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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Até sempre, João Vieira...

10.04.12, MSA

Hoje despedimo-nos do nosso amigo João Vieira...

Faleceu subitamente, no domingo de Pascoa, o antigo piloto de ralis terceirense João Vieira. Contando 57 anos de idade, era um dos pilotos da “velha guarda”, tendo alcançado os seus resultados desportivos de maior relevo durante a década de 90 do século passado.

João Vieira estreou-se nos ralis há precisamente 26 anos, alinhando no Rali Sical de 1986, ao volante de um Opel Kadett GT/E, na companhia de Victor Fernandes, mas foi com carros como o Toyota Corolla GT, o Toyota Starlet 1.3 ou Peugeot 309 GTI “Rocha & Mendes” que assinou as suas melhores prestações, entre elas a única vitória à geral, precisamente com a máquina francesa, no Rali Susiarte de 1992. Figura conhecida no meio automóvel local, pois esteve durante muitos anos ligado ao setor comercial, era um conhecido e afável sócio do Terceira Automóvel Clube.

Crítico e conhecedor da realidade dos ralis, era um bom amigo do seu amigo, pelo que não será abusivo expressar aqui as sinceras condolências à família, em nome do enorme grupo dos ralis açorianos que sentiu a sua partida inesperada. O João “Serreta” – alcunha que se celebrizou também no mundo dos motores – ainda não tinha posto ponto final à carreira desportiva, embora há alguns anos não participasse em nenhuma prova. Infelizmente, a vida pregou-lhe a partida de não o deixar iniciar uma nova classificativa. O funeral realizou-se esta manhã, em Angra do Heroísmo. Paz à tua alma, João.

A festa dos ralis! (*)

10.04.12, MSA

Texto: Miguel de Sousa Azevedo (porto.das.pipas@gmail.com)

Fotos: Ricardo Laureano / RL photo

Tiago Costa e o Nissan 160J, em 1986... 

A estrada interrompida e longas filas de carros estacionados significam, na ilha Terceira, que ou há tourada ou há rali. A imagem é bem real e não há desporto que cative mais audiência entre nós, com uma aficion dedicada e bem informada a seguir a par e passo todos os andamentos de cada prova. A poucos dias de mais um Rali Sical, a 31ª edição de um evento com tradições a nível nacional, a azáfama nas garagens e os preparativos da ordem já tomaram conta das hostes motorizadas locais. A realização, a cargo do Terceira Automóvel Clube, encerra um passado de recordações bem vivas na memória de um povo que gosta de emoções, que as vive com intensidade, e que está sempre pronto para a festa. Tenha ela um laivo de ar fresco, espaço para se comer e beber, e é só juntar os amigos para rumar aos troços, mesmo se já não há o frio das noites longas, as enormes classificativas onde tudo era esperado ou as assistências rápidas que “pulavam” de PEC em PEC para auxiliar os concorrentes. Hoje contam mais as eletrónicas e as evoluídas misturas de pneus, vêm mecânicos de fora e o vinil de corte substituiu os autocolantes feitos à mão. As exigências com a segurança duplicaram e, mesmo numa altura em que o dinheiro não abunda, apenas uma coisa se mantém inalterada: a dedicação. De pilotos, de quem os apoia, de quem põe a festa dos ralis na estrada e de quem a acompanha quase com devoção. Esse espírito é o que se espera os tempos não consigam mudar, tal qual se viu há uns dias em Fafe, num regresso esporádico do Rali de Portugal ao norte do país, apenas numa prova de exibição. O desejo é que a Terceira nunca seja o “Allgarve” da modalidade…e isso os adeptos bem percebem o que quer dizer.

A capa da revista U de ontem...

É tão somente uma festa popular das grandes e, de há uns anos para cá, democratizou-se com uma maior oferta, fruto do nascimento de uma nova competição de âmbito local. Longe vão os tempos das correrias para “fugir” à Polícia em meados dos anos de 1970, com as realizações “piratas” a juntarem esforços para se poder acelerar longe e perto dos olhares curiosos. Os ralis vieram para ficar na Terceira, e mesmo quem lhes é indiferente tem de dar o braço a torcer, tal é a aceitação de adeptos e entidades perante uma modalidade com perigos, emoções e verdadeiras paixões. Foi em 1978 que a primeira prova oficial foi para a estrada, o então Rali Primavera, realizado a “31 de março, 1 e 2 de Abril”, como se ouvia no saudoso “spot” do Rádio Clube de Angra. A vitória da dupla Joaquim do Carmo/João Carlos Paes, em Datsun 240 Z, foi a primeira de muitas para uma atividade que dava os seus primeiros passos, pelas mãos de um jovem clube e com jovens obreiros, o TAC (Terceira Automóvel Clube), hoje consagrada instituição de utilidade pública e por onde já passaram centenas de dedicados colaboradores e outros tantos pilotos, navegadores e afins. Num folclore próprio das provas de estrada, mas também dos circuitos, das perícias, do todo-o-terreno das motos e dos clássicos. Na Terceira é assim mesmo, tudo tem de ser compreendido para se viver com vontade, para se criar o gosto, para se admirar os melhores e saudar os esforçados, mesmo se os “fait-divers” e as discussões abundam e, por vezes, quase se sobrepõem às causas iniciais. Mas voltemos à estrada, às acelerações fortes e às travagens bruscas de um desporto que se tornou rei e senhor dos fins-de semana em que se realiza, deixando para trás qualquer outra ação em termos de povo e reboliço. Daqui por uns dias, e já depois dos ralis terem arrancado para a sua temporada terceirense com uma prova da taça do grupo central, é mais um “Sical” a contar, a prova mais mediática, a prova a que se brincava na escola, uma marca que se confunde com um rali e um rali que já é mais que essa mesma marca. Nove classificativas em pisos de asfalto, com a saída a fazer-se do Litoral de Angra - tão só a melhor super-especial citadina do país… -, que todos os anos alberga milhares de espetadores junto ao Castelo de São Sebastião, com a adulterada baía das Descobertas ali ao lado, lembrando que estas paragens sempre foram palco de episódios movimentados. Todos aguardam o primeiro carro na estrada e, com mais ou menos concorrentes, os contrastes são os de sempre. Há os talentosos, os endinheirados, os que dão espetáculo, os que cortam todas as curvas a pensar no tempo final, e os grandes campeões. Todos recebem aplausos, pois todos contribuem para o colorido especial do rali na estrada. Mau grado as novas regras que lhes tiraram alguma “personalidade”, os ralis terceirenses regem-se hoje pelos princípios internacionais, e não há quem não elogie a vontade com que se continuam a realizar, sendo a isso sempre incentivados os seus organizadores. Mas o certo é que é o público conhecedor quem, de facto, serve de motivo para que a festa prossiga. Os ralis dão visibilidade, dão dinheiro, dão animação às localidades e até dão votos, daí que estejam mais que justificadas as sinergias que permitem essa emoção contínua na terra dos bravos e noutras que tais. Sem bairrismos balofos nem intenções escondidas, é no povo destas almas de Brianda e Violante que se mede a bitola do adepto açoriano dos ralis. A apreciação veio da boca de um campeão, e é tão mais certa quanto os títulos que o mesmo conquistou. Daí que toda esta prosa, mais do que versar a parte desportiva ou as batalhas ao segundo que se adivinham para o próximo fim-de-semana, sirva também para homenagear essa mole humana que sustenta todo um mundo que hoje se partilha no imediato, se critica no minuto seguinte e se enaltece na expressão sequente. Esse mundo de estrelas como Leob, Sainz ou os malogrados McRae e Toivonen, estica-se até às nossas exigentes classificativas por ícones do passado como “Larama” ou Horácio Franco, os mais próximos “Licas” Pimentel e Gustavo Louro e as estrelas de hoje Ricardo Moura ou Fernando Meneses. Com uma claque abrangente e bem marcada, há uma coisa que distingue este desporto dos demais, mas que só se consegue explicar a quem aprecia um gancho bem manobrado ou uma contra-brecagem tirada ao centímetro. Afinal, coisas ao alcance de poucos, mas que todos podemos apreciar…

 

O MAIS ANTIGO DO PAÍS

O público na super-especial do Litoral...

Realizado desde 1982, o Rali Sical vai para a sua 31ª edição, sendo a mais antiga prova desportiva em Portugal com a mesma denominação comercial. Uma aposta constante da Nestlé Portugal, correspondendo ao esforço constante do representante local Açoral, que ano após ano faz deslocar à ilha lilás o “estado maior” daquela multinacional, para aferir “in loco” a popularidade de que goza a modalidade entre nós. Os palcos da festa já foram vários, os troços de terra já lá vão, e 2012 vai marcar o regresso à Praça Velha, embora numa nova configuração, antevendo-se que, por estes dias, Angra do Heroísmo será uma sala de visitas para mais um café “motorizado”, o único com tradições longas que se bebe no nosso país…

 

MOURA…QUEM MAIS?

Ricardo Moura...intocável.

Campeão açoriano há quatro épocas consecutivas, faixas que juntou a títulos nacionais em 2010 (Produção) e 2011 (Absoluto), Ricardo Moura é novamente favorito a vencer na Terceira. Sem adversários à altura, o ponta-de-lança do Team Além Mar já lidera o campeonato, depois da boa exibição no SATA Rali Açores, a prova do IRC, que este ano abriu a temporada regional. A seguir a Moura adivinha-se uma luta renhida pelo pódio, com os seus colegas de equipa Ricardo Carmo e Luís Miguel Rego a terem de contar com Fernando Meneses,numa “guerra” que antecede a batalha da F3 e das duas rodas motrizes, animação extra com que sempre se pode contar. Longe dos 52 inscritos de 2011 – e ainda mais das sete dezenas de há uns anos… -, o Rali Sical também sofre as agruras da crise, que nem isso retira o brilho que a prova sempre tem, com “lotes” de emoção e várias “estrelas” a prometer belas imagens. A ação está aí à porta!

 

(*) – Peça central da revista “U” (revista semanal do jornal “aUNIÃO”) desta segunda-feira

Um século. Saudade

09.04.12, MSA

Porto Martins...

Teria feito hoje cem anos de idade a minha avó Mariinha. Ou seja, foi há um século que, na pacatez de um distante Porto Martins, nasceu a filha mais nova do Francisco "Canhoto", habilidoso pedreiro e tocador com talento na viola da terra, para ele encordada ao contrário e sempre solicitada nas cantorias de verão. A avó Mariinha vinha de uma terra simples, de uma gente simples e, pese embora a sua inteligência e argúcia, penso que nunca foi feliz a sério na cidade e na sociedade angrense onde teve de se inserir, depois de uma breve passagem pelo Porto. Morreu em 2003 e eu estava longe, exatamente na cidade onde ela não gostou de viver, e onde descobri tantas das minhas raízes. Que estranha esta vida de passagens, idas e vindas desavindas por amor. Possivelmente pela vivência conjunta desde sempre, aprendi também a sentir aquele recanto da Terceira como uma parte própria, daí o desgosto pelo lento terminar de quase todas as suas particularidades mimosas. A terra que ali existia já quase desapareceu, assim como devagar se vão esfumando também as memórias e as histórias, transformadas numa nostalgia que, depois percebi, preencheu também a vida da minha avó. Sinto falta da sua pele fina, dos olhos verdes e laranja - que herdei - que a idade escureceu, do dedilhar na guitarra que nunca assumiu, da comida deliciosa e dos conselhos cuidados, que nem sempre levei a sério. Era uma avó na verdadeira acepção da palavra e do papel, com carinho, talentos, preocupação e coisas boas, doces, ternas. Tenho saudades e penso que nem ela adivinharia o que os anos fizeram, afinal, sempre se refugiou na crença de que, ainda assim, o que tinhamos era adquirido e bom. E nunca lhe dei razão... 

Veredas/Azevedo “confiantes” para a nova época

09.04.12, MSA

Com as novas cores do Citroen Saxo Cup...

Marco Veredas/Miguel Azevedo apresentaram no passado fim-de-semana as novas cores do Citröen Saxo Cup com que a equipa continuará a correr em 2012. Foi no ambiente noturno do bar “A Estiva” que uma boa moldura humana assistiu a uma
demonstração de “body combat”, pelo ginásio “Dream Fit” e a um animado concerto dos “RAM-Rock After Midnight”, partilhando as ambições da dupla, num evento apresentado pela jornalista Tatiana Ourique.

 

Os titulares da taça de ralis Além Mar do grupo central (TRAMGC) já começaram a preparar a presença do 31º Rali Sical, prova onde ambicionam “um bom lugar ao nível da Formula 3, mesmo sabendo que a concorrência, embora escassa, é de muita qualidade. Mas estamos confiantes”, explicou o piloto.

 

“A ideia este ano é tentar ainda defender o título da F3 na TRAMGC, mesmo se já falhamos uma prova, assim como andar o melhor possível nas provas terceirenses do campeonato açoriano e fazer parte da estreia da ilha do Pico nessa competição”, acrescentou Marco Veredas.

 

Para tal, a viatura a utilizar “será novamente o Saxo Cup, para aproveitar ao máximo o último ano de homologação, sendo que o mesmo foi revisto pela nossa equipa, num trabalho dividido com o Márcio Lima e o José Caetano, que nos irão assistir”, disse ainda o piloto terceirense.

 

Marco Veredas e Miguel Azevedo agradeceram ao leque de patrocinadores e ajudas para a nova temporada: “RC Automóveis”, “Socinval, SA-Quinta das Hortênsias”, “Açorclean-Manutenção e Higiene”, “Ourinvest-Hermano Couto”, “Hotel da Graciosa-Termas do Carapacho”, “Dream Fit-Terceira”, “Restaurante Pôr do Sol”, “A Estiva – Bar”, “Oficina Luís H. F. Mendes”, “Amuleto-Produções Audiovisuais”, “Via Oceânica”, “3 R Sil-Películas”, “Barria Cheia”, “Mike Davis” e “o excelente trabalho da Copitu II-Publicidade, novamente responsável por uma bonita decoração, da autoria do Paulo Lourenço”, concluiu a equipa.

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Veredas/Azevedo apresentam novas cores n’”A Estiva”

04.04.12, MSA

As novas cores do Citroen Saxo Cup do Team MV Sport

Decoração: Paulo Lourenço/Copitu II

 

A dupla Marco Veredas/Miguel Azevedo dá a conhecer esta sexta-feira à noite as cores do Citroen Saxo Cup do Team MV Sport para a temporada 2012, numa apresentação que terá lugar no bar “A Estiva”, em Angra do Heroísmo.

 

Os titulares da taça de ralis Além Mar do grupo central esperam juntar “os adeptos da modalidade, patrocinadores e amigos, numa noite de boa disposição quando falta apenas uma semana para mais um Rali Sical. Embora mais tarde que o desejado, temos o nosso programa para 2012 em marcha e vamos apresenta-lo”, afirmou Marco Veredas.

 

O evento desta sexta-feira, contará com uma exibição de Body-Combat, a cargo do ginásio “Dream Fit – Terceira”, estando a animação garantida com o som forte dos RAM-Rock After Midnight. A apresentadora da noite será a jornalista Tatiana Ourique.

 

SPOT (Rádio Club de Angra) by João Saavedra:

“Festa do Avesso” anima os Biscoitos

04.04.12, MSA

Festa do Avesso, nos Biscoitos...

É já no sábado (dia 7), pelas 21 horas, que a freguesia dos Biscoitos recebe mais um original evento organizado pela Comissão de Festas do Porto dos Biscoitos.

Trata-se da “Festa do Avesso”, uma “ideia diferente, pois gostaríamos que todas as pessoas viessem vestidas do avesso e de forma o mais original possível”, disse Carla Rosado, da comissão de festas que leva a cabo o conhecido “domingo do porto”, em setembro.

Com o intuito “de angariar fundos para as festas do porto, esta iniciativa pretende juntar muita gente, no espaço do bar do parque de campismo, onde esperamos por todos…do avesso”, adiantou.

“Esperamos uma boa aderência e vamos ter prémios para quem estiver mais original. A música estará a cargo do DJ Kalinka e a entrada será livre”, concluiu Carla Rosado.

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