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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

30.Abr.13

Psy: O homem (que) não sossega...

Psy, na sua mais recente criação...

O sucesso planetário do coreano Psy, o criador do mega-hit "Gangnam Style", é um misto do tão propalado empreendedorismo e de uma global ignorância musical. Que o artista agradece, oferecendo agora ao mundo mais um éxito, no qual o próprio se revê como "Gentleman"... Mesmo se há contornos machistas e um pseudo-erotismo no video e na letra da nova música. Isto para não falar nas calças de cós descido. Enfim.

Mas não se pode negar a sagaz inteligência do músico que, aos 35 anos, adotou movimentos de dança tradicional coreana para adornar uma mistura estéril de samplers, onde nem o refrão "pega" de ouvido. Afinal o sucesso, mesmo inexplicável, já o era...antes de ser. E Psy terá sido o primeiro a perceber isso.

29.Abr.13

Contrastes...

Contrastes...

Porque há caprichos da Natureza. Porque há caprichos do coração. Porque uma pequena imagem pode criar tantas e tantas entoações...

29.Abr.13

Manhã.

De regresso à normalidade...em que até o sol já "falhou" por três vezes ao longo da manhã. Já acabou o rali?...

27.Abr.13

Avô, passaram cem anos...

Saudades...

Escrevo-te ao longe, no tempo e no espaço, lembrando que a 26 de abril de 1913 foi a cidade do Porto que te viu nascer. Que décadas mais tarde foi o pacato Porto Martins que te fez mudar o rumo. Que anos depois, e enquanto a saudade da Invicta natal te marcava a vida, foi em Angra que partilhaste essa forma volátil de ser, essa paixão pelos sentidos, e esse senso comum que nem todos entenderam. Escrevo-te ao longe, Avô. Para te dizer que passaram cem anos. Para te dizer que nem tudo vai bem neste país onde também sonhaste a liberdade, pela qual conspiraste, pela qual lutaste na surdina de uma outra era, mesmo que nem te tenham reconhecido tanto essa faceta de homem de convicções, de humanismo latente, tantas vezes escondido pelos humores de ocasião.

Escrevo-te para dar conta da tua obra por aqui, nestas ilhas de bruma que adotaste um pouco contrariado. Até porque, na hora da partida, te julgaste instalado no conforto paterno da agora devoluta e emparedada casa da Rua de Barros Lima. Sabes que só te entendi a preceito quando também me perdi de amores pelo Porto? Mais que as costelas em comum, mais que o cinzento alegre e as vozes quentes, foi pela harmonia que se descobre aos poucos que me passei a dar melhor comigo mesmo. Naquela terra mágica, que te foi berço e que me foi acolhimento e união.

Pela Terceira, a que eras avesso em tradições mas que te deslumbrou como palco, tudo para onde olho em volta da casa de família tem a tua marca. O desenho das avenidas, as ruínas dos celeiros, as agora maiores oficinas das urbanas, a praça do liceu - se visses o que lhe fizeram num assombro de natureza morta... -, mais ruínas numa fábrica que inovou, uma casa ali, uma residencial acolá, uma igreja a norte, os prédios onde diariamente páro o carro, a evocação a Garrett no jardim. Tanta coisa, tanto pormenor, e um monte de antigos alunos que recordam a tua forma insensata de amar os dias. Também eles, de algum modo, são marca dessa passagem que podia ter dado mais, mas que seguiu o coração de forma rigorosa. Afinal, e para além do traço firme e das fachadas de equilíbrio, foi essa a única forma de rigor com que gostavas de conviver.

Há uns tempos, voltei a descerrar a tua foto na nova sede da Fanfarra - feita por metade, como agora está na moda, à conta das inaugurações... -, e lembrei a primeira vez que o fizera, ao teu colo, numa emoção que nunca passou. E lembro-me de entrar, ainda miúdo, na câmara desta nossa outra cidade, e de me apontarem como "o neto do senhor arquiteto"...e como ainda hoje isso me cria um baque no peito. Num rasgo simples, recordo as tuas idas matinais para um café no liceu, onde ensinaste até à reforma. E de ir contigo, num intervalo das descobertas das letras e cores que partilhávamos dias a fio. Lembro-me do orgulho de criança, ao acompanhar o teu passo firme. E de como me davas a mão, com uma força que hoje me mareja o olhar.

No fundo, acho que te escrevo muitas vezes, pois caiu-me na língua este sentido crítico - tantas vezes baseado no impulso -, que se faz doer pelas injustiças e desonras, pelas minudências dos mais fracos de espírito que, incrivelmente - e confirmo-te à distância -, continuam a ser dominantes e a decidir os nossos passos. Ias irritar-te ao saber de algumas coisas. Mas deixa lá estar, ficaram recordações que ainda hoje nos movem. E ensinam. Num ápice. Sabes, Avô. Passaram cem anos...

 

Nota: Este texto é dedicado ao meu avô-arquiteto, Fernando Augusto de Sousa, por cem anos de memória e saudade completados a 26 de abril.

 

25.Abr.13

A par e passo do SATA Rallye Açores'13...

A Antena1/Açores a par e passo do SATA...

 

PDL: Chuva a dar a partida aos carros no Shakedown/Qualifying Stage dos Remédios.

Concentração em pleno para iniciar uma transmissão em direto de 25 horas. Primeira entrada no noticiário regional das 13h00.

 

Enviem as vossas informações e opiniões: 966533079/915518756. Bom rali!

 

                  - Emissão Online para ouvir AQUI -

23.Abr.13

Nevoeiro e palavras...

Já cheira a rali pela ilha do Arcanjo...

Encontro-me, definitivamente, em modo-rali.
 
Pela capital do Império, numa mudança aparente que mexe sempre com o sistema, e em pleno dia de alvoroço pelas viagens, nevoeiros e reclamações. Os Açores estão a viver-se na sua forma mais pura...isolados, incompletos, apaixonantes. 

Estou de passagem em ambiente de redação...outra coisa que, também definitivamente, nunca vivi...

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