A hipotética viagem... (crónica)
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Acaba de sair do prelo uma nova publicação do IAC-Instituto Açoriano de Cultura, intitulada História Ilustrada da Arquitectura dos Açores, da autoria do arquitecto e historiador de arquitectura José Manuel Fernandes. A obra insere-se no conjunto de publicações com que aquele Instituto decidiu associar-se à comemoração do 25º aniversário da inscrição da Cidade de Angra do Heroísmo na Lista dos Bens Património da Humanidade da UNESCO em 1983.
O livro traça uma primeira abordagem global no domínio da História da Arquitectura nos Açores e abrange todas as ilhas do arquipélago e os seus dezanove concelhos, desde os primórdios do povoamento até à actualidade, nos vários quadros religioso, militar, civil e doméstico, divididos nos seguintes capitulos:
I – Introdução: Enquadramento e contexto, Geografia e História. Dos séculos XV e XVI aos séculos XVIII e XIX. O tempo de Novecentos
II - As cidades e demais povoações, a sua relação com o território. Evolução e valores urbano-arquitectónicos
III - A arquitectura erudita (militar, religiosa, civil e doméstica). Manuelino e Classicismo, o “Estilo Chão”, o Neo-classicismo e o Romantismo
IV - A Arquitectura popular, urbana e rural
V - Os sécs. XIX e XX – Urbanismo, arquitectura, as transformações e a evolução. Do Romantismo Oitocentista ao Modernismo Novecentista
VI - As arquitecturas, dos anos 1900 aos anos 1970: Ecletismo, Arte Nova, Art Deco, Modernismo, Português Suave, a Arquitectura Moderna dos anos 1950-60
VII – Aproximação da Contemporaneidade: o pós-modernismo e o final do século. A transição dos séculos XX-XXI. Dimensões. Temas, obras e autores.
Neste quadro, o IAC-Instituto Açoriano de Cultura pretende com esta obra colmatar uma lacuna no domínio da Arquitectura nos Açores, apresentando uma ampla sistematização do tema e com ela estruturar um livro com cerca de cento e setenta páginas fortemente ilustrado, que se assumirá como a mais importante referência neste domínio e âmbito geográfico até ao momento publicada nos Açores.
Uma corrida de burros na Rua de São João foi a grande novidade desportiva anunciada para as "Sanjoaninas 2009" o que, e apenas deixo aqui uma pequena nota pessoal, não será provavelmente um acontecimento de monta, face até a outras iniciativas propostas. mas pronto, gostos e desejos todos os têm, pelo que restará - quando muito - ir assitir ao Grande-Prémio dos asnos para ver de que coudelaria afamada será proveniente o vencedor. Até lá, talvez ler a crónica desta segunda do João Rocha, que não foi nada burro na acepcção dada ao evento...
Nascido a 26 de Abril de 1913, o meu avô-arquitecto faria hoje 96 anos. E, uma vez mais registo, prossegue o adiar de um levantamento metódico de toda a sua obra e intervenção cívica. Ficam as saudades...
" ...é uma política dominada pela exterioridade. Pela vaidade. Pela leviandade machista... "
-Sophia de Mello Breyner Andresen.
A cada ano que vai passando sobre a revolução de Abril, a cada ano em que se reforçam os fundamentos que originaram o surdo combate pela liberdade, e a cada ano em que (ainda mais) se idolatra fortemente esta ou aquela personalidade por um acontecimento que já passou - mas que sempre se reinterpreta ao sabor dos tempos -, fico mais longe do que pensam as gentes.
Decididamente não entendo esta liberdade à boca cheia sobre a qual não se pode escrever, falar ou cantar o que se pensa sem reparos ou recados do poder instutuído ou dos seus mandantes. Simplesmente essa mesma liberdade não me merece mais do que dois parágrafos e uma citação de brilho, afinal quem a tutela por modo de administração importa-se mais com os dígitos da conta bancária e com a etiqueta das camisas do que com o bem estar das gentes. Das quais já falei duas vezes - nestes dois parágrafos...
Conforme prometido aqui fica a segunda parte do emotivo Bica Seca/Tramelas iniciado na passada semana. Na etapa complementar do desafio a reviravolta no marcador foi uma realidade imprevisível, mas o facto é que a entrada em acção de Ramiro, Batista e Silveira foi a salvação para os pupilos do Padre Sardinha. Desta feita fiquei-me, auxiliando "mestre" José Eliseu, pelos comentários da partida...e por uma mão cheia de gargalhadas na hora de dar voz a estas imagens...
No jornal "a UNIÃO" (hoje):
Na RTP-Açores (ontem):
No jornal "Diário Insular" (hoje):
Ou seja, mediante um mesmo assunto ficamos um pouco sem saber o que de facto foi dito, ou melhor quais as reais intenções da autarquia, sendo que - por princípio - solucionar o problema é a vontade expressa. Agora de que forma o farão é o que se verá, pelo menos a fazer valer a dimensão do que se passou em 2008 e o aparente recurso técnico apresentado ontem. Para já o método de previamente publicitar (de forma quase efusiva...) o arranque da obra e o montante a investir, num dos jornais aqui citados, foi a grande novidade...
Fotos: Ricardo Laureano.
Em dia de rali nada melhor do que apreciar a mestria de Armindo Araújo cumprindo, sempre e só com uma mão ao volante, a derradeira super-especial do Rali de Portugal, prova em que foi um brilhante vencedor no agrupamento de Produção, categoria que lidera no Mundial. Vale a pena ver!
Quando, ao final da tarde, o Ford Escort Mk1 de Adelino Sousa arrancar do Clube Náutico de Angra, estarão lançados os dados para o campeonato açoriano de ralis em 2009, uma competição que tem
Não foram mais de quatro minutos o tempo que estive em andamento, esta quarta-feira, na “bacquet” do lado direito do Subaru Impreza N12 de Luís Pimentel. Aproveitando um pequeno teste que fez no início do Fonte Faneca/Veredas, o regressado piloto micaelense permitiu-me assim aferir das qualidades impressionantes do carro nipónico, rodando muito à vontade num traçado que conhece bem e onde tentava encontrar as afinações ideais para a melhor toada possível no rápido percurso de amanhã. Das duas passagens efectuadas tenho de destacar o equilíbrio impressionante do Impreza “by Tommi Makinen Racing”, especialmente em zonas onde – à primeira vista – não imaginamos que se passe a fundo! Uns travões fabulosos e a entrada em acção rapidíssima do potente motor são factores a ter em conta, naquele que foi um excelente “aperitivo” para melhor apreciar o trabalho de pilotos e navegadores na estrada. Obrigado ao “Licas” e boa sorte para o “Sical”, prova que ele – como bem diz – corre “praticamente” em casa…
Pelo terceiro ano consecutivo a primeira prova do campeonato açoriano terá transmissão em directo através da internet…e novamente com imagens em tempo real das equipas em plena competição. Uma vez mais a “Azores Global TV” levará a todo o mundo o movimento dos troços terceirenses, também com apontamentos de reportagem nas alturas em que os principais intervenientes do rali estejam entre secções. Assim, e clicando em www.azoresglobal.com, poderá acompanhar a prova, numa emissão contínua dirigida pelo Francisco Faria, onde vou comentar as imagens das diversas equipas da “Azores Global”, que levarão ao seu computador as emoções do “Sical’2009”.
Hoje à noite os ralis são o mote para mais um convívio da comunidade motorizada na Terceira, onde já estão também todos os intervenientes do Rali Sical, prova que abre o calendário oficial dos Açores em 2009. Numa iniciativa promovida pela “Olavo Esteves Competições”, a câmara municipal de Angra do Heroísmo vai proceder à entrega dos apoios agendados para as equipas que representarão o concelho na estrada, e que incidem principalmente na disponibilidade para a utilização do sistema HANS (Head and Neck Support), um dispositivo de segurança que, a partir de meio do ano, passará a ser obrigatório em todo o país. Com isso inicia-se o projecto “Angra em Velocidade”, que terá então a sua apresentação oficial.
Mas nem só sobre o HANS e o rali vai correr a festa, pois a presença confirmada dos três lavradores dos “FALA QUEM SABE” será certeza de boa disposição, aguardando-se o que terão para dizer sobre a modalidade. Bem a tempo está ainda o alinhar das apostas para o rali, e nada melhor do que fazê-las no ambiente acertado. Esse, hoje à noite, estará certamente na sede do Terceira Automóvel, a partir das 21h00…
A imagem que ilustra este texto tem uma mensagem inclusa e que, penso eu, será de fácil compreensão. Retrata o dia da estreia em competição de um dos nossos talentosos pilotos, no caso o Nuno Rocha (já agora, tripulando um Seat Marbella, corria então o ano de 1998…), numa prova que até nem lhe correu bem mas onde ficou bem presente o gosto com que se iniciava nestas lides. No caso do Nuno ao volante, no caso de algumas centenas de pessoas ao lado da organização, no caso de uns outros tantos milhares em cima das paredes ou junto à estrada, mas com um mote comum: estar nos ralis, o desporto da paixão de tantos nesta Terceira. Pegando no caso particular do Nuno Rocha, sem dúvida um dos concorrentes que tudo vai fazendo para marcar presença nas provas e, sem floreados, para ajudar quem as põe de pé, vêm-me à memória mãos cheias de outros exemplos de como o amor à causa pode mover castelos, sendo que a raiz comum desta mensagem – já meio-escancarada pelas palavras – é do gosto que esta modalidade desperta nos seus adeptos. E o Rali Sical é um caso paradigmático disso, dada a sua longevidade – com os 28 anos a “ameaçarem” já a chegada a “trintão” – a provar a eficácia de se promoverem imagens e marcas através destes eventos, uma coisa que grande parte do tecido empresarial nunca entendeu, assim como se fundamenta que os Açores, e neste caso a Terceira, ultrapassam a sua fronteira geográfica com a difusão destes certames mundo fora. E acreditem que há quem, pelas bandas de Mortágua ou da Póvoa de Varzim, sabe com pormenor o que se passa em cada uma das PE’s corridas na terra dos bravos. No plantel para 2009, e deixando de lado as costumeiras nostalgias a que a evolução contrapõe com tempos e recordes de arrepiar, há um claro candidato ao título açoriano, centrando-se as dúvidas nas categorias “auxiliares”, que bem prometem pelo espectáculo. Mas não seria também assim durante os “reinados” de “Larama”, Horácio Franco, “Licas” Pimentel, Gustavo Louro e, mais recentemente, Fernando Peres? Claro que sim. E os ralis esmoreceram? Claro que não…
Independentemente de haver pilotos e máquinas já talhados para brilhar e vencer, e sabendo-se que o factor mecânico é de vital importância nestas coisas, tudo se prepara para uma grande prova, onde a emotividade e a competição vão abrir, da melhor forma, as portas à nova temporada, esquecendo-se por momentos a propalada crise financeira. Com ou sem vencedores antecipados, são assim os ralis. E é por isso que gostamos tantos deles…
PS- Um dia destes, por 2009 fora, passarão precisamente 30 anos desde que vi, ao vivo e com lembrança clara, um troço de rali pela primeira vez. Um São Brás/Fontinhas de um Rali BCA de há muito tempo. E vou sempre para a estrada com o mesmo gosto.