé. E que usou e usa com um carinho fantástico...

E esta Capicua - que é um número palíndromo, cujo reverso é ele próprio - vem-se revelando um verdadeiro fenómeno. Joga com as frases e apresenta-nos facetas tão portuenses como os Aliados, a Ribeira ou a própria Cidade Invicta. É um doce de descobrir. A sua música - ah, esqueci-me de referir, a pequena é uma rapper que vai correndo o país, e não só, a encantar... - é amplamente urbana, melancolicamente tradicional, e incómoda. Porque nos aponta setas aos sentidos e porque nos revemos - mesmo contrariados - neste verso ou naquela rima. Há um toque anos 80, há uma modernidade poética, há no fundo uma repetição melódica que nos atraí. Porque encerra bom gosto, inteligência e a violência inerente a quem protesta. E depois é tão tripeira, tão amplamente nortenha, que me mexe com as costelas de origem...

Mesmo mais nova, absorve a minha geração em várias imagens e provocações. E mais do que a apreciação técnica - mas frisando que tem versões acústicas excelentes -, que desdenho sempre que há música a embalar-me os dias, tenho de realçar a forma sincera como canta, como diz e como (nos) acusa, esta Ana Capicua, rapper portuense e artista da nova vaga. Há um sample a preceito em cada saída das suas canções/recordações. Há entradas fortes, ritmos marcados, excertos claros de outras referências, e um assumir de ser MC (Maria Capaz), de Serei(a Louca), de ser sonhadora, de ser legível de trás para a frente. De dividir com a crítica e com o grande público a intimidade de uma jovem portuguesa, licenciada, doutorada, culta, aventureira e perspicaz. Uma Capicua que tem amigos imaginários, que nem é muito gira, que usa aparelho nos dentes, que faz vida solitária tendo companhia, que nos enternece e agride. Tal como a vida.

E que terá como perfumes favoritos o pão quente, a terra molhada e o manjerico. Pelo menos um deles é também o nosso. De todos nós. Uma Capicua que vamos ver e ouvir daqui por uns dias, em Angra. Seja bem vinda!

 

Crónica no

 

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