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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

31.Jan.14

Faleceu antigo navegador Valter Sousa

Valter Sousa, com Joaquim do Carmo, após o Sical'82...

(Valter Sousa e Joaquim do Carmo, junto à Estalagem da Serreta, após o 1º Rali Sical)

 

Faleceu ontem, na cidade de Fall River (Massachussets), Valter Sousa, antigo navegador de ralis terceirense e há muitos anos radicado nos Estados Unidos da América.

 

Valter Sousa foi também jogador de futebol na Terceira, representando as cores de Lusitânia, Angrense e Marítimo. Nos ralis, ficará na história por ter vencido a primeira edição do Rali Sical (1982), ao lado de Joaquim do Carmo, no Citroën Visa Super X com as cores da Twins Pub.

 

Era atualmente o proprietário da Marisqueira Açores, naquela localidade norte-americana de forte presença açoriana.

 

À família as mais sentidas condolências.

30.Jan.14

Sanjoaninas 2014: Rainha Catarina.

Catarina Claro é a rainha das Sanjoaninas 2014...

Catarina Claro, 17 anos, estudante do 12º ano na área de Ciências e Tecnologia, vai ser a rainha das Sanjoaninas 2014.

Os nomes do séquito real das festas concelhias, que decorrem de 20 a 28 de junho sob o tema "Angra, 30 anos Património Mundial", foram apresentados na terça-feira à noite. Na cerimónia, que decorreu no salão nobre da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, a jovem, natural de Angra do Heroísmo, confessou ter aceite o desafio com "sentido de privilégio e de responsabilidade. Encabeçar este séquito repleto de jovens fantásticos com orgulho na sua cidade e fiéis à sua natureza angrense é simplesmente único e, espero, humildemente, estar à altura", avançou Catarina Claro.
O grupo, que é o rosto das festas, será novamente composto por damas das comunidades açorianas emigrantes. Este ano, o Canadá é representado por Kayla Toste (19 anos), Luana Pimentel (19) vem do Brasil, enquanto Alexandra Gabriel (21) dá o nome pelos Estados Unidos.
As damas da Terceira serão Maria Margarida Pinheiro (15 anos) e Juliana Melo (17). A camareira será Nina Sales, de 18 anos, e o chefe de protocolo é Francisco Alves (18 anos). Os pequenos pajens vão ser Matilde Rosa Diniz (4 anos), Diogo Loth (3 anos), Vitória Vieira (4 anos) e Tomás Costa (5 anos).
A presidente das festas, Ana Ortins, reforçou, na ocasião, a necessidade de manter as ligações às comunidades emigrantes. Aquela responsável desvendou a existência de parcerias para promover a vinda da diáspora de Toronto, Boston e Oakland. Para além disso estarão presentes nas Sanjoaninas marchas de São Miguel, uma marcha de Toronto, uma filarmónica de Tulare e uma banda da Artesia.

Os pequenos pajens das Sanjoaninas 2014...

29.Jan.14

Descansa em paz, João Bruno

Descansa em paz, João Bruno...

Faleceu esta terça-feira, em Ponta Delgada, o nosso companheiro João Bruno Raposo. Companheiro na paixão pelos ralis, na forma de os perpetuar pelas imagens, na ajuda constante para que as nossas provas fossem sempre melhores.

 

Conhecemo-nos há dez anos e, nesta última década, rara foi a prova regional em que não trocássemos palavras e sentidas opiniões, mesmo se longe iam os tempos do site "Mais Rallye" - criação dele e de mais três amigos, e que foi ponto de encontro dos adeptos da modalidade durante muito tempo -, ou da extinta "Rotações Magazine", onde ele bem sentiu na pele o encerrar de um formato com tudo para ter singrado de outra forma.

 

Mas vê-lo feliz, era nas horas próximas ao SATA Rallye Açores, prova pela qual trabalhou horas e horas, bem longe dos palcos dourados e dos holofotes. Onde era a tal paixão pelos ralis que o movia. A mesma que nos aproximou a tantos, que hoje choram a sua precoce partida.

 

Depois de, em maio de 2005, também nos ter deixado, cedo demais, o Francisco Custódio - juntamente com o João Bruno, o Zé Luís Garcia e o Paulo Costa eram as caras do "Mais Rallye" -, é tempo de mais uma despedida. Feita a um jovem com talento. Como o comprovarão sempre as suas bem conseguidas fotos, em tantas classificativas açorianas, e as bonitas decorações de várias máquinas que correram entre nós. Penso que a última terá sido a do Escort Cosworth do Tiago Mota...

 

Um abraço, João Bruno. Obrigado pela tua amizade.

Sempre disponível e atento, o João Bruno...

28.Jan.14

Pete Seeger (1919-2014)

Pete Seeger morreu sempre jovem...

Era o decano da música folk americana e morreu ontem, mantendo sempre o espírito jovem e combativo que o caracterizava. Activista pelos direitos civis e pela ecologia, autor de Turn turn turn, If I had a hammer, Where have all the flowers gone (recordar os temas AQUI) e responsável pela popularização enquanto hino de We shall overcome, Pete Seege ultrapassou todas as convulsões do século XX e foi figura de proa na transmissão das raízes culturais e musicais da Terra Nova.

Viveu uma vida longa e preenchida, activa até ao fim. "Ainda há dez dias estava a cortar lenha", contou a sua neta, Kitama Cahill-Jackson, ao Washington Post. A sua voz foi uma arma poderosa contra a opressão, qualquer que fosse a forma que esta assumisse. He will rest in peace...

26.Jan.14

Os Toiros como (um) valor social...

Miguel Sousa Tavares foi um dos convidados do certame...

Foto: Fernando Pavão

 

(a opção, nesta 3ªedição do Fórum, foi explanar com pormenor, e diariamente, uma das suas fases. No segundo dia do certame foram abordados os valores sociais...)

 

"Os Valores Sociais da Festa dos Toiros" motivaram o segundo painel de sábado, segundo dia do certame, com Juan Carlos Gíl a moderar o que disse ser uma "terna" de luxo, no que toca aos convidados.

Alejandro Pizarroso, responsável pelo curso de jornalismo da Universidade Complutense de Madrid, abriu as hostes. Personalidade multifacetada e polémica, fez referência às nossas raízes latinas/romanas, tal como da própria tauromaquia. Orador desgarrado, traçou o perfil dos taurinos que tratam de arte, desde a origem da Europa. Mas que se juntam e se ouvem uns aos outros. Apenas isso.

Pizzaroso alertou para o exército "da propaganda", na forma de divulgar a festa como um todo, sem o cunho da política que, no caso concreto do velho continente, é incapaz de uma real caracterização do setor. Assumindo-se como comunista - "Soy rojo!" -, desprezou a corrente marxista, "que nada sabe sobre tauromaquia...porque Marx seria um aficionado dos toiros", afirmou.

Salientando que o público dos toiros é transversal, económica e socialmente, alertou para a guerra aberta que há contra a festa: "Os anti-taurinos não hesitam em ser violentos", disse.

Em ternos de conhecimento deixou uma mensagem clara sobre os 4 protagonistas do toureio - uma arte cuja linha, pelos tempos, segue metodicamente a luta travada na arena. "Porque é uma luta"... -: O toureiro, que é o artista; o toiro, que é um produto artificial, de criação e seleção humana; o público, a quem se dirige a arte; e os media, que passam a mensagem, desde os jornalistas aos mentideros...

Ficou em remate que a tauromaquia "é uma arte verdadeira, que se vê na praça", permanecendo como "a mais jovem de todas as artes".

 

Estrela mediática do certame, Miguel Sousa Tavares (MST), assumiu com bom humor que a sua presença seria "um erro de casting", face à qualidade taurina de todos os intervenientes. Recorde-se que MST, aquando da abolição das touradas na Catalunha, referiu na SIC, quando questionado se em Portugal se poderia adotar o mesmo caminho, que se tratava do "caminho da estupidez". Para MST o "que está em causa é uma questão de liberdade, e em Democracia as minorias são respeitadas", até porque "só vai a uma tourada quem quer". Realçando a eterna aprendizagem a que a Festa Brava obriga, o autor de "Equador" lembrou a violência que a elite urbana teve com o povo de Barrancos, face à manutenção desejada de uma tradição. Foi mais uma prova da superioridade moral latente da nossa sociedade, em que não se respeitam as diferenças ou as minorias. Miguel Sousa Tavares afirmou as touradas como mote para várias áreas sociais, despertando curiosidades e paixões. E isso acontece na Literatura, na Pintura, na Fotografia ou na Arquitetura. Daí a necessidade real de manter a Festa, até porque "a palavra proibir é a mais perigosa do dicionário". Assim, destacou também a importância das touradas - como da caça - para a sustentabilidade do mundo rural, do campo, do interior. O que hoje se vive no mundo taurino é um combate aberto contra o politicamente correto, e simultaneamente, contra o ridículo. Numa intervenção pausada e sem grandes eufemismos, o advogado/escritor/jornalista leu a parte inicial de "Rio das Flores", onde um aturado estudo permitiu descrever uma lide de Juan Belmonte, na "Maestranza" de Sevilha, há cem anos. "Foi uma forma singela de homenagear Llorca ou Garcia Marquez", disse. Foi uma das intervenções mais aplaudidas, mormente pela clareza das suas intenções, e bem para lá da (sua) explanação. Uma aposta ganha.

 

Hélder Milheiro, da Comissão Executiva da "Prótoiro" - a Federação Portuguesa das Associações Taurinas - apresentou uma comunicação clara sobre a perceção, a realidade e a comunicação do valor da Tauromaquia, centrando ideias no crescimento da Festa e na sua plena divulgação. Mostrou dados de uma sondagem (2012) que indica 86,1% dos portugueses como sendo contra a proibição das corridas de toiros. Isto num universo em que 32,7% se assumem aficionados, 20,6% indiferentes à questão, 32,8% querem liberdade de escolha e apenas 11% são contra os toiros. Mais de metade dos inquiridos (Eurosondagem) já viu uma tourada ao vivo e 66% costumam ver na televisão.

Tendo em conta que, em 32 municípios e 2 regiões do país, a Tauromaquia já é Património Cultural Imaterial, é visível que falta um grande estudo para aferir o impacto económico e social que a mesma tem em Portugal. Hélder Milheiro não se cansou de referir a discussão enviesada que há em torno da matéria, daí que avance com a proposta da criação de uma verdadeira marca "Tauromaquia" (definição dada como exemplo), em que as potencialidades do marketing permitam uma profunda revitalização da Festa, como aconteceu recentemente com o Fado. Atualizar essa comunicação é pois, urgente, sendo fulcral acrescentar valor, à escala nacional, ao fenómeno dos toiros. Os exemplos da austríaca Red Bull - "uma bebida azul, de sabor horrível..." e da WWE (Wrestling) foram avançados como casos bem sucedidos de um core-business à escala global. Que vai fazendo escola...

 

Por fim, Marco Gomes, professor de Matemática de Alter do Chão, numa alocução muito simples mas sintomática, apresentando as valias do Clube Taurino do agrupamento de escolas daquela região, uma iniciativa pioneira, que tem dado frutos e que vai divulgando entre os mais novos os valores e a realidade das touradas. E neste exemplo, que vai agregando seis dezenas de jovens da raia alentejana, junto à nata da Tauromaquia, estão bem visíveis os valores que a Ilha Terceira discutiu durante três dias. A utilização da Festa como preparação para a vida quotidiana, face à carência desses mesmos valores, de forma disseminada, junto da juventude portuguesa. Assim, criar novos aficionados parece ser um caminho que resulta naquele concelho do distrito de Portalegre. O respeito pelos outros, o trabalho de grupo, a solidariedade e o incentivo à leitura e à escrita estão presentes no trabalho relatado por Marco Gomes que, de uma maneira entusiasmada, relatou visitas, ações e iniciativas que vão prestigiando a sua escola, com um grupo de alunos "que mantém as boas notas e se sentem realizados nas descobertas que a Tauromaquia lhes permite". Parecendo um lado menor de um evento do grande abrangência, a intervenção de Marco Gomes deixou-nos a pensar. E se houvesse 50, ou 100, clubes taurinos do género espalhados pelo país?

25.Jan.14

Abertura com palavras da terra...

A medalha comemorativa do evento do fim-de-semana...

(a opção, nesta 3ªedição do Fórum Mundial da Cultura Taurina, foi explanar com pormenor, e diariamente, uma das suas fases. No dia da abertura, pois que dela se fale...)

 

Auditório do Ramo Grande com a plateia quase completa na abertura do Fórum, e com uma manhã (a de ontem) fabulosa na Praia da Vitória para receber um evento onde a aficion transpira.

Arlindo Teles, presidente da Tertúlia Tauromáquica Terceirense (TTT) deu o mote, ressalvando os riscos de levar adiante um evento com esta dimensão. Mas frisou a temática central do Encontro: Os valores. Os mesmos que norteiam a luta por uma tradição, que se trava a vários níveis e em vários locais.

Para lá de falar no peso económico da Festa Brava, o responsável pela TTT, centrou-se na figura do toureiro, citando os valores geracionais como um legado dessa mesma Festa. Entre eles, a solidariedade na arena, ou a lealdade de quem age de frente. De quem dá vantagens ao toiro. Porque a bravura apresentada é produto do homem. E porque o toureiro deve ser alguém reflexivo, que encarna o seu papel como uma verdadeira vocação. Na Tauromaquia há uma prevalência do Humanismo, pois a arte retrata a reação do Homem perante diferentes espécies, no caso perante uma espécie nascida e criada para este confronto: o toiro.

Numa vertente de alerta, Arlindo Teles chamou à atenção para a penetração social do movimento anti-taurino, classificando-o como uma censura politicamente correta. Aliás, o recuo dos políticos tem manchado a Tauromaquia. E há mentiras, chantagens e hipocrisia na forma como se questiona a vitalidade da atividade taurina.

O presidente da TTT acredita que há uma nova ambição. Em que andem de mãos dadas a cultura e o turismo, atividades transversais para o desejado desenvolvimento da nossa Região.

 

O historiador Jorge Forjaz realizou uma intervenção bem disposta e fundamentada, trazendo à sala recordações ancestrais, assentes quase todas em memórias familiares. Lembrou o seu sétimo-avô, Diogo Álvaro Forjaz, que, no século XVIII, levou a cabo a primeira das manifestações taurinas da nossa terra. Celebrando a saúde do Rei D. José I, salvo de uma tentativa de morte, com um espetáculo que encheu a Praça Velha de cor e novas emoções.

Em 1849, foi a Quinta das Mercês - com 3 corridas em 4 dias -, o palco da restauração das antigas Festas de São João, então interrompidas pelas lutas liberais, antecessoras das atuais Sanjoaninas. Estava aberta a paixão dos terceirenses pelas artes do redondel. Em setembro desse ano, também a freguesia da Serreta recebeu a sua primeira corrida, sendo lidados 13 toiros, então já em honra de Nossa Senhora dos Milagres.

Fez referência a um seu outro antepassado, Luís Pereira Forjaz, amador reconhecido em terras continentais, onde estudou, e que terá sido o autor da pega de cernelha.

 

"Sou indígena da Terceira e preciso dos toiros na minha cultura", terá sido a frase mais marcante do certame, proferida por Paulo Henrique Silva, o coordenador do portal "Siaram", onde se versam a conservação da natureza e do ambiente açorianos. Explicou as motivações da criação daquele diversificado espaço virtual, complementando a informação com uma visão pessoal da relação dos terceirenses com os toiros. Destacou a importância da presença do toiro na paisagem da ilha como fator ambiental e garante da biodiversidade, uma opinião sustentada pelo orador que se lhe seguiu.

 

Com efeito, foi na intervenção do professor universitário Eduardo Dias (Universidade dos Açores), assente na paisagem, no toiro e na natureza da terra dos bravos, que se confirmou cientificamente o contributo do pastoreio de baixa intensidade como gerador de biodiversidade. O pisoteio do toiro nas zonas húmidas tem relação direta com a manutenção das espécies e, ao contrário de outras ilhas, não há registo de extinção de qualquer endémica na Terceira. O papel do gado bravo na sustentabilidade do substrato local é essencial para manter a nossa paisagem exuberante.

 

Francisco Maduro-Dias, historiador e defensor das tradições, também focou a diversidade das paisagens da Terceira. E lembrou que a vizinhança próxima das populações com os toiros influenciou mesmo muito do nosso património construído, mormente no espaço rural. Esse convívio, natural ao longo dos séculos, fomentou um respeito muito próprio. "Ir ao mato, ver os toiros" é tocar os limites do nosso domínio, mas com a plena noção dos donos de cada espaço, transladando esse mesmo respeito. Aliás, o correr dos tempos deu um destaque imenso ao toiro no nosso percurso cultural, e comprova uma profunda influência rural, mesmo nos hábitos mais recentes e face às necessidades atuais. Houve apenas adaptações, como o facto do antigo espaço delimitado de tourada e convívio se ter multiplicado pelos meses do ano. Afinal, hoje podemos ter "uma tourada rápida, um quinto-toiro destruidor e uma dor de cabeça no dia seguinte"...

 

Pedro Correia, estudioso do gado bravo, fechou o painel, e relevou os valores ecológicos do que se denomina "o bravo dos Açores", uma mescla de influências ao nível das castas e da seleção, que resultou nos atuais exemplares, onde as linhas das ganadarias José Albino Fernandes, Rego Botelho e Eliseu Gomes melhor retratam essa evolução. Uma evolução tripartida - Raça/Toureio/Encaste -, na busca do que é hoje, efetivamente, o toiro açoriano. A questão de haver ou não um toiro da terra pode até diluir-se pelos tempos, mas o facto de exisitir um grupo na Universidade dos Açores, que trata exclusivamente dessa temática, recolhendo o vasto legado histórico, apenas comprova a importância do setor. Foi uma intervenção assente num estudo que já vai longo e que retumbou noutra interessante opinião, que o orador trouxe de Espanha, onde um entendido referiu que "Os Açores são o Jurassic Park do toiro bravo". Ora, isso apenas subscreve a nossa visão de uma riqueza que soube crescer pelas solicitações. pelo que agradecemos a leitura feita.

 

Numa breve resenha deste primeiro painel do Fórum, cabe a opinião de um entendimento a todos os títulos excelente, em que as mesas-redondas se ficaram por comunicações individuais. Ricas, é certo, mas em que o debate não se gerou dadas as suas extensões. Na já referida manhã fabulosa da Praia da Vitória, todos quiseram fazer sua a frase do Paulo Henrique (Silva). Afinal, temos os toiros como paixão e como modo de ser. Que assim saibamos continuar.

Foto de grupo, ao início da tarde de ontem...

Foto: Pedro Costa/5º Toiro

24.Jan.14

Somos todos...

Um toiro nas paisagens terceirenses...

"Sou indígena da Terceira e preciso dos toiros na minha cultura".

 

Frase - e grande verdade - do Paulo Henrique Silva, na primeira mesa-redonda do III Fórum Mundial da Cultura Taurina, que decorre até domingo na Ilha Terceira. Esta manhã, já se respirou Tauromaquia na terra dos bravos...

24.Jan.14

Os valores da Festa.

Os valores da Tauromaquia serão discutidos até domingo...

Numa altura em que, localmente, os valores da Autonomia voltaram à ribalta, eis-nos às portas de mais um evento com contornos únicos, onde facilmente se podem identificar traços próprios das gentes destas terras: A hospitalidade, a força de conviver e de partilhar e um claro gosto pela Tauromaquia, nos seus diversos estágios.

Também nessas características queremos ser únicos, mas francamente abertos às boas influências... Pelos valores da Festa Brava.

O 3º Fórum Mundial da Cultura Taurina junta, na Ilha Terceira, cerca de 120 aficionados estrangeiros e promete partilhar conhecimentos e experiências com a aficon local, sendo a terceira vez que a Tertúlia Tauromáquica Terceirense leva a cabo a iniciativa.

Mais de 250 pessoas devem participar nos trabalhos e atividades, que se iniciam esta manhã, na Praia da Vitória.

Para a edição deste ano, a comparticipação do Governo Regional desceu de 75 para 60 mil euros, pelo que o orçamento, de cerca de 90 mil euros, foi reduzido. Mas é esperado o mesmo nível de qualidade das edições anteriores.
Trata-se de mais um acontecimento que funciona como contributo para a promoção da Ilha Terceira no exterior e que, para além das várias conferências e mesas redondas, inclui um forte programa social.

Segundo Arlindo Teles, o presidente da entidade organizadora, o Fórum vai procurar "fazer sobressair todos os valores que a tauromaquia tem, e que normalmente não estão presentes na mera observação do espetáculo taurino".

 

Olé para mais este encontro!

 

O cartaz do evento deste ano...

 

III FORUM MUNDIAL DA CULTURA TAURINA “OS VALORES DA TAUROMAQUIA”

 

Programa

 

Sexta feira – 24 de janeiro

Auditório do Ramo Grande (Praia da Vitória)

 

9’30 h.: Sessão de abertura

10’00 h.: Mesa Redonda - Os Valores Ecológicos da Ganaderia Brava.

Participam Eduardo Dias (docente da Universidade dos Açores), Maduro-Dias (historiador), Pedro Correia (doutorando em Ciências Agrárias - Projecto “Estratégias de conservação genética e fenotípica da população de bovinos brava dos Açores”) e Paulo Silva (autor de publicações na área da Etnografia e Ambiente).

Moderador: José Parreira.

11’30 h.: Coffee break.

12’00 h.: Conferência - Os Valores Culturais da Criação do Toiro Bravo e a sua Evolução Genética. Por Fernando Gil Cabrera (doutor em Biologia pela Universidade Complutense de Madrid)

Apresentador: Mario Juarez.

14’00 h.: Almoço – Academia da Juventude da Ilha Terceira

16’00 h.: Mesa redonda - Os Valores Integradores da Tauromaquia. Os Toiros na América.

Participam Victor Diusabá (jornalista e escritor colombiano), Juan António de Labra (jornalista e escritor mexicano) e Santiago Aguilar (jornalista e perito em publicidade equatoriano).

Moderador: David Plaza.

17’30 h.: Coffee break.

18’00 h.: Mesa Redonda - O Valor do Esforço e dos Sonhos. Projecção do filme “O combate e a esperança”, sobre a luta dos toureiros franceses nos anos 70

Colóquio com o toureiro Richard Milián e o jornalista Vincent Bourg “Zocato”.

Moderador: Álvaro Acevedo.

21’30 h.: Jantar com animação – Clube de Golfe da Ilha Terceira

 

Sábado, 25 de janeiro

Auditório da Escola Secundária Prof. Tomás de Borba

 

9’30 h.: Conferência - Os Valores Económicos da Tauromaquia. Por Juan Medina (professor de Teoria Económica da Universidade da Extremadura).

Apresentador: Arlindo Teles.

11’00 h.: Coffee break

11’30 h.: Mesa redonda - Os Valores Sociais da Festa dos Toiros. Participam Alejandro Pizarroso (catedrático da Faculdade de Ciências da Informação da Universidade Complutense

de Madrid), Helder Milheiro (Licenciado em Filosofia, Marketeer e membro da Comissão Executiva da Prótoiro), Miguel Sousa Tavares (jornalista e escritor) e Luís Castro (Presidente da Casa do Pessoal da RTP).

Moderador: Alfredo Casas.

13’30 h.: Almoço – Hotel do Caracol

15’30 h.: Mesa redonda - O Valor da Solidariedade na Arena. Participam José Fernando Potier (Presidente da Associação Nacional de Grupos de Forcados), Simão Comenda (Antigo Forcado do Grupo de Forcados Amadores de Montemor), João Simões (Antigo Cabo do Grupo de Forcados Amadores do Aposento da Moita) e Adalberto Belerique (Cabo do Grupo de Forcados Amadores da Tertúlia Tauromáquica Terceirense).

Moderador: Maurício Vale.

17’00 h.: Coffee break.

17’30.: Mesa Redonda - Os Valores Educativos do Toureio na Infância e na Adolescência.

Projecção do filme “Tú solo”, sobre a Escola Taurina de Madrid, e colóquio com os toureiros José Pedro Prados “El Fundi”, José Luís Bote e Cristina Sánchez. ´

Moderadora: Patricia Navarro.

21’30 h.: Jantar com animação – Claustro do Museu de Angra do Heroísmo

Após o jantar, recital poético-flamenco sobre a figura de Juan Belmonte, no centenário da sua “alternativa”, por Juan Carlos Gil (jornalista doutorado e professor de Teoria do Jornalismo da Universidade de Sevilha), a cantora María Laura Vital e o guitarrista Guillermo Ligero (professores do Conservatório da Música de Sevilha).

 

Domingo, 26 de janeiro

Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo

 

10’30 h.: Projecção do filme documental “Ce Monsieur”, de Michel Dumas, sobre a actuação de José Tomás em Nîmes a 16 de setembro de 2012.

11’00 Mesa Redonda - Os Valores do “Valor”/(Coragem), a propósito do livro “Diálogo con Navegante”.

Participam Araceli Guillaume Alonso (doutorada en Filologia Hispânica e professora da Universidade de Sorbonne, de Paris), Francis Wolff (filósofo e catedrático de Filosofia da École Supérieur Normale da Universidade de Paris), Rogelio Pérez Cano (doutorado em Medicina e presidente da Fundação José Tomás) e Paco Aguado (jornalista e escritor).

13’00 h.: Encerramento dos trabalhos e leitura das conclusões do Forum por Francis Wolff.

14 ’00 h.: Almoço – Tentadero de Santa Bárbara

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