Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Moura/Eiró: Made in Açores!

06.10.08, MSA

Ricardo Moura/Sancho Eiró: os novos campeões dos Açores de ralis!

 

Foto: José Luís Garcia /Azoresrallyes.

 

Foi com alegria esfusiante que Ricardo Moura e Sancho Eiró saltaram para o capot do Mitsubishi Lancer EVO9 ao final da tarde de sábado. O sonho tinha-se concretizado e a dupla micaelense era mesmo campeã dos Açores de ralis, após uma prova onde a emoção, dentro e fora da estrada, andou tão depressa como os conjuntos que se abalançavam ao título. O início do rali foi um claro “dejá vu”, com Fernando Peres –tri-campeão em busca do quarto ceptro – a vencer a primeira dos Remédios por claros 5,4 segundos face a Moura. Parecia que histórias recentes se iriam repetir. Primeira passagem na Marques e ambos os EVO9 “Além Mar” a chegarem furados – em dois pneus – ao final do troço. O equilíbrio aparecia, se bem que Peres vencesse o troço por 2,3 segundos, pelo que os 18,2 kms da Lomba da Maia iriam aferir a disposição para o almoço, encerrando a ronda da manhã. Pela primeira vez Moura faz frente a Peres no longo e selectivo troço – um portento de condução e exigência que se despediu das provas micaelenses…mais um, aliás -, empatando os candidatos a campeão à décima de segundo (12:19,7). Metade do rali para trás das costas e 7,7 segundos era a diferença na liderança, com vantagem para Peres. Na segunda passagem pelos Remédios “pequenos” acendia-se novo alento para a disputa e Moura batia o seu chefe-de-fila por 1,4 segundos, descendo a diferença para 6,3. De novo na Marques Peres averba um mau tempo, fruto de um furo numa berma (ou pedra…) mais afoita, hipotecando a vitória na prova e entregando o título a Moura que, não se fazendo rogado, tira cerca de 6 segundos à marca que Peres averbara na passagem anterior, rumando à Lomba da Maia com os objectivos consagrados (e adiantados…): ser campeão açoriano e representar a região no campeonato de Portugal em 2009. Numa época onde a anunciada monotonia nem aqueceu, ganhou a competitividade da competição com um (mais um…) projecto estruturado, consagrando um piloto talentoso que, realce-se, chegou às marcas, até agora inatingíveis, com que Peres “tabelara” as classificativas micaelenses ao nível do agrupamento de Produção. Parabéns, Ricardo!
Na luta pelo mais baixo do pódio eram vários os candidatos, mas a faixa acabou conquistada pelo rápido Pedro Câmara que, ao volante de um EVO8 da “Peres Competições”, conseguiu marcas de grande nível, exibindo uma toada exuberante mas eficaz. Câmara logrou bater Ricardo Carmo, piloto que assegurou o terceiro lugar no campeonato e que, após uma prova muito regular, perdeu tempo precioso no último troço, para onde entrara a 1,3s do seu concorrente directo. A fechar o Top-5 ficou um surpreendente José Câmara, com um já cansado EVO6, que beneficiou directamente das prestações menos conseguidas de Rui Moniz, novamente azarado quando rodava a bom ritmo, Rui Torres, uma vez mais a não terminar, Pedro Vale, cuja estreia do novo EVO7 acabou com a caixa encravada, e Marco Martins, de todo sem sorte com o EVO8 alugado ao vencedor do rali. Em sexto terminou um pouco inspirado Paulo Rego, que não teve um bom dia com o possante EVO9, batendo ainda assim o melhor da F3, Sérgio Silva, que lucrou logo na 2ºPE com um furo e consequente paragem do Saxo S1600 de Carlos Costa, pois também nunca teve o 206 nas melhores condições. Atrás dele Abel Carreiro foi rei e senhor na F2, terminando adiante do seguro Bruno Amaral, a confirmar o vice-campeonato até 1600c.c., e de Olavo Esteves (ver caixa) que fez o seu melhor rali de sempre na terra.
Depois destes nota para o atraso de Carlos Costa, que ainda foi 11º, para nova boa exibição de Carla Rosado, imparável nas senhoras, e para a vitória de Raquel Rodrigues nos Diesel, após as desistências de Ricardo e Paulo Pereira com os restantes Skoda Fabia. Uma prova emotiva, com luta constante quase até final, e que encerrou uma temporada onde as más previsões foram caindo rali a rali, fruto da rotação de vencedores e vencidos que propiciou um terminar de época em alta. Até 2009!
 
 
 
Olavo/ Ricardo Bi-campeões!
 
 
Foi com grande emoção que Olavo Esteves dedicou novo título a quatro mulheres especiais “a mão, a mulher e as duas filhas”, no culminar de uma época onde o piloto da Praia da Vitória apostou novamente na regularidade e na fiabilidade do Renault Clio, e na qual alcançou novo título ao nível da Formula 2. A prova da Lagoa foi dominada pela dupla Abel Carreiro/Carlos Cassis, que estiveram intratáveis com o Fiat Punto que, desta feita, não lhes deu problemas, vencendo naturalmente a categoria. Segundo desde início, onde surpreendeu ao rodar na frente do veterano Fernando Amaral, Olavo acabou por garantir o título, também mercê do abandono do piloto do Clio cinzento – que teve uma violenta saída durante uma ligação, devido a problemas de caixa -, se bem que o praiense tenha feito excelentes tempos desde cedo. Num ano em que Amaral encerrou a longa carreira (37 anos de ralis ao sessenta de idade!), e com o terceirense a anunciar uma época de interregno, assim como promete Abel Carreiro uma paragem ou mesmo o abandono, salvam-se os novos projectos que parecem surgir para a Formula 2 em 2009. Para já é tempo dos bi-campeões festejarem…
 
 
 
VSH: Título para Paulo Santos
 
 
Paulo Santos e Carlos Medeiros confirmaram o excelente andamento, evidenciado ao longo da temporada, com a vitória na prova final e que lhes deu também o título de campeões regionais em 2008. A corrida lagoense foi inicialmente dominada pelo impressionante Paulo Maciel, que liderou até desistir na Lomba da Maia, ficando a dupla do 309 GTI sozinha na frente e a resistir à réplica que um pouco afortunado Bruno Tavares, que desistiria na última PE, tentou dar. Assim, e no final dos seis troços, seria Sandro Andrade o segundo da tabela, na frente do Lancia de Filipe Tavares. Pelo caminho, e para além do infeliz Bruno Tavares, ficou também Marco Sousa, o terceirense que veio à Lagoa tentar defender a liderança da tabela conquistada com a vitória no Lilás, conseguindo ainda assim que o seu navegador Miguel bendito fosse vice-campeão, fazendo companhia ao veterano piloto José Patrício que foi o segundo na classificação do campeonato. Também sem sorte esteve Marco Medeiros, que desistiria a poucos metros do Fiat Uno Turbo da equipa de Angra, deitando por terra também a esperança de ser campeão.

Classificação Geral Final CRA / CRRA

Rali da Lagoa: Peres vs. Moura!

03.10.08, MSA

Fernando Peres ou Ricardo Moura: um deles vai ser campeão açoriano 2008 amanhã...

 

-Miguel de Sousa Azevedo - "a UNIÃO" (Texto e foto)

Fernando Peres ou Ricardo Moura? Esta é a grande dúvida que se põe à partida para a derradeira prova do primeiro Campeonato dos Açores de Ralis no tocante ao nome do próximo campeão, sendo que os homens do “Team Além Mar” somam ambos 55 pontos e têm, também ambos, de bater o companheiro de equipa para chegar ao título. Uma luta que animará as estradas micaelenses e que será disputada num rali de figurino quase idêntico ao de 2007, onde se adivinha uma entrega absoluta do veterano piloto portuense, que persegue o quarto título na região, e o bem mais jovem micaelense, que este ano se estreou – com dose dupla – a vencer ralis à geral. Em termos absolutos a luta deve polarizar todas as atenções, se bem que ainda faltem atribuir os títulos da Formula 2 e dos VSH (ver caixas). Depois dos inalcançáveis homens dos Lancer EVO9 azuis, e ressalvando-se que dez (!) das 25 equipas da prova principal tripulam o modelo nipónico em diferentes evoluções, a curiosidade reside na luta particular entre Rui Torres, Ricardo Carmo, Pedro Câmara e Rui Moniz, com a surpresa a poder vir de Pedro Vale. De regresso está Paulo Rego, assim como a ex-campeã Carla Rosado, que este ano entregou a faixa a Raquel Rodrigues. Ao nível da Formula 3 Carlos Costa está de título ao peito, esperando-se que Sérgio Silva evolua sem problemas, assim como bons tempos das revelações Bruno Amaral e Henrique Moniz. Seis troços e pouco mais de 80 quilómetros ao cronómetro apresentarão diversas dificuldades (especialmente os pisos de algumas partes do percurso) à caravana, se bem que as (poucas) alterações introduzidas se justifiquem apenas em nome da diversidade. Uma prova com contornos decisivos e quando pouco se sabe dos cenários para 2009, mas onde os azares de uns ao menos permitiram ter disputas aguerridas até ao final da temporada, uma perspectiva pouco anunciada aqui há uns meses atrás…
A cerimónia de apresentação pública das equipas concorrentes, marcada para esta noite (a partir das 21h30), acaba por ser a novidade principal do evento. Terá lugar na Praça Senhora da Graça, em plena Vila da Lagoa, sendo os pilotos e navegadores das 36 equipas apresentados em ordem inversa à numeração, e havendo depois animação a cargo do grupo musical “Nova Geração”. Os dados estão lançados e que vençam os melhores no Rali da Lagoa’2008!

1ª ETAPA/1ª SECÇÃO


Parque de Assistência Kms 10h41m
1ª PE Remédios/Água de Pau 1 7,45 11h19m
2ª PE Marques 1 14,84 11h40m
3ª PE Lomba Maia/Achada Furnas 1 18,20 12h43m
Parque de Assistência 14h08m

1ª ETAPA/2ª SECÇÃO


4ª PE Remédios/Água de Pau 2 7,45 14h56m
5ª PE Marques 2 14,84 15h17m
6ª PE Lomba Maia/Achada Furnas 2 18,20 16h20m
Parque de Assistência 17h30m

Chegada Praça Sra. da Graça –Lagoa (18h00m)



Olavo e Fernando lutam na F2

Será uma disputa a dois (ver hipóteses) a que vai atribuir o título da Taça Regional que faz correr os Formula 2 entre nós. Obrigado pelos novos regulamentos a desperdiçar o pior resultado, Olavo Esteves arranca para a última prova em igualdade pontual com o veterano Fernando Amaral, sendo que uma prova em terra e corrida em São Miguel bem serve as perspectivas do experiente piloto do Clio cinzento para mais um título, mesmo se o homem da Praia da Vitória promete lutar até final pelo bi-campeonato. Na frente, e como de costume, deve andar Abel Carreiro, o que tem sido regra em 2008…até o Fiat Punto avariar…


Piloto                Pon. 1º 2º 3º
Olavo Esteves    (53) 57 56 55
Fernando Amaral (48) 58 57 56



VSH: Marco Sousa parte na frente…

As fileiras dos não-homologados fazem antever uma prova muito interessante na Lagoa, com cinco pilotos em condições de chegar ao título regional. Marco Sousa parte na frente e depende apenas de si próprio (ver hipóteses), sendo de adivinhar naturais dificuldades para o terceirense em estreia nas difíceis classificativas micaelenses. A fazer-lhe sombra estará o rápido Paulo Santos, que já venceu duas vezes este ano, assim como o regular Marco Medeiros, com José Patrício “à espreita” e Sandro Andrade esperançado numa hecatombe entre os da frente da tabela. Para a luta pela vitória no rali, Paulo Maciel é, notoriamente, o valor mais consistente, sem bem que o ainda vice-campeão Bruno Tavares seja um nome a ter em conta.

VSH                 Pon. 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º
Marco Sousa     (58) 82 78 75 73 72 71 70
Marco Medeiros (51) 75 71 68 66 65 64 63
José Patrício     (50) 74 70 67 65 64 63 62
Paulo Santos     (48) 72 68 65 63 62 61 60
Sandro Andrade (34) 58 54 51 49 48 47 46



Ex-Campeões apostam (ou preferem…) Moura!

Horácio Franco e Gustavo Louro foram os campeões que antecederam a chegada de Fernando Peres aos ralis açorianos. O veterano piloto micaelense (oito vezes campeão) e o rápido terceirense (com seis títulos conquistados), afinam pelo mesmo diapasão nas apostas para este Rali da Lagoa, mesmo se os seus desejos revelam uma vontade também pessoal. Referindo ambos que gostariam de ver Ricardo Moura vencer o rali e sagrar-se campeão dos Açores em 2008, Horácio e Gustavo assumem posturas diversas nas perspectivas sobre a prova. O primeiro afirma claramente que “a vinda de Peres para os Açores foi uma obra de lobbies e assente em vinganças pessoais” e que acabou por “deturpar uma excelente iniciativa governamental, que consistiu em apoiar o campeão açoriano para correr o nacional de ralis”, apoio actualmente à disposição do homem do Porto. Recordando a edição de 2007 desta mesma prova, Horácio critica a “falta de respeito de Peres pelo seu navegador, ao fazer o rali com uma “boneca insuflável” a seu lado (n.r.-Fernando Peres correu acompanhado do “patrão” da FTE, Costa Martins), o que não o impediu de ganhar o rali e de bater recordes”, pelo que sendo a estrutura do rali “praticamente igual este ano, faz adivinhar dificuldades acrescidas para o Ricardo, mas acredito que ele vai lutar com todo o seu talento”, afirma o semi-retirado piloto. Gustavo Louro é mais brando e aponta uma vitória “de um piloto açoriano como vantajosa para a região e que poderá permitir voltar a ver as nossas cores defendidas por alguém de cá no nacional”, pelo que o terceirense espera que “com condições muito semelhantes, e em igualdade de circunstâncias, o Ricardo ganhe o rali”, diz o piloto de Angra.
Refira-se como curiosidade que Gustavo Louro foi o último Campeão regional absoluto, em 2003, sendo também, no ano seguinte, o primeiro Campeão de ralis dos Açores, numa altura em que as regras passaram a permitir a conquista de títulos a equipas de fora da região, o que não aconteceu, por exemplo, aos seus navegadores vitoriosos em 2002 (Filipe Fernandes) e 2003 (José Janela), mas estes ainda ao abrigo da regulamentação anterior…

 


A partir desta tarde a animação dos ralis em São Miguel...

 

Lista de Inscritos  /  Tempos online  /  Cobertura Antena 1-Açores (emissão online)


 

"À Descoberta dos Açores" em jogo.

02.10.08, MSA

Aspecto geral do jogo apresentado ontem, em Angra...

 

Foi apresentado ontem à tarde, em Angra do Heroísmo, o jogo didáctico “À Descoberta dos Açores”, o primeiro produto do género na região, a cargo da empresa “Ideias Globais”, e uma iniciativa de dois jovens terceirenses que se inicia agora com a comercialização de um jogo que “pretende dar a conhecer os Açores, primeiro aos açorianos, mas também a quem nos visita”, referiram os responsáveis pela ideia, ao início desta tarde.
 
Foi na “Loja do Adriano”, primeiro ponto de comercialização do novo produto, que Hugo Salvador e Luís Carneiro deram a conhecer o jogo, um projecto “que levou cerca de um ano e meio a conceber, sendo que a nossa firma existe há seis meses”, especificaram. A aposta feita na qualidade “quer de materiais, quer de conteúdos foi uma prioridade”, disse Hugo Salvador, que realçou a colaboração de três historiadores na concepção das perguntas do jogo “Maduro Dias (Terceira), João Paulo Constância (São Miguel) e José Mendonça (restantes ilhas)”, informou.
 
O produto, concebido graficamente por um designer local, consiste então num tradicional jogo de tabuleiro, para 2 a 5 jogadores, que avançam ao ritmo de perguntas “sobre as ilhas, e com as quais é possível ir aprendendo factos da nossa história, da nossa cultura, assim como da geografia ou sobre as tradições açorianas”, explicou Luís Carneiro, referindo que o jogo tem “50 cartas, com 10 perguntas cada uma, sendo uma delas referente a cada uma das nove ilhas com mais uma pergunta –joker- que corresponde a uma resposta certa relativamente a qualquer ilha”. “Trata-se de um jogo apelativo e multi-geracional, que pretende estabelecer relações dinâmicas e a partilha de conhecimentos em diversos nichos da sociedade”, explicou ainda Hugo Salvador
 
Hugo Salvador e Luís Carneiro (Ideias Globais), com Maduro Dias...
 
Maduro Dias, conhecido historiador e colaborador do projecto, enalteceu o jogo como “um exemplo de criatividade, utilizando funcionalidades que, nos Açores, muito se apreciam mas pouco se usam”, numa referência clara à carência actual de produtos do género. Realçou ainda as preocupações “qualitativas de um produto agradável e lúdico, que tem pormenores de concepção ao melhor nível do que se faz neste campo em qualquer parte do mundo”, disse.
 
“À Descoberta dos Açores” teve uma edição inicial de 3040 exemplares, sendo para já apenas vendido na “Loja do Adriano”, mas estando prevista a sua distribuição por todo o arquipélago. Para Dezembro está já em estudo a produção de uma edição bilingue (português/inglês), tendo em vista “não só os turistas que visitam o arquipélago, como também a vasta comunidade emigrante, nomeadamente a segunda geração que teria mais dificuldades em apreender um produto só em português”, explicaram os criadores da ideia.

(porto das pipas PRESS)

100 anos de Ford T.

01.10.08, MSA

O anúncio da genial criação de Henry Ford...

Henry Ford não inventou a máquina, mas criou o conceito: um automóvel com preço suficientemente acessível para que qualquer americano pudesse comprá-lo. Uma revolução na indústria dos transportes e nos estilos de vida.
A 1 de Outubro de 1908 foi lançado o primeiro Model T. A publicidade da época prometia qualidade elevada a preço baixo para o carro das massas: quatro cilindros, 20 cv, veículo de turismo com cinco lugares, 850 dólares. A velocidade máxima era de cerca de 70 km/h e o peso de cerca de 550 quilos, com consumos de 11 a 18 litros por 100 quilómetros. Tinha o volante à esquerda, uma característica imitada depois pela maioria dos outros fabricantes.

Nos 19 anos seguintes, até 1927, Ford produziu 15 milhões de Model T. Foi o modelo de maior longevidade na história da indústria automóvel, à excepção do Volkswagen Carocha.

 

Pese embora a frase lendária do industrial - Podem pintá-lo da cor que quiserem, desde que seja preto - a verdade é que o Model T original existia em várias cores, e só entre 1914 e 1926 foi exclusivamente preto. Isto porque a tinta preta secava mais rapidamente, e portanto reduzia o tempo e os custos de produção.

Foi o primeiro automóvel de produção em série, contando com alguns dos actuais requisitos para a produção de automóveis: peças de substituição e um preço de aquisição baixos.

A visão de Ford ia muito além do produto. Foi o introdutor do sistema de linha de montagem
, a partir de 1913, e melhorou as condições de vida dos trabalhadores da sua fábrica, aumentando os salários e reduzindo o horário de trabalho. Para além de conseguir aumentar a eficiência dos trabalhadores, estes passaram a ter meios para poderem, eles mesmos, comprar o Model-T.

Em 1999, o Ford Model T foi nomeado o "Automóvel do Sèculo" por um painel de 133 jornalistas e especialistas, que elegeram o "Tin Lizzie" de entre 700 modelos em concurso.

 

in "Notícias do Sapo"


 

(de)Formação "Magalhães"...

01.10.08, MSA

Fotos (do Timmy)...

01.10.08, MSA

"Étranger", e mais uma imagem para ficar...

 

Tenho, felizmente, vários amigos que dão cartas nos diversos campos da produção artística. Entre as muitas áreas visadas a Fotografia e a Música são as que se me deparam como mais misteriosas, até porque o desafio constante nelas aparece, - e isto é mais uma opinião pessoal -, com mais frequência. Um deles, o Timmy, junta a capacidade de emanar sons coerentes da sua guitarra, com o gosto de captar instantâneos de belo efeito acompanhado da máquina fotográfica. E que agora decidiu partilhar ...


 

Vamos "imbiora"!... (crónica)

01.10.08, MSA

O Luís e a filha Maria, cantando temas de "Empty Space"...

 

(na passada quinta-feira escrevi neste espaço – onde diariamente vou dando largas à necessidade de expandir ideias… - o seguinte texto, que desde logo pensei fosse ter seguimento…)

Amanhã à noite o Auditório do Ramo Grande recebe um acontecimento de luxo no que à música açoriana diz respeito.
Luís Gil Bettencourt, um filho da terra e um músico de eleição, responsável maior pelo “boom” qualitativo que a vivência musical desta ilha teve nos últimos vinte e tal anos, vai juntar amigos e traçar uma retrospectiva, “dentro do possível”, pelo que me disse, - acrescentando que “pretendia era fazer assim uma brincadeira com o pessoal todo…” -, da sua já longa carreira. Embora ainda hoje não assuma tê-la…
A crer nas suas palavras (D.I. revista do passado dia 14) há um claro lamento pelo actual estado das coisas, que eu interpreto pessoalmente como uma decepção na capacidade das pessoas se reinventarem por estas bandas, sendo tão abertas a elogiar os de fora, como fechadas a renovar o seu próprio “guarda-roupa”, enquanto miram – sob a capa eterna do ilhéu melancólico…- o próprio umbigo.
Já nem tenho a certeza das primeiras vezes que falei com o Luís, grande amigo do meu Tio António – possivelmente a pessoa de família com quem melhor me entendo nestas coisas dos sentidos e criações… -, mas recordo uma viagem às Flores, com o seu “Cantinho da Terceira”, onde tive o prazer de conhecer um conjunto de pessoas, liderados naturalmente e sem ofensas por ele mesmo, que me permitiram – também – passar a olhar algumas coisas sob outros prismas, sendo que o simples artefacto de criar e partilhar foi uma delas. Mais do que a faceta conhecida de músico e de mentor de diversas manifestações culturais desta(s) nossa(s) terra(s), penso sempre que o Luís se desgostou com a aceitação “de pé atrás” com que muitos brindaram a lufada de ar fresco que, em plena década de 80 e com estes Açores em mudanças e desvios, então trazia dos “States”. Assim como muita gente nunca entendeu o seu espírito triunfalista e empreendedor como uma chama acesa em prol de uma causa, e não como bandeira de vaidade ou mau feitio (coisa que ele até tem…). Em termos musicais propriamente dito, e referindo que só falo sob a perspectiva do meu gosto e do que sinto a presenciar as coisas, apenas adianto que conheço pouca gente que “respire” a sua arte como o Luís o faz. Quer seja num Auditório sumptuoso e com grandes meios técnicos, quer seja numa pequena festa organizada por amor à música, quer seja numa reunião de café/bar/pub das nossas memórias, onde toca sempre a roçar o raiar do sol, como se daquela dose de notas e acordes lhe dependesse o dia seguinte. E, se calhar, depende mesmo. Pelo que não vamos faltar à “retrospectiva”. Um abraço, Luís, e parabéns pela carreira…ou-como-lhe-queiras-chamar.

(Já depois de uma agradável noite, em boa(s) companhia(s) e com um ambiente musical à flor da pele, era inevitável “completar” a mão…)

Sala cheia, na passada sexta-feira, para os lados do Ramo Grande. O motivo era comum a todos e consistia em ver, numa sala que muito lhe diz ao coração, Luís Bettencourt traçando o rumo de muitos anos de devoção e entrega à música, no “tal” género de carreira que insiste em não ter tido, mas que toda aquela gente esteve lá a confirmar. A entrada em cena, com brinde colectivo e tudo, rumou a uma passagem por temas que iniciaram (nos “Sombras”) Luís Bettencourt no mundo dos palcos e concertos, virando-se depois o espectáculo para várias composições em que a versatilidade do (também) autor esteve bem patente, salientando-se a interpretação, juntamente com a sua talentosa filha Maria, de músicas do álbum “Empty Space” (felizmente reeditado e agora disponível em CD), gravado a meio da década de oitenta com a orquestra da Gulbenkian, e depois do regresso do Estado Unidos. Mesmo faltando o delicioso “Searching”, que bom foi ouvir o mítico “Dreams” (quem não se lembra do clip à beira-mar e água dentro?…) que a plateia aplaudiu aos primeiros acordes. Interessante o dueto com Ilídio Gomes e depois a fulgurante actuação com o “mestre” Carlinhos Medeiros, a recordar os tempos saudosos do “Cantinho da Terceira”. Sintomática a entrega de lembranças aos “sonoplastas” de outros tempos e sempre uma interacção viva e franca do músico com o seu público, os seus amigos, as testemunhas presentes de que a vida que levou, em acordes e discórdias, em arranjos e projectos, está no coração de quem bateu palmas com vontade de ouvir ainda mais. Como depois permitiu, em mais uma portentosa actuação com a “Ynot Band”, sem dúvida um grupo de talentos firmados, onde a voz de Tony Silveira faz lembrar outras paragens musicais. Em suma foi uma noite onde as notas fluíram e a cumplicidade do Luís com todos nós foi real. Como real é esta obra que vai deixando em plena execução de difíceis passagens de guitarra…Bem hajas!

 

Talvez nem tanto, mas...

01.10.08, MSA

Pág. 4/4