Ricardo Moura tem sido um inegável caso de sucesso ao nível dos ralis açorianos e nacionais, independentemente do título que felizmente conseguiu no sábado, ou do tri-campeonato que vai conquistar daqui por uns dias dentro de portas. Ciente das condições ímpares de que dispõe – mesmo ao nível da realidade portuguesa –, o piloto de Ponta Delgada não se tem deixado deslumbrar, antes gerindo a sua carreira com ordem e contenção – se necessário, claro está… -, e sempre capitalizando recursos e vantagens tendo em vista o futuro. A isso junta um talento nato, mas que se foi polindo e suplantando por um imenso trabalho físico e psicológico, que o permite encarar cada troço de cada rali disputado com a serenidade necessária para atacar a qualquer instante. As passagens generosas para a audiência em muitos troços do país fizeram já dele um piloto apreciado pelos muitos adeptos de um desporto – os ralis – que não são entendidos da melhor forma em Portugal, onde a disparidade de apoios e apostas os vão relegando para modalidade secundária. Entre nós, e por via também de um campeão chamado Ricardo Moura, esse desporto vai crescendo e crescendo, talvez ao ritmo da sua fulgurante carreira. Parabéns (também) por isso, amigo!
Mesmo quando ele já vai avançado, têm um sabor especial. Uma mistura sorridente entre o sal das águas e o doce de um aperitivo que antecede o jantar. Tal como noutras alturas do ano, ou épocas de tradições, são também as papilas gustativas a transpostar muita da beleza estival. Neste recanto da Terceira que é o Porto Martins, uma zona agradável de micro-clima, onde apenas a poluição visual de construções horrendas e o excesso de asfalto de muro a muro chocam, há uma vontade diferente para aguardar o pôr-do-sol e respirar a noite. Tão somente a magia inesperada das tardes de Verão.