![A família Cota apresenta o seu novo produto...]()
Fotos: Ricardo Laureano
Manhã fria na Terceira, e o sol envergonhado a contrastar com um breve chuvisco no início do caminho para a parte oeste da ilha. Paragem nas Cinco Ribeiras onde, na Queijaria Vaquinha, a prova de uma das três bem conhecidas variedades de queijo, acompanhadas por um bom aperitivo, poderiam servir de entrada ao almoço, mas ontem havia novidades: os iogurtes…
Originalmente embalados nuns “baldinhos” que lembram a pelagem das nossas vacas, e contendo, cada um, 150 gramas de dez sabores distintos, os iogurtes Vaquinha são a novidade do tecido empresarial terceirense, e mais um novo fôlego da produção agrícola local. Criados numa empresa que é essencialmente familiar, e que já celebrizara os seus queijos de forma dinâmica e proveitosa, não foi de estranhar o tom da apresentação de ontem, com João Henrique Cota, o patriarca da equipa, a orgulhar-se de “criarmos mais um produto da nossa terra, do qual esperamos a melhor visibilidade e, acima de tudo, o reconhecimento da sua qualidade, pois fazemos tudo com o máximo rigor, com princípios de higiene e sanidade que resultam num excelente tratamento do nosso leite, e a consequência vão sendo produtos que se afirmam no mercado por isso mesmo”, salientou.
A qualidade do leite, oriundo na nova fileira Jersey – vinda da Dinamarca - da exploração familiar, foi realçada por Sérgio Cota, filho do empresário, que destacou “o imenso trabalho para ter níveis sanitários de muita exigência. Pois só isso permite obter leite de qualidade elevada, proveniente de vacas com uma alimentação de pastagem, onde tudo é gerido para que o produto final que chega ao cliente supere as expectativas. A nossa parte do trabalho é feita com muita vontade, e acho que isso tem sido patente no que produzimos”, adiantou.
Zita Cota, filha de um casal orgulhoso pelo andamento que levam os investimentos familiares, foi quem tratou de obter as melhores parcerias em design e visibilidade “através de uma imagem apelativa, que já registamos como nossa, e que penso vai ser uma boa ajuda na saída dos iogurtes, isto depois de já termos os nossos queijos bem implantados no mercado”, disse a jovem terceirense, que elogiou “o efeito final das novas embalagens”, sem dúvida uma valia para um novo iogurte que rapidamente chegou também às redes sociais da internet.
Joaquim Pires, o director regional do desenvolvimento agrário, elogiou “a forma empreendedora como a família Cota tem gerido a sua quota de mercado, com produtos que já ultrapassaram fronteiras, mas que são dos Açores, da Terceira e das Cinco Ribeiras, e isso é bem vincado quando os apresentam sendo, neste caso, mais um orgulho para a região receber um produto de qualidade, criado com imaginação e que prova a forma possível de se ter novas valências num sector que está em constantes mudanças, mas onde há sempre oportunidades”, disse o governante.
O novo formato dos iogurtes Vaquinha, com uma gramagem superior aos habitualmente disponíveis no mercado - tem 150g… -, foi justificado com humor por João Henrique Cota, dizendo que “não queremos que aconteça a pessoa acabar o iogurte quando está a começar a gostar do seu sabor”, daí a crescença de quantidade, numa tirada que motivou o riso da pequena plateia, onde as autoridades locais, a lavoura, a comunicação social e o sector do turismo também marcaram presença.
Numa primeira fase, “lançamos no mercado dez sabores, quatro com pedaços de fruta, quatro com aromas, o natural e o natural açucarado”, disse João Cota, acrescentando que “os iogurtes Vaquinha já estão disponíveis na própria queijaria, mas muito brevemente poderão estar nas grandes superfícies comerciais, no mercado tradicional da Terceira, e até em outras ilhas pois há contactos nesse sentido”, avançou. O responsável pela empresa explicou também que “vamos arrancar com uma produção mínima de 500 iogurtes por dia, mas que pode ir até uma capacidade máxima de 2000 a 2500 unidades, tal se justifique um dia”, afinal, esse “é o mesmo principio que utilizamos com o queijo, mas sempre de forma a manter uma metodologia artesanal de fabrico, pois não vamos ganhar mercado pelo preço, mas sim apostando na qualidade, que já é reconhecida ao nosso queijo”, concluiu.
![Ups! E lá vai mais uma colherada para a viagem...]()