MIGUEL AZEVEDO, RESPONSÁVEL DESPORTIVO DA "MAR BRAVO”

Proporcionar bons momentos
a pequenos e graúdos

Foto: Ricardo Laureano.

A "Mar Bravo - Associação Juvenil" leva a efeito amanhã, sábado, a segunda edição da Subida ao Pico do Capitão, no Porto Martins. Estamos perante um evento competitivo ou de puro lazer?
Podemos classificá-lo como um misto de ambos, uma vez que os participantes podem correr ou caminhar nos cerca de 650 metros do percurso. Mesmo tratando-se de terrenos privados, asseguro que a vista do alto do Pico do Capitão compensa a subida, sendo que também assim se está a promover a própria localidade, o Porto Martins, conquanto a "Mar Bravo" pretenda ter uma postura muito "independente" nas suas actividades. O certo é que nem todos podem fazer a prova no "tempo-canhão" que o Jorge Nunes efectuou em 2008, mas isso não os impedirá de participar. A prova fez parte, o ano passado, do programa das festas locais que, desta feita, não me contactaram para esse efeito. Mas novamente aí está... 

Os eventuais interessados em participar na iniciativa o que é que devem fazer?
A prova é aberta a todos os interessados, sendo a concentração feita cerca de meia hora antes do seu início, ou seja, pelas 15 horas. As inscrições serão na hora e posso aconselhar o uso de calçado apropriado e o "transporte" de muito boa disposição.

É lícito afirmar que a componente desportiva terá um papel sobremaneira importante no plano de actividades da "Mar Bravo"?
Sem dúvida. Começámos por assumir a organização dos "Degraus d'Angra" e dos "Degraus da Praia", duas provas pioneiras na região, mas temos projectos originais para a área desportiva, sempre tendo o cuidado de não nos sobrepormos ao panorama já existente, coisa que por vezes acontece. A vertente desportiva e de lazer, apesar da grande oferta que a Terceira, felizmente, tem, pode ser complementada com alguns eventos. Preferencialmente provas ou acontecimentos que não envolvam grandes orçamentos ou muitas horas de preparação, pois entendo que esse é o "truque" para que as associações não se percam pelo tempo...

A "Mar Bravo - Associação Juvenil" está disponível para se associar a outras entidades - oficiais e particulares - na promoção da prática desportiva não federada?
Na apresentação da Associação foi ponto assente que queríamos servir de "ponte" para diversas actividades, nomeadamente, promovendo eventos de outras entidades, uma vez que a divulgação adequada dos mesmos é, muitas vezes, um óbice para o seu sucesso. Em 2009 ainda não promovemos tudo o que está ao nosso alcance, embora já passe a meia dúzia o número de actividades levadas a cabo, pois só agora recebemos apoios relativos às candidaturas formuladas para o corrente ano. Partimos do princípio de que só investiríamos quando houvesse meios para tal, o que julgo ser uma abordagem séria de uma associação que, como tantas outras, concentra gente que, desinteressadamente, quer proporcionar bons momentos a pequenos e graúdos. Estou certo que, com maior ou menor participação, os eventos promovidos até agora atingiram esse objectivo. 

Cartaz: Ricardo Laureano.

Será neste sábado (dia 12), a partir das 15h30, que a “Mar Bravo – Associação Juvenil” leva a cabo a segunda edição da Subida ao Pico do Capitão, na freguesia do Porto Martins, uma prova de corrida, “mas feita segundo a vontade dos seus participantes que poderão correr ou andar durante os cerca de 650 metros do percurso”, explicou Miguel Azevedo, o responsável desportivo pela recém-criada associação.

"Sensibilizar as autoridades e as populações locais para a melhoria das condições na zona de Santa Catarina, junto ao parque industrial da Praia da Vitória", é um dos propósitos da vinda do campeão mundial de bodyboard Mike Stewart à ilha Terceira.

A viagem à região do conhecido "Waterman", foi uma iniciativa da União de Surfistas e Bodyboarders dos Açores (USBA) e da Associação de Surf da ilha Terceira (AST), que já começou ontem, tendo agendada uma entrega de prémios, sessões de surf e o convívio com os praticantes locais...

Ler notícia completa aqui.

Foto:Miguel Bettencourt

Aqui há uns anos escrevi um pequeno texto (salvo erro intitulado "o bébé mais rápido mundo", e que não está online...), visando o nascimento de Tim Jr., o filho de Tim Montgomery e Marion Jones, então duas estrelas da velocidade mundial, e uma hipotética "bomba" genética dadas as capacidades atléticas dos seus progenitores. Anos passados é com algum custo que leio esta reportagem do "Público", onde a realidade actual do ex-velocista patenteia a queda vertiginosa das luzes da ribalta para a prisão. É certo que a sua condenação se deveu a um escândalo noticiado em todo o mundo, e cujos pormenores e contradições foram inflamados e discutidos na praça pública, mas estas sedes cegas de poderio e glória são coisas que me confundem...

Se bem que criada para a simplicidade gráfica e interventiva do meu "Twitter", achei por bem reproduzí-la aqui, tal e qual:

se portugal conseguiria viver sem a tvi? conseguiria, mas não seria a mesma coisa...seria muito melhor!

Sinceramente esta coisa de preparar participações nas provas, dar notas, escrever a reportagem e depois partilhar a experiência, é um trabalho acrescido. Mas o certo é que vale bem a pena, e no passado Circuito de Natal a história teve mesmo um final bem engraçado…

O sábado amanheceu chuvoso e a prometer dificuldades na negociação das quatro passagens aos 7 quilómetros de um troço rápido e exigente. Desta feita nem deu para fazer “a mão” ao Peugeot no dia anterior, pelo que foi arrancar para a prova sem saber as reacções do “laranja”, que novamente se revelaria uma máquina de confiança, muito equilibrada e, imagine-se, até tinha a revisão feita pelo Adérito, o mecânico do Ricardo Moura. Realmente, com amigos como os irmãos Maciel até parecemos pilotos de fábrica! 

1ªPE – 5.51,2 – 4º VSH 

A entrada em acção foi cuidadosa. O piso estava escorregadio q.b. e não tínhamos a noção do que era andar depressa naquele traçado – é verdade, bem dizem os senhores do WRC que se deve reconhecer devagarinho… -, pelo que houve zonas em que as travagens foram adiantadas e até houve tempo para uma “atravessadela” em grande estilo…só que com a frente virada para o lado errado, numa situação que o Nuno (Rosado) corrigiu com segurança. Uma das curvas tinha já muitas pedras e, verificamos durante a ligação, o pneu da frente esquerda estava a perder ar, pois a jante partira na beira. A solução foi passar um dos Yokohama de trás para a frente, e montar o Fedima de recurso para os restantes troços. Sem alaridos o tempo tinha sido agradável. 

2ªPE – 5.45,5 – 2º VSH 

Já com mais confiança a coisa desenrolou-se bem mais depressa, e nem mesmo o degradar do piso impediu uma melhoria considerável no tempo, com as notas a serem mais precisas e o controle da “viva” traseira” do 205 a ser feito com serenidade. No final da PE deu para ver que só falta rodagem ao piloto da equipa…de resto está lá tudo… 

3ªPE – 6.13,7 – 3º VSH

O troço mais difícil da prova. Muita chuva, os vidros a quererem embaciar e o piso a requerer cuidados. Que foram tidos em conta, se calhar em demasia. Já nos tinham dito que éramos terceiros dos VSH – comparar tempos ainda é coisa só de conversa… -, pelo que ao vermos o AX do Lizuarte (Mendonça)  parado se começou a pensar em terminar, afinal a classificação parecia mesmo exceder a expectativa… 

4ªPE – 5.55,1 -2º VSH 

Este sim, deu um gozo tremendo. As condições climatéricas tinham melhorado bastante e o atraso da prova até deixara secar um pouco o piso. O rápido início foi feito com confiança, a parte mais sinuosa com as devidas precauções, mas a zona final do troço foi sempre “lá em baixo”, sentindo-se bem as derrapagens “malandras” que só a terra nos pode oferecer. Confesso que, a páginas tantas, já vinha a “cantar” as notas. Sinal de entusiasmo…e 18,6 segundos retirados ao tempo anterior, para além da 9ª marca à geral. Fomos segundos nos VSH, 9,4 segundos atrás dos nossos amigos Marco Sousa e Miguel Bendito, e na 13ª posição entre os 43 concorrentes no final. Nada melhor para fechar a festa… 

Terminadas estas duas experiências, e na certeza de outro tipo de competição para 2010, a vontade é  de continuar a correr e a escrever. Vamos agora aferir se as duas coisas são possíveis de coordenar, assim apareçam alguns apoios. Afinal, desde os inexcedíveis manos Maciel a todos quantos foram ajudando estas presenças esporádicas, a boa vontade e a amizade juntaram-se com equilíbrio. Penso que as prestações assim também o foram. Um Natal feliz e uma grande entrada no Ano Novo…se der para ser com uma “esquerda para direita 2+ em lomba com recta 200” para mais alguns ralis, pois que assim seja. Obrigado a todos e, quem sabe, até p’ró ano!

Fotos: Ricardo Laureano.

Fotos: Ricardo Laureano.

No passado mês de Outubro Paulo Maciel brilhou no Circuito de Outono, vencendo a prova com o bonito Citroen Saxo nº20. Neste Sábado, a história parecia estar a repetir-se: Mais um Saxo com decoração semelhante, mais um nº 20 nas portas, mas desta feita era Duarte Maciel o herói da jornada. Resultado final, uma actuação brilhante para o piloto micaelense que mostrou todas as suas qualidades, permitindo até ao navegador Tiago Silva a felicidade de vencer na sua Terceira natal. Apenas na 2º PE Fernando Meneses bateu a dupla do Citroen vermelho e branco, ganhando-lhes oito décimas de segundo nos sete quilómetros de Fontaínha/Girão, de resto foi sempre Maciel a marcar a parada, terminando com 14,4 segundos reais de vantagem sobre o piloto do Team Praia da Vitória. O pior aconteceu a Meneses na saída do Parque de Assistência que mediou a prova, com um engano a custar-lhe 19 minutos de penalização por avanço, a queda para o 42º lugar e uma quase certa vitória final na Taça de Ralis. Oportunidade soberana para Hermano Couto estrear o EVO8 na terra com um bom segundo lugar, depois de uma actuação sem falhas e a deixar a promessa de correr mais vezes em 2010. A fechar o pódio esteve Narciso Martins, finalmente a cruzar a linha de chegada com o renovado EVO7. O bem disposto Tiago Mota, acompanhado pelo aniversariante Tomás Pires, foi o dono da quarta posição, adiante de uma prestação notória da dupla graciosense Cláudio Bettencourt/Luís Silva, que bem se portaram a debutar nas escorregadias classificativas da terra da Terceira. Depois deles, se bem que prejudicado por apanhar o concorrente que os antecedia e triste por uma pedra (surgida não se sabe de onde…) ter partido o pára-brisas do Saxo, Énio Medeiros foi outra presença a destacar. Atrasado com um pião na 1ªPE, Artur Silva ainda chegou ao oitavo lugar, batendo Sérgio Cardoso, novamente com o Clio 2.0 RS, que teve na primeira da tarde uma perda de tempo que o fez descer um pouco na tabela. A fechar os dez da frente, e depois de Marco Sousa (ver caixa), José Vieira andou novamente bem ligeiro com o Clio 2.0, ganhando na última PE lugares a Marco Medeiros, novamente a visitar a ilha lilás, e a Paulo Meneses, que só no final se apercebeu que a posição tinha dado mesmo para vencer a Taça de Ralis à geral. Terminaram a prova 43 equipas, num dia de rali que se revelou muito difícil para organização e pilotos, dado que o mau tempo nunca “largou da mão” um evento que estava traçado para brilhar em época de novidades. Com efeito, parece que a modalidade teve uma prenda de Natal adiantada, restando saber se todos vão saber usar este “doce”, que o trabalho e a vontade de muitos lhes vai proporcionado…

Nos Clássicos acabou-se o feudo do Kadett GT/E de Carlos Borges, e tudo porque Filipe Moura, acompanhado por Duarte Gil no habitual Starlet 1.6, decidiu “abrir” o livro e mostrar que um tracção-atrás também está como peixe na água nos pisos de terra. Mas só se bem conduzido. O homem do pequeno Toyota foi um regalo de ver passar, fechando os 15 primeiros da geral e prometendo novos feitos com uma máquina que já funciona em perfeitas condições. Carlos Borges esteve novamente bem e foi segundo, adiante de David Vieira e do belo Escort Mk2 que Laudalino Furtado trouxe da Graciosa.

Classificação Geral do Circuito de Natal 2009 aqui .

"A Esperança está Onde Menos se Espera" 

Realização: Joaquim Leitão
Elenco: Ana Padrão, Virgílio Castelo, Diana Figueiredo, Carlos Nunes, Sofia Grilo, Tino Navarro
Género: Drama
Portugal: 2009
Duração: 2h00
Classif.: M/12

Acabei de ver na televisão que um americano médio consome, em toda uma vida média de 77 anos, 43.371 latas de refrigerantes.

Burp! (onomatopeia de arroto)...

Será novamente com o Peugeot 205 1.4 de Paulo Maciel que a dupla Nuno Rosado/Miguel Azevedo se fará à estrada no Circuito de Natal, repetindo a recente presença na Taça de Ralis da Ilha Terceira.
Depois de uma experiência “bastante positiva”, a equipa espera “voltar a ter um bom andamento”, mas nunca descurando que “vamos correr para nos divertirmos, pelo que há cautelas, ainda mais num troço tão rápido, a ter”, disse o piloto.
“Temos novamente de agradecer ao Paulo Maciel, que infelizmente desta vez não pode vir, a cedência do carro, assim como a quem nos ajudou a concretizar mais estas participações”, avançou Nuno Rosado.
Segundo o navegador de serviço, “desta feita o troço é maior e mais exigente, mas a postura de correr por gosto e de integrar esta enorme caravana são o melhor ânimo para as coisas correrem bem”, explicou Miguel Azevedo.
Em termos de expectativas, “apenas chegar ao fim e mostrar que, mesmo não conhecendo bem a máquina, se pode andar rápido e sem grandes aflições”, conclui uma nota de imprensa da equipa do Peugeot laranja.

Foto: Ricardo Laureano (em testes com a sua nova Canon EOS 7D...)

No fim-de-semana estive na ilha do Pico, a acompanhar o Rali de Inverno, prova ganha pela dupla Gustavo Louro/Tiago Azevedo (ver reportagem aqui), e um certame que acabou por retumbar numa tarde inesperadamente emocionante. Ora percebam porquê:

 "Estava a ser um dia normal para quem vai cobrir um evento desportivo fora de portas. Depois dos troços da manhã, e na companhia do Fernando Meneses e do seu sogro Romeu Costa, o almoço na “Aldeia da Fonte” preparou-nos para mais algumas passagens dos concorrentes nas especiais da tarde. Mas, ao sair do estabelecimento, logo vimos parar o EVO9 de Ricardo Moura, que abria a estrada, do qual saiu o navegador destas ocasiões, Costa Martins – o homem forte da FTE – que, de capacete e “Hans” na mão, me disse: -Salta Miguel, agora nestes vais tu! Nem pensei duas vezes e dali a uns minutos até já envergava o fato do Roberto Areias, que não pudera alinhar ao lado do Fernando, para pouco depois começar a ajustar os cintos da envolvente bacquet “Recaro”, enquanto o Ricardo me instruía sobre o modo de evoluir o Lancer “à vista” nos traiçoeiros troços das Lajes do Pico.

Assim arrancamos para a última ronda da prova, composta pelos troços Caminho do Verdoso/São João (1,7 kms), São João Sul/São João Norte (5,4 kms) e Mistério da Silveira/Fonte (2,7 kms), este uma espécie de versão à escala reduzida do Capelinhos/Varadouro na vizinha ilha do Faial.

Descrever as sensações de andar ao lado do bi-campeão açoriano em título, num carro de topo e em troços excelentes, não é bem tarefa fácil de alinhavar em escrita, mas posso sempre referir que o à vontade do Ricardo com a máquina nipónica é total, mesmo salvaguardando que usava pneus usados ou que ia sem notas, pois isso não impediu que partes dos troços que ele já memorizara fossem feitas “lá em baixo” como se o cronómetro estivesse a contas com a improvisada dupla. O EVO9 “by Ralliart Itália” é um carro “sem fim”, sempre com potência disponível e que roda na terra com uma suavidade incrível. As curvas cegas foram feitas em derrapagem constante, os ganchos negociados sempre a contar com público e as partes com mais espectadores proporcionaram momentos que valorizaram em muito um fim-de-semana que já estava a ser bom.

Confesso que, na segunda especial percorrida – a maior da prova – até levei a carta de controlo nas mãos, em jeito de caderno de notas, é que a adrenalina vive-se melhor se tentarmos fazer parte do conjunto. E o que não deve ser “cantar” notas para aquele ritmo…

Resta-me agradecer ao Ricardo pela lembrança e ao Dr. Costa Martins pela disponibilidade. Foi (mesmo) coisa de campeões…"