Quando eu era pequenino, e estranhamente, não gostava de Carnaval. Nem sei se me assustava o movimento se a entranhada timidez levava a melhor por alturas do Rei Momo. O certo é que, como veio, essa aversão esvaiu-se e transformou-se num gosto para a vida.

Festas, bailinhos, desfiles e outros que tais sempre me fizeram esperar por estes cinco dias e noites com ansiedade e muita coisa de última hora. Ou seja, retrato-me na perfeição até no preparar das farpelas...tarde e a más horas.

Hoje, e pela segunda vez, faço anos no "warm up" da quadra, que na Terceira se vive de forma intensa. Sem delongas, nem rumos certos ao coração, apenas tentarei merecer a pré-quarentice deste Entrudo.

Para lá disso, e com o advento das redes sociais, já vai longa a lista de amigos, conhecidos e afins que me dão os parabéns. Como de costume, aliás. A todos agradeço, e bom Carnaval vos desejo. Seja pelos nossos sorrisos e recordações...

Design: Bruno Rafael

Com o início de mais um Carnaval terceirense, os "Taroleiros de Angra" desfilam hoje à noite pelo centro da cidade património, após o habitual jantar-convívio com cerca de meia centena de participantes.

É o décimo-terceiro ano em que o conhecido grupo, quase totalmente formado por antigos elementos da Tourada dos Estudantes, traz à rua a sua fantasia e o posterior desfile, numa forma original de começar o Carnaval.

Este ano o mote é extenso mas claro: "O país está d'banda mas a banda ainda anda".

http://formularali.net

5 anos de Formula Rali. 5 anos...a divulgar muito mais do que o SATA Rallye Açores.

Sempre sob a batuta do Francisco Veloso. Cá estamos!

Não há como as vésperas do Entrudo para pôr à prova os humores do povo. A confirmar essa teoria está o recente anúncio do Governo Regional, ao desistir de construir o cais de cruzeiros em Angra do Heroísmo, uma vontade latente, que ainda hoje não sei se alguém verdadeiramente teve. E junto a informação ao Carnaval porque, bem vistas as coisas, tudo parece não ter passado de uma brincadeira de rapazes...mas urdida por gente grande. Tal e qual como, nos próximos dias, em cima dos palcos das nossas sociedades.

Poderia aqui recordar a demorada "novela" que o projeto em causa foi arrastando, mas ninguém aguenta enredos com mais de 45 minutos, afinal, e em cada sociedade, há sempre um bar para dois dedos de conversa. Ao invés, e no que toca à baía de Angra, os avanços e recuos vão sendo tantos, que nem de sexta a terça de Entrudo se consegue analisar a trama. E nem se resolveria coisa alguma.

Para não correr o risco de repetir argumentos, face ao que outros analistas e cronistas vão fazendo. E sabendo bem que também me pronunciei quando o então Secretário Regional da Economia - hoje presidente do Governo Regional - veio à Terceira enunciar as vantagens inerentes ao turismo de cruzeiros, lembro apenas que a baía de Angra é a mesma onde, durante anos, houve um buraco que hoje é um hotel de 5 estrelas - se é que o será, mesmo -, com as diatribes que tal processo ainda origina. Daí que, a ideia bizantina, de a "entupir" com uma estrutura faraónica com dezenas de metros de extensão, mesmo sabendo que até o espaço para a entrada e a saída corria o risco de ser exíguo, nem é tão estranha.

Juntar a isso a quebra de 15% verificada nos turistas de cruzeiros que visitaram os Açores em 2013 - e mesmo se o termo "visitar" possa parecer excessivo -, e a já recorrente queixa, por exemplo dos comerciantes de Ponta Delgada, de que os mesmos turistas não gastam um chavo fora do barco, apenas nos empurra para a canção que encerra este tema quase-melancólico.

Também não vou abordar a posição da atual autarquia angrense em relação à promessa acarinhada, até porque nunca entendi bem o que queriam as anteriores. Mas tenho que elogiar a forma habilidosa como o novo edil se contorceu sobre o assunto. Apoiando-o como governante, não o assumindo como candidato, e empurrando-o com a barriga enquanto presidente de câmara. Chapeau!

Numa breve despedida - quiçá velada de algum humor - recordo as ardentes discussões de há uns 4 anos a esta parte, em que toda a gente se outorgou conhecedora e deu o seu palpite sobre a orientação, o desenho, o tamanho e a funcionalidade do desejado cais de cruzeiros. Nessa altura, um amigo meu, num blogue que infelizmente já "fechou", pegou numa folha e "rabiscou" uma ligação tosca entre o Porto das Pipas e os Ilhéus das Cabras, consolidando virtualmente um enorme molhe que abrangeria toda a costa de Angra até ao Porto Judeu. Teve piada, e acertou tanto - ou até mais - como todos os outros...

Sol fabuloso em PDL. Mas para trabalho, que o Carnaval não é aqui...

Os rapazes atiraram-se ao trabalho sem hesitar. Juntaram-se, abriram as Construções, souberam cativar gente nova e fizeram o seu cartaz.

Posso partilhar que foram quase 20 anos seguidos a completar este outro lado da tradicional Garraiada. Até à distância o fiz. Com o mesmo gosto e o mesmo orgulho com que agora vejo esta nova leva de cómicos e toureiros de ocasião abraçar mais esta tarefa. É assim mesmo, rapazes!

Viva (sempre) a Tourada dos Estudantes!

Juntando uma Graciosa de ontem e de hoje. Grande António Araújo.

O Paços de Ferreira está novamente sem treinador. Conheço um bem bom para lhes enviar...

Qual pausa para Kit Kat, qual quê!

(Steve McQueen, durante as filmagens do mítico "Le Mans", em 1970)

Quem disse que as "Go Pro" são de agora...?

Integrada no terceiro aniversário do Centro de Desportos Motorizados da Praia da Vitória (CDM/PV), a Olavo Esteves Competições promove, no próximo fim-de-semana (dias 22 e 23), a 1ª Mini Baja TT-Programa Motores/RCA, uma prova inédita no panorama local, e que vai juntar os jipes 4x4, as motos e os quads.

Assinalando igualmente o primeiro aniversário do programa "Motores", que quinzenalmente leva à antena do Rádio Clube de Angra as novidades dos desportos motorizados, a prova vai dividir-se em duas seções, corridas num circuito inédito com cerca de 3,5 kms.

"A nossa intenção é inovar na oferta desportiva do CDM/PV, retomando a aposta no Todo-o-Terreno, como já aconteceu logo nos primeiros meses de atividade do espaço. Esta Mini Baja é aberta a qualquer viatura TT", explicou Olavo Esteves.

"A prova assenta em duas seções, feita em contra-relógio por cada piloto ou equipa, com duas voltas ao traçado em cada uma delas, e invertendo o sentido de sábado para domingo. Esperamos que adesão seja boa e asseguramos que o traçado está em excelentes condições", adiantou.

O CDM/PV está ativo desde 2011, tendo já albergado cerca de 130 eventos, que foram desde os Ralis ao Crosscar, passando pelas motos, quads e até atletismo, para além de vários certames de entertenimento e lazer. O terceiro aniversário da estrutura idealizada pelo empresário praiense Olavo Esteves estende-se por três jornadas(de sexta a domingo), com o seguinte programa:

6ª FEIRA (DIA 21)

20:00-Abertura do recinto

20:30-Ensaio da Dança de Carnaval das Fontinhas

21:45-Apresentação da Taça Ilha Terceira de Autocross 2014, Júnior Cup de Autocross e Troféu Renault 5 Autocross

22:30-Música ao vivo com a banda-«Os Rapazes da Canada de Trás»

SÁBADO (DIA 22)

12:00 - Abertura do recinto

13:00-13:30 - Período de inscrições (Autocross e Mini Baja TT)

13:45 - Treinos livres e cronometrados Autocross

14:30 - 1ª manga Autocross

15:15 - 2ª manga Autocross

15:45 - Reconhecimentos «1ª Mini Baja TT Programa Motores RCA»

16:15 - 1ª Secção «1ª Mini Baja TT Programa Motores RCA»

19:30 - Jantar Convívio

20:30 - Entrega de Troféus Autocross

21:00 - Música ao vivo com a banda-«Os Kotas»

22.30 - Música ao vivo com a banda - «Rascunho»

22:30 - Atuação do DJ Master Vibes

DOMINGO (DIA 23)

12:00 - Abertura do recinto

13:00 - 2ª Secção «1ª Mini Baja TT Programa Motores RCA»

15:00 - Transmissão em direto do Programa Motores (Rádio Clube de Angra) desde o CDM/Praia da Vitória

15.30 - Entrega de Troféus TT Mini Baja

Foto: António Bettencourt

O ambiente vivido, antes, durante e depois das Tentas dos Estudantes - e refiro-me à (minha) condição de participante, que ainda durou uns aninhos -, só se equiparava ao dia da Tourada, no Domingo Gordo da nossa juventude.

São alturas que não se esquecem. E que penso, muitas vezes, nem são assim tão fáceis de recordar. É que muitas das lembranças saem meio-turvas...

Não sou nada adepto de frases como "ó tempo volta pra trás"... Mas, ai que saudades.