Mais de ¾ de praça na Monumental Ilha Terceira, num dia típico de ressaca das festas em que Angra esteve sob sol forte e abrigada por um céu azul. Curro completo “Rego Botelho” para a corrida apeada, com duas figuras gradas do toureio mundial e um jovem em ascensão. Audiência à medida das expetativas e a habitual ansiedade sempre que a areia do redondel está riscada a branco. Venham as sortes!
1º Toiro “Cambeante” nº24 495kg
Dois anos e nove meses depois da colhida grave em Saragoça, que lhe inutilizou uma vista, Juan José Padilla recebeu de joelhos, e estudou de forma breve, o primeiro “RB” que lhe coube. Foi o próprio diestro a bandarilhar em dobro, fazendo-o em forma de violino ao segundo par. Duas séries iniciais compostas com a muleta marcaram o ponto alto da lide, face a um toiro que nunca se guardou às sortes. Simulou com arte e teve palmas em Angra, mesmo sem toiro à altura. Ciente disso, Padilla não foi a cumprimentos.
2º Toiro “Portafala” nº18 465kg
Miguel Ángel Perera chegou a Angra com triunfos sucessivos no traje de luces. Como na anterior presença entre nós – em 2010, quando triunfou -, destacou-se pela fleuma com que toureia. Mas também faltou toiro ao homem de Puebla del Prior. No capote houve lances de alguma beleza plástica, e conseguiu bons momentos também com a muleta, mas mesmo esses escassearam. Deixou esperança para o quinto da tarde. Presença solidária de Juan Leal, com um vistoso quite a meio da lide.
3º Toiro “Ocurrente” nº9 505kg
Juan Leal em praça, a subir o tom da tarde. Eficaz no capote a abrir o confronto, o jovem artista nascido em Nimes esteve toureiro em toda a lide. Foi expedito a chegar-se ao toiro, e colocou risco em várias passagens, com o “RB” que lhe coube a humilhar bastas vezes a preceito. Primeiro par para o terceirense Diogo Coelho, nas bandarilhas. Juan Leal seguiu com toureio afoito e a entusiasmar o público. Que nem sempre esteve à altura este domingo, sublinhe-se. Lidou para vencer, face a um hastado enganador, mas bravo.
4º Toiro “Zarito” nº17 435kg
Início de lide excessivamente rápido de Juan José Padilla, face ao toiro mais leve e corrediço do cartel. Capote a despachar e tércio de bandarilhas sem fulgor. Na muleta, o toureiro de Jerez de La Frontera aplicou-se, mas teve de levar o toiro a médios para tirar algo dele. Padilla repetiu muletazos em corrida, simulou a morte e saiu sem glória. Pouco acrescentou à feira, para lá da sua superação pessoal ao infortúnio de 2011, uma atitude que as hostes vivem em pleno. E Angra não foi exceção.
5º Toiro “Ostra” nº26 480kg
Miguel Ángel Perera decidido a fazer fé do seu espólio recente de atuações. Seguro nos lances de capote, Perera confirmou-se na elegância, firmando a muleta nos seus sucessivos movimentos, correndo o redondel ao ritmo a que mandam os livros. Sem material para mais frisson, sublinhou a sua técnica de modo natural e fluido, mas acabou colhido sem consequências, fruto desse arriscar face à passividade do toiro.
6º Toiro “Escandaloso” nº11 460kg
Porta de gaiola com o lance quase consumado para Juan Leal, no último da feira. Novamente com um toureio de pleno risco artístico no capote. Três pares de bandarilhas com selo local – João Pedro Silva e Diogo Coelho – e qualidade, especialmente o último d’ “O Açoriano”. Juan Leal ajoelhou-se na muleta e carimbou uma presença forte, em que foi também obreiro o “RB” da sua lide. A luta na arena foi leal e de entrega. Bom toiro e um jovem valor a despontar na alta roda. Fecho da feira a elevar o nível e o primor que faltaram em várias das suas fases. Ovações de pé. As únicas de todo o certame.
O filme “Sound of Honda / Ayrton Senna 1989″ foi premiado no Festival Internacional Lions de Criatividade de Cannes, um dos eventos de maior prestígio na área da publicidade e da comunicação. A curta-metragem reproduz a volta mais rápida efectuada no Circuito de Suzuka, com Senna aos comandos do McLaren Honda MP4/5 nas sessões de qualificação para a prova de Formula 1 em 1989. A Honda analisou os dados arquivados da pilotagem de Senna, incluindo as alterações da posição do pedal do acelerador, da rotação do motor e da velocidade do veículo e conseguiu reproduzir a sonoridade do motor durante essa volta, usando o mesmo veículo, o lendário McLaren Honda MP4/5. Com esta reprodução da sonoridade do motor, a Honda desenvolveu três conteúdos diferentes: um pequeno filme que reflecte o estilo de condução de Senna, bem como um documentário com as cenas de bastidores deste filme, um conteúdo web 3D com gráficos criados por computador e uma aplicação para iPhone denominada “Sound of Honda”.
João Rocha e Vitória Rodrigues, ambos atletas do Clube de Atletismo da Terceira (CAT) venceram, esta quarta-feira, a nona edição dos "Degraus d'Angra", prova integrante do programa desportivo das Sanjoaninas 2014, em que os 25 participantes ligaram novamente o Jardim Público de Angra do Heroísmo ao obelisco da Memória.
Repetindo o triunfo de 2012, o jovem corredor do CAT, ganhou com a marca de 1m08,76, superiorizando-se a Márcio Azevedo, do Sporting de Braga e a José Santos, seu colega de equipa. No setor feminino, dominaram as gémeas Vitória e Valéria Rodrigues, ambas do CAT, com vantagem para a recordista do percurso. O pódio fechou com Marisa Simão.
Destaque para o escalão até aos 12 anos, onde João Bartolomeu - filho do consagrado Pedro Bartolomeu, que em recuperação de uma lesão também correu - foi o mais eficaz, adiante de Rodrigo Rocha e de Simão Matias.
Por banda da organização, Miguel Sousa Azevedo (porto das pipas PRESS), realçou "o excelente número de participantes, mesmo em período de festas", adiantando que "em 2015, vai correr-se a 10ª edição, para a qual se tentará preparar um programa mais abrangente. Vamos tentar, pelo menos, juntar todos os anteriores vencedores".
Na Terceira, disputam-se actualmente mais duas provas do género: os Degraus da Praia - com a mesma organização -, e os Degraus do Algar do Carvão, a cargo dos Montanheiros. Este ano deverá voltar a realizar-se a subida ao Pico do Capitão, no Porto Martins.
Classificação Final . IX Degraus d'Angra . Sanjoaninas 2014
Ainda sobre a presença - ou foi estadia? - portuguesa no mundial do Brasil, há a reter que houve países que levaram verdadeiras equipas. Outros levaram grupos de jogadores, alguns enfermos...
Tarde de sol forte no feriado do santo padroeiro das festas de Angra. 2/3 de casa para a corrida dos prémios, sempre apetecidos a cada São João que passa. Data certa e 30 anos sobre a inauguração da Monumental Praça de Toiros Ilha Terceira. Um Olé a quem a concebeu e realizou.
1º Toiro (PR) nº12 460kg
Vitor Ribeiro para receber o "Cabrero II", do Partido de Resina. O cavaleiro de Almada teve de estudar um toiro bonito, mas distraído. Compridos no sítio sem história. Curto com algum risco, a abrir uma série que não foi totalmente feliz. Ferro de palmo a fechar uma lide com palmas.
Pega - Amorim Ribeiro Lopes (Coruche)
O cabo de Coruche a não complicar. Cite curto, meia praça e união sem mácula. Eficácia plena.
Volta para cavaleiro e forcado.
2º Toiro (MG) nº39 540kg
O "Atencioso" de Murteira Grave para o local Rui Lopes, cavaleiro ainda jovem e de muita garra. Bonito e com pata, prometia nas sortes o oponente do marialva da Ribeirinha. Entrada rápida e os compridos a caírem certo. Curto sem força e um certo desligar da lide. Lopes apanhou-a mais adiante, mas já sem tempo de a rematar, e alongando mesmo demais o confronto.
Pega - José Vicente (Tertúlia)
Face a um toiro já com poucas condições, soube fechar-se em pega cuidada. Mesmo um pouco solto, cumpriu a bem a sorte.
Volta para cavaleiro e forcado.
3º Toiro (RB) nº100 535kg
O jovem colombiano Jacob Botero para lidar o "Rego Botelho" a concurso. Sem grandes recordações da corrida de abertura da feira, o sul-americano começou menos bem, falhando na colocação dos ferros longos. Prosseguiu deslocado nos curtos e nunca mostrou a valia anunciada. Teve larga ovação no único ferro colocado no sítio.
Pega - Manuel Pires (Ramo Grande)
Pega difícil de iniciar, mas com o caras da Agualva a resolver ao seu jeito. Seguro, forte e a aguentar bem o derrote.
Volta para o forcado. Chamada a médios do cavaleiro.
4º Toiro (JAF) nº343 420kg
Vitor Ribeiro para o "Talentoso", da Casa Agrícola José Albino Fernandes. Seguro de si, entrou em praça decidido ao triunfo da tarde do São João angrense. E fez por isso. Imprimiu ritmo à sua lide e entusiasmou o público na Praça Ilha Terceira. Bons curtos e um equilíbrio quase constante. Mostrou rodagem e segurança.
Pega - João Peseiro (Coruche)
Embate forte e mais uma boa pega em dia de São João.. Boa ajuda e o fecho à córnea, com vontade e convição.
Volta para cavaleiro e forcado.
5º Toiro (VC) nº133 470kg
Bonito negro mulato de Varela Crujo para Rui Lopes receber com o primeiro longo de uma bonita ferragem rosa. Momentos depois, repetiu a dose, com calma e intenção. Teve toiro, mas não o aproveitou em pleno. Com os habituais pormenores de ensino, o terceirense fez o seu papel, mas repetiu-se a ideia de deixar sempre mais possibilidades no ar...
Pega - Tomás Ortins (Tertúlia)
Sem ser uma pega vistosa, o jovem caras da Tertúlia assinou novo enlace com garra e determinação.
Volta para cavaleiro e forcado.
6º Toiro (JG) nº147 520kg
Tiro com pose de João Gaspar para Jacob Botero começar com outro a sua derradeira atuação em Angra. Mas ficou-se pelas intenções. Decididamente, Botero monta bem e é esforçado, mas carece de intuição e chega a pôr-se em risco em alguma alturas. Fechou com violinos, mas sempre longe do ideal.
Pega - Luís Valadão (Ramo Grande)
À segunda, com algum aparato, mas a conseguir fechar-se bem, numa tarde sem pegas vistosas mas em que houve atitude e brio de ambas as formações em praça.
Chamada a médios para forcado e cavaleiro.
Prémios:
Melhor Lide - a segunda (4ºtoiro) de Vitor Ribeiro
Depois de uma noite - mais uma - de São João com um ambiente fantástico em Angra, é tempo de retemperar forças e pensar já na Marcha de 2015. O espírito dos Veteranos é assim. Não cessa de ideias e de vontade de diversão. A todos os que esperaram, quase até às 4 da manhã, para nos ver desfilar, um muito obrigado de coração. Coração de Veterano...Este ano, fomos 64. Para o ano seremos ainda mais. Obrigado!
Será esta quarta-feira (dia 25), a partir das 19 horas, que se va correr a nona edição dos "Degraus d'Angra", a original prova onde os atletas são desafiados a cumprir, no menor tempo possível, e em contra-relógio, a subida da Passagem Silva Sarmento, que liga o Jardim Público de Angra do Heroísmo ao obelisco da Memória, o monumento construído em honra de D.Pedro IV e da sua passagem pela cidade durante as lutas liberais do século XIX.
A prova integra novamente o programa desportivo das festas Sanjoaninas, estando a organização a cargo da "porto das pipas PRESS". As inscrições estão a decorrer no secretariado das festas, podendo ser feitas também no local de partida (jardim de cima, junto à estufa), até 20 minutos antes da hora marcada.
Os mais de 250 degraus, entremeados por calçada típica, formam um exigente percurso, sendo o recorde pertencente ao atleta local Jorge Nunes, que em 2008 estabeleceu a excelente marca de 1m05,14. Na edição do ano passado, Vitória Rodrigues passou a ser a recordista feminina, com 1m39,06.
Segundo o mentor do evento, Miguel Sousa Azevedo, "os Degraus d'Angra ganharam o seu espaço depois da edição inaugural de 2006, sendo sempre bem acolhidos pelas diferentes equipas das Sanjoaninas. Mesmo tendo menor participação por se realizarem a meio das festas, penso que assim vão continuar. E para o ano já se cumprem dez edições", explicou.
Na Terceira, correm-se actualmente três provas do género "a de Angra, os Degraus da Praia, e também os Degraus do Algar do Carvão, a cargo dos Montanheiros", acrescenta, avançando que se deverá voltar a realizar este ano "a subida ao Pico do Capitão, no Porto Martins, uma prova também criada no mesmo âmbito", concluiu.