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" Por cá o novo Governo de César parece que não soube tirar qualquer
lição do passado recente e já decidiu comprar a fábrica de atum
“Santa Catarina” em S. Jorge. Parece que o Sr. Leovegildo já não
consegue mais pagar às dezenas de funcionárias que lá trabalham e
para estas não irem engrossar os números do desemprego e as
manchetes dos jornais, então vai-se lá comprar a fabriqueta. Refirase
que esta fábrica foi criada pelo Município da Calheta de S. Jorge
com o grande objectivo de criar emprego na naquela Ilha
A Federação Internacional do Atletismo (IAAF), colocou no seu site uma questão que tem vindo a ser alvo de acesas discussões um pouco por toda a parte, e isto após o record do mundo da Maratona, estabelecido por Haile Gebrselassie, em Berlim, em finais de Setembro deste ano, ter atingido as 2 horas, 3 minutos e 59 segundos.
Alguma vez o Homem será capaz de correr uma maratona em menos de duas horas? Esta é a pergunta deixada no ar pelo organismo que supervisiona o Atletismo a nível mundial, sendo curioso de verificar que, (até ao momento) 34% dos utilizadores que participaram na votação, considera que é possível, sim, baixar essa barreira das duas horas e isso antes de ano de 2020.
Maior equilíbrio entre aqueles que acham que o feito, até há pouco tempo inpensável, possa ser alcançado nos próximos 5 anos (quase 27%), contra os 24% a acreditar que só antes de 2050 essa será uma realidade.
Os restantes 15%, a minoria, não acreditam que o Homem possa alguma vez conseguir retirar quatro minutos ao actual recorde do mundo.
Quadro de evolução do recorde masculino da Maratona aqui / Fonte: Atletas.net
Esta foto, capturada no início de Agosto deste ano, tem vários significados especiais. Primeiro porque comprova o meu regresso a uma arena - mesmo que pequena... -, no caso a do tentadero do nosso amigo Humberto Filipe, coisa que não fazia desde que começei a usar óculos (acho que foi no final de 2003...). Em segundo lugar, e informando que o acontecimento retratado é tão só a excursão ao mato para ir buscar os toiros da Guarita - a cuja festa honrosamente associei o meu nome, o que se repetirá em 2009...-, porque o semi-passe em questão, ou os seguintes, me permitiram recordar uma nódoa negra de colhida como um enfeite giro para o restante Verão. E, por último - mas eloquente -, porque a acção contida na imagem era para ser um passe "à maneira" feito por afilhada e padrinho, ao que a minha querida Mónica - afilhada das andanças da "nossa" Tourada dos Estudantes... - reagiu com uma "desmarcação" bem ao jeito da grande #12 que ela tem sido no basquetebol luso! Vamos ter que arranjar uma outra oportunidade para o ano, certo? Bom 2009, "Moniquete"...!
Marilyn Monroe - Andre de Dienes (1913-1985), Tobey Beach, 1949.
(...)
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Ida ao cinema ("Caos Calmo", um filme italiano e que foi o ideal na óptica da descompressão de fim de ano...) e uma volta por este Porto (também) em mutação. Que dizer da Ribeira deserta (tendência dos útimos anos...) ou da "movida" crescente da Rua da Galeria de Paris? Além disso, o facto das temperaturas andarem a oscilar entre os 2 e os 10 graus (em Angra estão mais pelos 13/17...) ajuda a procurar com maior aplicação o calor humano. Seja como for, beber "frescas" na rua é que está a dar...!
Como seria de prever, e mesmo face à sobredosagem calórica destes dias, acabei de "deitar abaixo" uma daquela caixinhas "os meus bombons" da Arcádia. Sem dúvida, e na óptica deste moderado consumidor do produto (e Hersheys à parte...), a fonte dos melhores chocolates que se podem consumir amiúde no Portugal profundo. Isto mesmo depois de deglutidas as delícias habituais de consoada e seguintes, como o bacalhau, o peru, as rabanadas ou a aletria (ops, agora me lembro que nem lhe toquei ontem...temos de corrigir isso!). Pelo que, e sem ligar a enjoos, parece que ainda há qualquer coisa para trincar no pós-Natal...
("Os Contemporâneos" em grande no final do ano...)
Escrevo este texto na manhã do dia da consoada, ou seja na juventude ainda imune de um sol de véspera de Natal, jornada por vez dura e desgastante, não fossem sendo as saborosas tolerâncias ou alguns dias de férias guardados por respeito à época do menino Jesus. Numa breve leitura das semanas pré-natalícias, e sabendo que estas linhas serão apreciadas algumas horas depois de trinchado o peru e de trincada (mais uma…) a fava do bolo-rei, posso sempre desejar (embora tarde) que tenham passado uma boa noite de Natal ou, reportando-me mais ao norte do país - onde me encontro -, que vos saiba bem a roupa-velha, iguaria suprema do dia 25 e que nunca me canso de degustar em grandes quantidades. Mas é do frio tripeiro, se bem que sentido numa época de calorosas hospitalidades, que consigo fazer passar uma mensagem de pleno descanso e de necessitadas férias, às quais a veia criativa de juntar artigos, palavras e predicados até vieram agradecer. Não foi coisa em fartura, mas sempre enviaram um postalito ao conjunto cerebral, do qual começavam a duvidar se voltaria ou não a aglomerar modos com laivos de alguma graça. A ver vamos o que nos reserva 2009.
Quase no final de mais um ano, e este foi de numeração par e com Jogos Olímpicos e tudo, a ideia mais recente que me assalta o pensamento (e este assalto apenas no significado de ideia surtida ou de instância momentânea…) é a da roubalheira descarada em que se transformou este ano velho, com os golpes de teatro sucessivos a fazerem tremer as bolsas (e Bolsas) do planeta ou, em menor escala, a trazerem alarido porta dentro dos pobres portugueses que, ao seu jeito fraterno, até nem iriam descurar as serviçais ajudas que o nosso Estado vai prestando ao grande capital. Enquanto aos “tugas” resta apertar a aba das calças e passar a época festiva com mais 75% do crédito mal parado num consumo que atingiu há muito os limites do inapropriado. Mas falo destas andanças, e longe das diatribes diárias que ocupam as páginas de vários jornais, sem a mínima propensão, ou sequer pachorra…, de analisar o momento financeiro ou a realidade económica da terra de Viriato…que era, como bem sabem, um valoroso guerreiro que os subornados companheiros levaram desta para melhor. Tão só me ataca a bondade saber que há quem se governe com a mediocridade que vai alastrando por esta nossa pátria, se bem que salpicada por épocas de ternura e abraços quentes, como esta que (ainda) se atravessa, enquanto grassa a maior miséria nuns cantos e se espicaçam gambas e ovas por outros, num mundo actual em que o cor-de-rosa das revistas alimenta um esquema de ascensão que, de há muito, deixou para trás a necessidade da eficácia, da seriedade ou sequer da mínima decência. Em tempos de Natal e em alturas de falar bem e bonito com um sorriso à ilharga, apraz-me dizer que se perdeu a vergonha, que já ninguém liga, ou que já poucos se importam com a localização exacta e actual dos bons costumes. E não me levem daqui o texto para um universo de conservadorismo, pois então estamos mal e aposto que não alinham nesta forma assaz graciosa de entender o mundo e as pessoas. Mesmo em tempos de bolos e vinho do porto a chorar pelo cálice, tenho ainda alguma vontade de endireitar (do alto de um texto prosaico…) as andanças e desventuras da multidão. Num dia feriado e depois de uma noite se calhar dormida em sobressalto digestivo, talvez nem seja este o teor desejável para um texto de Natal, ou sequer para uma leitura após um café tardio e um ligeiro enjoo de uma das muitas sobremesas engolipadas na véspera. Na véspera deste mesmo Natal, que já vai a meio e que nos faz recuar à infância e refazer ambições esquecidas ou sonhar de novo viagens nas nuvens de tenras passagens distantes. Sim, porque o Natal, mais do que celebração ou festa, atinge-nos como um tempo de pensar na vida, mesmo que a fazer contas de somar ou subtrair, tal seja a tendência monetária desta nova roupagem que lhe deram. Com bons ou maus fígados, fica daqui o desejo sincero, e talvez ainda entrelaçado por uma conversa pré-Reveillon, de que continuem a passar bem esta altura de desabafos e carinhos. O mundo nem sempre nos oferece o melhor, mas nós tentamos retribuir-lhe da forma (mais) acertada. Bom Natal.
POEMA DE NATAL (Vinicius de Moraes)
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.