SATA Rali Açores: F3 e F2.
Carlos Costa à vontade…
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Carlos Costa à vontade…
A dupla Kris Meeke /Paul Nagle, em Peugeot 207 S2000, foi a grande vencedora da 44ª edição do SATA Rali Açores. O rápido piloto da Peugeot UK alcançou a sua segunda vitória no IRC –já vencera no Brasil - assinando uma exibição de luxo, vencendo largamente mais troços (11 e 17) que os adversários, e demonstrando sempre uma segurança inequívoca na condução, mesmo quando (sábado) a chuva e o nevoeiro invadiram as estradas micaelenses, dificultando a progressão das equipas e tornando os pisos ainda mais duros, o que levou mesmo à anulação da segunda passagem pela Tronqueira, classificativa que estava escalada para fechar o evento. E foi mesma na secção matinal de sábado que Meeke confirmou a supremacia iniciada a partir da 2ª PE do rali – antes dele Freddy Loix liderara após a Super-Especial de quinta-feira -, aproximando o minuto na liderança sobre a luta pela posição seguinte, que se revelou entusiasmante entre Nicolas Vouilloz e Jan Kopecký, passando o homemm da Peugeot britânica a pensar na gestão do tempo rumo ao segundo triunfo em 2009 no IRC. Para a segunda posição, lugar que acabou por ficar na posse do checo do Skoda Fabia S2000, o ritmo da disputa foi bastante rápido, acabando por ser o titular do campeonato, Vouilloz, quem se teve de contentar com o mais baixo lugar do pódio. Freddy Loix é que se quedou pela quarta posição, tendo sido muito prejudicado pelos dois furos sofridos, curiosamente nas duas passagens por Feteiras, ao longo da etapa de sexta-feira. Assim, e como melhor português na prova – chegando com mérito à quinta posição da geral, embora o acidente de Anton Alen tenha dado um derradeiro “empurrão”… - acabaria Fernando Peres, que, apesar da falta de ritmo e de alguma contenção na parte final, conseguiu fazer valer o conhecimento do traçado, para alcançar um resultado importante para o campeonato de Portugal de Ralis, competição onde averbou uma vitória (sexta-feira), e vencendo ainda entre os Grupo N convencionais, na frente de Franz Wittmann. O jovem austríaco foi uma agradável surpresa em São Miguel, conseguindo um bom resultado para a Ralliart, que passou a ser a segunda classificada entre as equipas do IRC, atrás da cada vez mais distante Peugeot. Conrad Rautenbach, em estreia numa viatura S2000, conseguiu o sétimo posto, mesmo se as dificuldades na adaptação ao carro limitaram o seu andamento ao longo do rali. Mesmo assim o habitual piloto da Citroën Junior Team ficou à frente de Ricardo Moura – se bem que beneficiando das decisões finais de neutralizar os Graminhais-2 e de anular a Tronqueira-2… -, com o campeão do Team Além Mar a ser o melhor açoriano e, mais importante que isso, a averbar uma vitória nas contas do “Nacional” de ralis (ver caixa). Campeão do azar, Bruno Magalhães apenas leva do “SATA” a certeza de poder ombrear com os melhores do IRC, sendo que a pouca sorte voltou a impedir uma luta efectiva pela vitória, com a transmissão do Peugeot a hipotecar, por duas vezes, esse sonho. Fechando o Top-10, o jovem madeirense Bernardo Sousa mostrou estar mais comedido e preocupado em rodar para os próximos desafios do PWRC, sendo que bateu Vitor Pascoal, com o amarantino a conseguir ainda assim sair de São Miguel na liderança do campeonato português. Apenas 25 equipas lograram terminar um prova que, sem ser emocionante em lutas pelas vitórias, movimentou a ilha de São Miguel como nunca se vira no reino dos motores, apenas havendo a apontar algumas lacunas na segurança do público, e sendo que esse compareceu em massa – e talvez daí as dificuldades… - indo para a estrada apreciar o desempenho de grande pilotos e um ambiente de festa e rapidez como bem desejam os adeptos dos ralis. A modalidade agradece…
Açorianos: Moura imperial...
Com a maior naturalidade Ricardo Moura foi o melhor açoriano nas duas tiradas do “SATA”, ficando assim destacado na liderança do campeonato, num rali onde a sua maior façanha foi mesmo bater a concorrência nacional na etapa de sábado. Mesmo sentindo problemas com um injector, que o afastaram da cabeça da luta nacional na manhã de sexta-feira, Moura esteve imperial e demonstrou toda a sua valia na dupla frente em que está a actuar este ano. A luta pela segunda posição regional foi emotiva, com Ricardo Carmo a começar muito bem, mas contando com algum atraso do regressado “Licas” Pimentel. O homem do Subaru acabou mesmo a secundar Moura, até porque Carmo perdeu preciosos minutos na Tronqueira após uma saída de estrada. Fernando Casanova acabou na quarta posição e deve agora sentir saudades dos tempos em que guiou os Impreza. Destaque ainda para as equipas que alinharam ao abrigo do Super-Rallye, com Pedro Vale a ser o melhor e mesmo a fechar o pódio na tirada de sábado, assim como tiveram boas actuações Paulo Rego e Carla Rosado, que fechou a prova com um enorme salto na segunda passagem pela SE da Marques.
Classificação Geral do 44º SATA Rali Açores