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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

4ª Corrida Feira de São João’10 (Imagens)

30.06.10, MSA

No concurso de ganadarias, pegas e lide a cavalo do passado sábado, e por mor do passeio de Clássicos das festas, cheguei um pouco mais tarde à praça, daí que tenha ficado em pé na trincheira, tal qual o fotógrafo que não sou. Como escrever em cima do joelho não é tarefa que aprecie, não houve notas e fiquei-me pelas imagens de uma corrida que até foi animada, e de onde se destacaram a pega vencedora de Manuel Pires (Amadores Ramo Grande), rijo que esteve mesmo por baixo do toiro; a lide de Luís Rouxinol ao melhor toiro da tarde (o belo 495 da ganadaria Rego Botelho); e a incompreensível presença de um novilho de 370 kgs (que aliás permitiu uma boa pega ao estreante Luís Cunha) num certame deste género. Ficam as imagens possíveis de uma boa tarde de toiros.




Aspectos da 4ª Corrida Feira de São João 2010 - 26 Junho


 As seis pegas:

2ª Corrida Feira de São João’10 – 24 Junho (Notas)

29.06.10, MSA

Menos público que no Domingo para a alternativa de Rui Lopes, por certo ainda com a noite de São João a surtir alguns “efeitos” entre as gentes de Angra…

 

1º Toiro JAF nº238 (445kg)

 

Lide sem compromisso na sua tarde de festa para o cavaleiro da Ribeirinha.

Rui Lopes, na tarde da sua alternativa...

O jovem terceirense merece palavras de apreço pela sua entrega e pelo apoio familiar, factores que o vêm encaminhando para uma carreira bem traçada. Esteve sóbrio na ferragem e até interagiu com o público. Força, Rui Lopes.

 

Pega – Bruno Anjos (Amadores Ramo Grande)

 

À terceira tentativa, depois de dois enlaces mal conseguidos, mas a conseguir cumprir.

 

2º Toiro JAF nº253 (440kg)

 

Rui Fernandes a receber o toiro com um comprido à ilharga e a sua habitual entrega, face a um oponente algo distraído. Muito deslocado o segundo de castigo para, já no cavalo seguinte, dois toques na montada virem a despropósito.

Rui Fernandes não esteve muito feliz nesta tarde de São João...

Lide algo atabalhoada, com toiro a dificultar a tarefa em quase tudo, até no ritmar da contenda.

 

Pega – André Parreira (Amadores Ramo Grande)

Boa reunião, embora com alguma falta do grupo, mas com o forcado a ser valente e a consumar à primeira.

 

3º Toiro JAF nº276 (480kg)

 

Rubén Pinar de novo em Angra, para receber-se a um “Quinito” com calma e concentração no capote. Bandarilheiros a cumprir e o quite inicial rasgando de vermelho a mostrar boas ligações e grande respeito.

A entrega do toureio em Rubén Pinar...

Menos plástico que Perera – triunfador no domingo -, Pinar é um toureiro forte e vincado nos movimentos. Esteve luzeiro e eficaz, mostrando que o cartel deixado em 2009 não se resumiu ao acaso. Olé.

 

4º Toiro JAF nº255 (440kg)

 

Rui Fernandes para receber um “Quiete” de fraca apresentação. Primeiro ferro deslocado, e só nos curtos o marialva da Charneca da Caparica conseguiu remediar a lide. Aliás quase lhe mudou o rumo, com a cravagem a suceder-se de modo coerente, mas sem fazer Rui Fernandes chegar perto do brilho de outras actuações entre nós. Ou que é o seu cartão de visita como grande cavaleiro de toureio.

 

Pega – Miguel Pires (Amadores Ramo Grande)

Sem estar muito afoito, foi eficaz o caras da Agualva.

 

5º Toiro JAF nº258 (480kg)

 

O quinto cavaleiro de alternativa açoriano não começou em sorriso a sua lide da confirmação. Balanceou-se a preceito para os ferros curtos, onde esteve seguro, mesmo com alguns percalços de permeio. Fechou com o valoroso “Açúcar” para triunfar em Angra.

 

Pega – César Pires (Amadores Ramo Grande)

Numa rara pega à segunda tentativa, levou com toiro muito de alto, magoando-se mesmo a sua primeira ajuda. Bons braços em intento que exigiu pouco do conjunto.

 

6º Toiro JAF nº53 485 kg

 

Rubén Pinar em diálogo aberto com o “Príncipe”, rematando rápido com o capote. Bandarilhas sem grande fulgor, mas cumprindo, e o toureiro de Albacete a lançar-se à muleta.

De novo a assinar boas faenas em Angra, Rubén Pinar...

O toiro a humilhar em demasia, até a um aparatoso pino, e duas séries redondas e em bom estilo. Pinar não evitou uma breve colhida, mas regressou à sua terceira sorte com afinco e algum risco, acabando muito bem, apesar do pouco toiro.

"Desporto nas Sanjoaninas não tem sido posto de lado" (Entrevista D.I.)

28.06.10, MSA

Em acção a apresentar o Angra Down Garden deste ano...

- Miguel Azevedo, vice-presidente da “Mar Bravo - Associação Juvenil”.

 

A “Mar Bravo - Associação Juvenil” voltou a marcar presença nas Sanjoaninas, com a quinta edição dos "Degraus d'Angra". Seria possível, mesmo tratando-se de uma altura de quase férias desportivas, envolver mais a sociedade desportiva terceirense nas festas, quer no que toca a entidades como a “Mar Bravo”, quer no que se refere a associações de modalidades federadas?
Naturalmente e com os “Degraus” já é assim, pois trata-se de uma prova que criei a pensar, desde logo, em juntá-la às festas. Embora pense que ainda está para se realizar a “tal” edição que vai ser muito falada e comentada, também acredito que as pessoas não têm a noção do que é subir aquele percurso em pouco mais de um minuto, senão valorizariam o certame de outra forma. Mas o desporto é essencial nas nossas festas e não tem sido, de todo, posto de lado.

 

Qual a sua perspetiva sobre o programa desportivo das Sanjoaninas e a importância da atividade física? O “cidadão comum” está identificado com esta vertente das festividades?
As pessoas aderem mais às atividades originais, pois, infelizmente, as modalidades ditas amadoras e mesmo o futebol de âmbito local carecem de público nos dias de hoje. Defendo outras políticas desportivas, sendo que esse não é o mote desta conversa, em que o envolvimento dos emblemas com os corações das gentes possa renascer. Penso que daí resultará uma empatia popular com a qual, nas organizações desportivas, também as nossas festas podem ganhar. Sou de opinião que as festas populares devem ter sempre um apontamento desportivo, qualquer que seja a sua dimensão.

 

Nos últimos anos, os responsáveis pela vertente desportiva das festas têm tentado incutir alguma criatividade aos eventos, nomeadamente com iniciativas como as corridas de burros ou o “strongest man”. Na sua opinião, é preferível realizar este tipo de atividades em vez de apostar em grandes acontecimentos?
O desporto nas “Sanjoaninas” já teve diversas visões e interpretações. Concordo que se restrinja a atividades com participação certa, sem sobrecarregar quem organiza e de forma a envolver as associações e os clubes. Mas eventos de maior notoriedade têm todo o cabimento, sendo que, por exemplo, o “Angra Down Garden”, que este ano tive novamente o prazer de apresentar, pode ser um deles, passando a referência do Downhill nacional de uma forma simples, que é o regresso ao percurso pelo jardim. Quando soube que a prova só não passou lá nas duas últimas edições por causa de falta de entendimento com os taxistas da Ladeira de São Francisco, confesso que fiquei boquiaberto, pois acho que há soluções possíveis e que, se todos colaborarem, até se podem organizar eventos de muita qualidade.

 

Que fundamentos norteiam a existência da “Mar Bravo - Associação Juvenil” e para que tipo de atividades está vocacionada?
Pretendemos complementar o que já vai sendo feito por outras associações, que têm outra dimensão e outros meios, ao nível de ações sociais, culturais ou desportivas, sendo que neste último item a atividade tem sido regular e mais intensa. O objetivo principal é envolver os jovens e quem a eles se segue na escala etária. Esse conjunto em harmonia significa, a nosso ver, uma sociedade mais feliz, afinal o mar bravo também pode trazer boas novas.

 

(Entrevista na edição desta 2ªfeira do jornal "Diário Insular" / Foto: Rodrigo Bento)

Eduardo Sousa venceu “Degraus d’Angra”

28.06.10, MSA

Eduardo Sousa, atleta do Núcleo Sportinguista da Ilha Terceira, foi o vencedor da quinta edição dos “Degraus d’Angra”, corrida realizada na passada sexta-feira, com organização da “Mar Bravo – Associação Juvenil”, e que novamente integrou o programa desportivo das festas Sanjoaninas, certame que decorreu até este domingo na cidade património.

O pódio final da 5ªedição dos Degraus em Angra...

Perante um terreno escorregadio, e sob uma chuva miudinha, Eduardo Sousa conseguiu estabelecer a melhor marca em 1m18s, superando os muitos degraus e obstáculos da prova bem adiante do jovem José Santos (1m26s), que representou o Clube de Atletismo da Terceira. O veterano João Valadão (1m32s), da Casa do Povo da Agualva, fechou o pódio. Depois dele ficaram Fernando Bartolomeu (Associações Fontinhas Activa), com 1m43s e Dário Martins (NSIT) a apenas um segundo.

Na sexta posição surgiu a primeira atleta, Isabel Silva, corredora do CAT e que, com apenas treze anos de idade, conseguiu estabelecer o novo recorde feminino do percurso, com os 2m04s a baterem a marca de Sara Valadão (2m24s), obtida na edição de 2009. A sua mãe, Rosário Silva fechou a tabela de 13 concorrentes com o tempo de 3m56s.

Jorge Azevedo (60 anos) foi o mais velho dos participantes em presença (12º, com 3m18s), sendo ainda o único totalista do certame. Ao invés, o pequeno Simão Matias (CAT) conseguiu, com apenas sete anitos, ser o 11º, com 3m03s, e a presença mais jovem do evento deste ano.

Também sob a tutela da “Mar Bravo” estão já confirmados os “Degraus da Praia”, prova que terá a sua quinta edição a fazer parte das Festas da Praia’2010 em Agosto, segundo a aceitação da comissão organizadora da festividades, que novamente acolheu o evento.

 

Classificação Final

 

  1º       Eduardo Sousa (NSIT)                      1m18

  2º       José Santos (CAT)                             1m26

  3º       João Valadão (CPAG)                       1m32

  4º       Fernando Bartolomeu (AFA)            1m43

  5º       Dário Martins (NSIT)                        1m44

  6º       Isabel Silva (CAT)                             2m04

  7º       Samuel Matias (CAT)                        2m13  

  8º       Vasco Bartolomeu (AFA)                 2m26

  9º       Paulo Matias (Ind)                             2m28

10º       André Gonçalves (Ind)                      3m00

11º       Simão Matias (CAT)                          3m03

12º       Jorge Azevedo (Ind)                          3m18

13º       Rosário Silva (Ind)                            3m56 

Os treze atletas presentes este ano... 

"Degraus d'Angra'2010" esta tarde.

25.06.10, MSA

A imagem mista da prova deste ano e das Sanjoaninas...

Será esta tarde, a partir das 18 horas, que se vai correr a quinta edição dos "Degraus d'Angra", a prova onde os atletas são desafiados a cumprir a subida da Passagem Silva Sarmento, que liga o Jardim Duque da Terceira ao obelisco da Memória, construído em honra de D. Pedro IV e da sua passagem pela cidade durante as lutas liberais do século XIX.
A prova é organizada pela “Mar Bravo - Associação Juvenil”, estando novamente integrada no programa desportivo das "Sanjoaninas". As inscrições podem ser feitas no local de partida (jardim de cima, junto à estufa). Os mais de 250 degraus, entremeados por calçada típica, formam um exigente percurso, sendo o seu recorde pertencente ao atleta local Jorge Nunes que, em 2008, estabeleceu a marca de um minuto e cinco segundos.
Segundo o vice-presidente da “Mar Bravo”, Miguel Azevedo, “os “Degraus d'Angra” ganharam o seu espaço depois da edição inaugural de 2006, sendo sempre bem acolhidos pelas diferentes equipas que organizam as festas Sanjoaninas”.
Na Terceira, há actualmente três provas do género “esta e os Degraus da Praia ao cuidado da Mar Bravo, e também os Degraus do Algar do Carvão, a cargo dos Montanheiros”, acrescenta, lembrando ainda “a nova prova da subida ao Pico do Capitão, no Porto Martins, que também se deverá realizar este ano”.

1ª Corrida Feira de São João’10 – 20 Junho (Notas)

23.06.10, MSA

Final de tarde agradável em Angra. Mais de ¾ de praça para das as boas vindas à Feira de São João. Imagem a guardar: o brilho da pelagem dourada da montada de Luís Rouxinol na volta de cumprimentos…

 

1º Toiro RB nº473 (470kg)

 

Bem constituído o “Tunante”, que saiu calmo para a ferragem de castigo, onde Luís Rouxinol utilizou o internacional “Dólar”. Nos curtos, o cavaleiro de Pegões criou toiro, parando-o para falhar a primeira farpa. Ganho alento e galgou a alegria na retoma da lide. Que fechou bem com um violino e um palmo.

Luís Rouxinol, numa bela entrada em praça...

Pega – Marco Sousa (Tertúlia Tauromáquica Terceirense)

Reunião limpa dedicada ao público, por um forcado que prima pela sua técnica apurada.

 

2º Toiro RB nº19 (460kg)

 

Bem hastado o negro “Trovão”, de passo marcado, e que Miguel Angel Perera recebeu de pés vincados, para depois o centrar na praça, num toureio redondo. Papel limpo no tércio de bandarilhas e, na capa, a lide a abrir de feição, com o diestro de Badajoz a colar o RB à função da melhor forma. Tirando dele o que nem parecia acessível, com temples firmes a arrancarem aplausos aos terceirenses, que neste modelo de corrida mista aderem com vigor à festa apeada.

Temple certo e firme de Miguel Angel Perera... 

3º Toiro RB nº14 (450kg)

 

Luís Rouxinol com um bom comprido a abrir, face a um oponente que se adiantava um pouco ao cavalo. Verde e vermelho ostentou desde logo o “Tombado” chegado da Caldeira, na espera para a ferragem curta, que falhou de início, tirando ânimo ao embate. Com o novo modelo de ferros a ser aparente cúmplice das falhas, Rouxinol cravava e a bandarilha quebrava, o que se foi repetindo. Saiu sem se ver a real valia de ambas as partes em contenda.

E mais um ferro, numa tarde que não terá sido das melhores para Rouxinol... 

Pega – Álvaro Dentinho (Tertúlia Tauromáquica Terceirense)

Confiante o chefe de protocolo de Angra, jóia do Mundo, que fez jus à sua gana, qualidade que cada vez o marca mais como forcado. Pega limpa, à primeira.

 

4º Toiro RB nº20 (440kg)

 

A investir um pouco alto, o toiro deu um início de luta fraterno, mostrando-se mais airoso depois da primeira ronda de “capotazos”, e rumo às bandarilhas que estiveram medianas.

 

Rodando o vermelho na espada, Perera teve novamente uma entrada em acção coesa com os lados do toiro, batendo a sua sorte num aproveitamento claro da matéria à disposição. Sem brilho, e com pouco terreno, tentou fechar com arte. E conseguiu-o, recuperando uma faena que parecia perdida, o que diz bem das suas capacidades.

Com a muleta, e em bom estilo... 

5º Toiro RB nº18 (460kg)

 

Decidido a limpar a imagem, e recordando-se que o seu historial na Terceira é amplamente positivo, Luís Rouxinol abriu com determinação, mas como nova falha às claras. Nos curtos, o marialva avivou-se, mesmo com um toque na bonita montada e, recorrendo a alguns fogachos, puxou os aplausos e a música, adregando aos palmos e ao seu habitual par de bandarilhas, de novo com carências, para se despedir da tarde.

 

Pega – João Pedro Ávila (Tertúlia Tauromáquica Terceirense)

Brinde a Perera e a pega da tarde, rija e vistosa, para um caras que parece regressado aos seus melhores momentos.

 

6º Toiro RB nº11 480 kg

 

Bom começo para Perera, com as nuvens já a ameaçarem molhar a actuação mais quente do espanhol. Finalmente três pares de bandarilhas em praça, e o “Impacientado” a proporcionar um volteio vistoso, com a capa a enamorar-lhe as hastes ao som dos ritmos e com salero.

Um pormenor do bonito traje de Miguel Angel Perera...

Em terra, Perera centrou em partilha, toureando com muita alma e engenho. Teve toiro, teve público e deixou a sua assinatura na galeria mais brilhante da Monumental de Angra. Fechou em grande e ergueu os braços em triunfo para, mesmo contrariado, sair pela porta grande sobre a cidade património.

Num momento mais pausado da sua última lide... 


 

PS-Este é o quinto ano em que tenho o prazer de me instalar na trincheira da nossa Monumental, para dali apreciar a Feira de São João. Não tendo veleidades a comentador taurino, tento aqui deixar a minha visão de cada uma das corridas presenciadas, sendo que outras actividades dentro das Sanjoaninas nem me deverão deixar estar em todas elas. Ainda assim, e no âmbito da manifestação artística que é uma corrida de praça, deixo os olhares mais técnicos aos meus caros “colegas” com créditos firmados (exemplos disso aqui e aqui), enquanto vou jogando com as palavras e as imagens o que sinto neste mundo tão belo da tauromaquia. Olé para a nossa Terceira!

Veteranos feitos vendedores...

22.06.10, MSA

Imagem criada pelo Ricardo Laureano para a nossa marcha...

Em tempo de festa os veteranos descem a Angra para vender guloseimas. Pode bem ser este o mote comum para se receber mais uma marcha urdida em ponto de gosto por um grupo de amantes da boa disposição e das coisas gratas da vida.

Em 2010, e novamente sob as estrofes saborosas de Álamo Oliveira e as notas quentes de Carlos Alberto Moniz, serão os vendedores, e os seus cestos e sacolas que fazem brilhar os olhos das crianças, quem vai animar um enredo de vista farta pelo sabor de uma noite bem passada. Sendo também eles a apadrinhar a função de hoje.

A oferta a São João será em forma de doces com poesia, apregoando a festa com a boca animada por um chocolate de creme a meio, piscando o olho à namorada cujo beijo não disfarça a vontade de dançar sobre as calçadas da história, dobrando as esquinas da tradição ao tom do açucar e do sal que os contrastes de Angra nos oferecem.

E quando tocar o bombo para os primeiros passos de mais um desfile sentido, a marcha vai homenagear os que, pelos anos fora, nos foram trazendo à mão essas guloseimas que a saudade ensina a recordar.

Porque um “Ora Mais!” também se pode gritar directamente ao coração…

 

O Ti Quentinho, antigo vendedor ambulante, encima o nosso refrão...

Uma breve história…

A Marcha dos Veteranos criou-se por vontade do grupo que, de 1986 a 1997, trouxe à rua a marcha oficial das Sanjoaninas e que, em 1998, resolveu dar lugar aos mais novos, mas não deixando por isso de viver as tradições das nossas festas. Assim surgiu uma marcha independente e que vem primando pelas homenagens e figuras e recortes de toda a vivência festiva e tradicional da terra dos bravos.

Desde 2001, e sempre sob a magia das letras do Álamo de Oliveira e das músicas do Carlos Alberto Moniz, assim tem sido. A primeira saída saudou os “Poetas do Povo da Ilha”. No ano seguinte foram os próprios veteranos o alvo da honra na recordação. “Ilha Brava de Mansa” homenageou, em 2003, todos os aficionados locais da festa brava, passando-se depois às “Costureiras de Marchas” (2004), e a uma figura típica como o “João dos Ovos” (2005). A “Marcha do Bailhão” (2006), um agradecimento dançado às Filarmónicas e aos autores dos poemas alegres e das músicas de ouvido, e a costumeira alegria - suporte essencial a todas as marchas na rua -, trouxeram esta caminhada até às venturas do conhecido “Zé da Lata”, pastor e cantador de renome, que mereceu as rimas tiradas do coração em 2009. Este ano, a rua abre-se aos vendedores…

  

Video: Francisco Veloso/Formula Rali

 

MARCHA DO VENDEDOR

 1.

A nossa marcha

Traz um cesto de alegria

Cheio de doces com poesia

E saquinhos de pipocas.

Ou vai ou racha,

Pois a marcha quer passar

Pra poder apregoar

Chupas-chupas com fofocas.

 

Refrão:

A nossa marcha é cesto cheio

De amor com favas torradas;

É chocolate de creme a meio

Com beijos das namoradas.

 2.

A nossa marcha,

Ao passar, é mesmo assim:

Apregoa amendoim

E arrefia a São João.

Ninguém disfarça

Nesta festa de loucura

E, no cesto, só procura

Uma gama de balão.

 3.

A nossa marcha,

Dedicada ao vendedor,

Vai bonita com tambor

A tocar um fungagá.

Não é dar graxa,

Mas há tanta coisa boa

Que o do cesto apregoa

C’o a ternura de um Isbá

 

© Álamo Oliveira 2010

Do (meu) Facebook...(21/6)

21.06.10, MSA

Estou contente. Pela "abada" que Portugal inflingiu à Coreia...e por não ter chegado a escrever (aquelas) duas ou três crónicas desancando Queiroz e frisando o vedetismo e a inércia de alguns jogadores da nossa selecção. Hoje estamos todos de verde e vermelho...Portugal!

José Saramago (1922-2010)

18.06.10, MSA

José Saramago faleceu esta manhã...

Partiu José Saramago. Aos 87 anos de idade, o único escritor português laureado com um prémio Nobel faleceu, vítima de doença prolongada. Não terminei nenhum dos três livros de Saramago que me propus ler. Em dois deles nem terei passado das primeiras dez páginas...

Não simpatizava especialmente com a personalidade do considerado autor. Mas lamento profundamente o desaparcemento do criador e, ao que sei, de um homem com ideais firmes... 

Com o Lusitânia no coração...

15.06.10, MSA

Um enquandramento sem palavras do Ricardo Laureano...

Foto: Ricardo Laureano

Foi com natural alegria que, no domingo de manhã, um grupo de adeptos acompanhou a valorosa equipa principal de basquetebol do Lusitânia, primeiro na festa em plena Praça Velha, e depois na recepção pela edilidade angrense no salão nobre dos paços do concelho, comemorando-se assim a tão almejada vitória na Proliga, um ensejo que a páginas tantas pareceu tão longe de ser alcançado, mas que em boa hora veio mesmo acrescentar a vasta montra de troféus do grémio da Rua da Sé, apenas e tão só a mais vitoriosa de entre as colectividades desportivas da região. Sou adepto do Lusitânia desde pequeno, nunca superando isso a minha alma portista – essa sim, de gema… -, e nem sendo essa uma influência familiar ou de tradição. Gosto do clube e pronto, penso que é isso o mais importante. Sem me pronunciar, nem com qualquer ligação pessoal, acompanhei a recente trama que ia resultando na insolvência financeira do Lusitânia, um desenrolar de episódios que entristeceram a massa associativa e os desportistas em geral, e que ia amputando a cidade de Angra de uma das suas mais valiosas instituições. Senão, recuemos aos anos 20 do século passado e, num breve exercício de memória, basta ir relembrando a história do concelho com as passagens desportivas daquela filial sportinguista. Pois é, facilmente se associam episódios comuns, assim como as diferentes gerações têm, todas elas, uma ou outra parcela da sua vida onde pairará o Lusitânia. Mas vem o meu texto no sentido de elevar o que foi conseguido recentemente, em termos de objectivos desportivos e sociais, por um importante grupo de sócios e apoiantes. Não era de todo expectável que, no encerrar de temporada das diferentes modalidades, houvesse tanto a elogiar, tal a ginástica financeira a que teve de se recorrer, mas também por mérito de quem orientou as hostes e, acima de tudo, pela grande entrega de muitos atletas, que viram no exemplo de muitos ex-companheiros o incentivo para a dedicação demonstrada. Como mero adepto, muito mais de pavilhão que das ventanias dominicais do João Paulo II (local onde, nem quando corria, consegui encontrar qualquer atractivo…), penso ser de toda a justiça incentivar a continuidade do trabalho efectuado, até porque há muitas centenas de milhares de euros ainda por rolar na história, e embora encaminhe mais as minhas palavras para um alerta puro e duro a quem encabeçar e acompanhar o futuro do clube. Os erros de gestão, cometidos neste e noutros emblemas de todo o Portugal real, devem servir – uma vez mais – de ensinamento, de forma a que a queda em tentação não se repita, mormente quando em causa estão apoios públicos e uma sede desmedida – que quase nunca entendo… - em singrar pelo país, quando nem dentro de portas a casa está arrumada. E isto passa-se em várias sedes destes nossos Açores. Não sendo um apoiante claro da política desportiva oficial em curso, sempre me fez confusão que as equipas promovam região e concelhos sem realmente o fazerem, ou seja ostentam os seus nomes nas camisolas a troco de apoios sabiamente conseguidos, mas nada mais fazem para que a vertente da promoção propriamente dita resulte, isto salvo algumas excepções e uma ou outra competição em concreto onde o aspecto é mais tido em conta. De resto as equipas constroem-se para mirar as competições nacionais, apoiando-se na formação por mero caminho da obtenção de apoios, e depois não se discorrem as consequências práticas, na vivência dos mais jovens e nas salutares formas de encarar o fenómeno desportivo, como um bem para as populações. Além disso, e aqui será o ponto onde anteriormente não quis tocar, a dependência tutelar passou a ser total na grande maioria dos emblemas, que passam para outros voos alguns dos seus dirigentes, assim como os descartam se não estiver em cumprimento alguma sevícia mais claramente definida pelo poder. É essa uma verdade inegável, e vem sendo urdida dia após dia. Concorde-se ou não com a finalidade dela, a verdade nua e crua dói por vezes o mesmo que uma canelada certeira. Mas, lesões à parte e puxando à brasa das festas - que por aí se adivinham - o lado meramente humano destas questões, penso que todos gostariam de ver das varandas do Solar de Violante do Canto uma aura de esperança na recuperação do Lusitânia. E isso só se conseguirá, sem aqui trocar nomes por miúdos nem apontando dedos ao vento, daqui por alguns anos. Sanada que estiver a crise financeira que ainda afecta grandemente o clube angrense. Penso que o rigor será ferramenta obrigatória, pois se a culpa não morre solteira, será tão certo quanto sabido que a torrente começou por uma data de casamentos infelizes. Que esses não se repitam. E bola p’rá frente, Lusitânia!

Vontade de música...

13.06.10, MSA

Os GOMA venceram ontem o concurso AngraRock 2010...

Os "GOMA" foram os grandes vencedores da edição 2010 do concurso "AngraRock", cuja final se realizou na noite de ontem, perante 2/3 de casa no grande auditório do Centro Cultural da cidade-património. Agostinho Pinheiro (voz), João Mendes (guitarra), Raul Cardoso (baixo/voz), João Toste (guitarra) e Francisco Sales (bateria) são um projecto consumado e com obra feita, não obstante isso foram à avaliação do jurí, na qual superaram os micaelenses "Plastic Music Project" e "Lado Lunar", outras duas formações - especialmente a primeira - com som próprio e um estilo bem vincado. Defensores quase-únicos na região do rock original cantado em português, os "GOMA" assinaram duas actuações muito seguras, prova recorrente da experiência dos seus elementos que, para além da entrega, mostraram uma grande alegria ao tocarem juntos. Por certo esse será o segredo da sua prevalência num cenário complicado para aquele tipo de registo. Letras marcantes com malhas musicais ao jeito do melhor rock nacional são a marca da casa, que novamente mostrou ter qualidade para singrar. Fica aqui um cumprimento geral aos elementos da banda, mas com um abraço muito especial ao meu amigo Leão, afinal o grande responsável pelo surgimento e pela "insistência" do conjunto. Parabéns!

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