Embora, inexplicavelmente, não tenha havido uma classificação - e pódio - para os pilotos nacionais, Ricardo Moura e António Costa foram os melhores portugueses do WRC Fafe Rally Sprint, no passado sábado.
No belo cenário da Lameirinha, e com milhares de espetadores a ladearem a mítica classificativa, a dupla do Skoda Fabia S2000 "Açores" liderou sempre entre os homens que correm o "Nacional", sendo mesmo quinta à geral na segunda das três passagens. No fim, o sétimo posto, apenas batido pelos WRC e pelo Fiesta R5 do finlandês Jari Ketomaa, confirmou o ritmo e a enorme concentração com que Moura - que apenas viajou na sexta à noite para o Porto - se aplicou na estrada. Com o carro checo, ao que se sabe, já vendido, e embora ainda vá correr mais duas provas - Vodafone Rally de Portugal e SATA Rally Açores - com o Fabia, esperam-se novidades da equipa. E grandes atuações nestas etapas internacionais. Força, campeões!
E são dez as novas ruas pedonais no Porto! A Rua das Flores é agora pedonal, tal como o Largo dos Lóios e o Largo de São Domingos, as ruas dos Caldeireiros, de Afonso Martins Alho, do Ferraz, da Ponte Nova, de Sousa Viterbo, de Trás e a Rua Estreita de Lóios.
Depois do suspiro europeu, o Porto mostrou na Choupana que falta bem mais do que qualidade individual para voltar a ser a melhor equipa nacional. Já não o será há duas épocas...e esta vai a caminho do fim.
Mas, justiça seja feita, não teremos de andar com choraminguices de títulos mal perdidos.
Toda a gente comenta as decorações - primeiro no Subaru Impreza e agora no Fiesta R5 - utilizadas pelo italiano Lorenzo Bertelli, o excêntrico herdeiro do império "Prada", nas provas do WRC.
As concelhias angrenses do PSD e do CDS/PP juntaram, na passada quarta-feira à noite, um conjunto de personalidades - umas convidadas, outras por sua vontade - para debater um assunto que quase passou ao lado dos munícipes. Pelo menos assim me pareceu, e certamente para isso contribuiu nova habilidade da gestão camarária: Que encomendou, apresentou internamente em três tempos, decidiu e - manda a maioria -, vamos ter um novo mercado municipal na cidade património. Onde? No cerrado do "Bailhão"...concretamente "enfiado" nas traseiras da piscina e "pendurado" sobre o espaço onde ainda cabem os carros que escapam à "inquisição" dos parquímetros. Tratando-se do mercado, e prevendo que lá se venderão frutas e legumes - e isso nem foi apresentado pela câmara, mas que interessa? É ali e pronto! -, escolhi a habilidade como fruta da época, evocando a forma como se vai (des)mandando esta cidade...
Sem me alongar, recordo a trama urdida com a não-construção do cais de cruzeiros em Angra, e a forma sucessiva como governo e autarquias terceirenses vão gerindo informações e posições, mantendo a população ofegante num faz-de-conta de reclamações e brigas. População que aplaude tanta entrega e tanta defesa da sua terra. Ainda acreditam que tudo vem sendo feito e divulgado por acaso? Eu não.
Recordo também que Angra do Heroísmo tem sido palco de sucessivos projetos abortados ou atrasados, e nada parece correr em velocidade cruzeiro - lá me escapa a boca à baía, novamente... - quando se trata de decidir o que se quer e como se vai fazer. As coisas arrastam-se, prometem-se, prometem-se de novo, outra vez se arrastam, lá se constroem e depois inauguram-se com pompa e circunstância. É um mal geral, mas em Angra é mais giro. Lembro um fabuloso projeto de requalificação da baía da cidade, apresentado ainda no século passado - sim, já estamos noutro vai para 15 anos -, que incluia refazer toda a sua orla e zonas adjacentes, desde o clube náutico até aos celeiros. Imagine-se a doideira que tem sido fruir de toda essa melhoria de conjunto...
E rapidamente me debruço nesta coisa do novo mercado, também trazendo à tona que em setembro passado - sabem, aquele mês em que houve eleições autárquicas? -, o tema foi habilmente silenciado, ou falado em baixa voz, pelo hábil edil que agora nos comanda. Aliás, habilidade vai sendo coisa que não lhe falta. E o povo aplaude. Aplaude remendos nas calçadas, porque a obra de raiz ficou a meio e não mais se tratou. Aplaude o atual mercado aberto até mais tarde, mas com as bancas fechadas e os vendedores já em casa. E aplaude esta decisão de afinal levar a estrutura para o "Bailhão", onde 4 a 5 milhões de euros vão servir não se sabe bem o quê, e não se sabe bem como. Nem pondo em causa o projeto - que até tinha duas hipóteses em cima da mesa - imposto à cidade, pois estacionar o carro dentro de casa não é de todo fácil. E o que se depreende, do que a oposição - e apenas a oposição - apresentou aos angrenses como um facto consumado pela autarquia, é engavetar o mercado no sítio onde o hábil edil decidiu. Com três pisos, com camionetas, com escadas rolantes ou as valências que forem. O que se vai fazer ali - e oxalá não se fizesse - é, em linguagem informal, um "puxadinho". Ou um quarto de trás, que por acaso também pode ser virado para a frente...e para cima. Pessoalmente, e como em tantas outras coisas impostas a esta urbe de história, é mais uma habilidade. E isso, é fruta da época.
Acho imensa piada aos tarifários das redes móveis com chamadas ilimitadas. Que depois, nas letras miudinhas, apelam a um uso "responsável" de "até x minutos e até x sms mensais". Ou seja, nem a pagar para ligar podemos ser uns grandes malucos!
Há umas semanas referi-me a uma entrevista dada, ao Canal Q, por Maurício de Sousa, o "pai" da Turma da Mónica, um grupo de personagens de banda desenhada em que Mónica e Cebolinha são as principais figuras.
Só hoje percebi que a deliciosa conversa, mantida com Aurélio Gomes, no programa "Baseado Numa História Verídica", era de julho do ano passado. Assim mesmo, fui revê-la. E aqui está:
Nota: Porque há uma homenagem, hoje, às 18h30, na Biblioteca de Angra...passados 11 anos da partida do Rui Rodrigues. Em silêncio, como ele tanto gostava de estar.