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PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

PORTO DAS PIPAS

miguel sousa azevedo - terceira - açores

Sobre a "crise"...

23.10.08, MSA

Diz que há p'raí uma crise. Sem ser a de valores, que já vinha de trás, não é coisa sobre a qual me empenhe muito a escrever ou sequer a falar. E depois é só conceitos de negócios com a banca, e levanta a taxa e baixa o postigo...e não é para mim. Por isso, deixo a temática para quem sabe (ou quer) falar sobre ela...:

 

-Nos "Dias Úteis"...

 

-Respirando ...

 

-No Jumento (várias coisas)...

 

-Espirrando ...

 

-Video no "Vida das Coisas" (mais para relaxar)...

 

-Na "Boca do Inferno", do Ricardo Araújo Pereira (Visão)...

 

-No "D.I. " (Rui Messias)...


 

 

 

Respirando o Porto...

23.10.08, MSA

"P'ra te levar ao concerto que havia no Rivoli..."

De temática quase completamente portuense, descobri neste blogue de Ricardo Coelho as vivências e opiniões de um cidadão atento e apaixonado pela cidade invicta. Sendo que tive a felicidade de, durante um ano e meio, não só viver no centro do Porto como trabalhar dentro da sua zona histórica, consigo identificar-me com muitos daqueles cantos e pormenores que vai descrevendo, criticando, observando e por aí fora. É que, como as grande paixões, também este Porto está em constante mutação...

 

PS-Passando por brincadeira, e percebendo perfeitamente o título do blogue em causa, acrescento que preferia "O Azul e o Cinzento"...ou mesmo "...e o Branco"...


 

Tauromaquia: Carlos João Ávila.

22.10.08, MSA

Paradigma.

21.10.08, MSA

Factos:

 

-Em 2004 estavam inscritos 189 674 eleitores nos Açores. Votaram 105 567.

 

-Em 2004 elegiam-se 52 deputados para a Assembleia Regional.

 

-Em 2008 estavam inscritos 192 956 eleitores nos Açores. Votaram 90 221.

 

-Em 2008 elegeram-se 57 deputados para a Assembleia Regional.

 

Conclusão:

 

-É melhor ser deputado do que "ser açoriano"...


 

Os votos-pela-metade... (crónica)

21.10.08, MSA

O quadro final da votação de Domingo...

 

Os resultados decorrentes das eleições de domingo foram claros e esclarecedores. Pelo que acho importante interpretar também a vontade dos açorianos quando mais de 50% dos mesmos não se incomodou sequer a sair de casa, sendo que, desses milhares, acredito que muitos se continuem a queixar disto e daquilo na legislatura que se avizinha. Ou seja, e numa leitura muito breve e localizada da questão, cerca de metade das pessoas destas ilhas simplesmente se demitiu da única forma de participação consagrada pela democracia, e isto acreditando que todos os candidatos pela diferentes forças partidárias foram assegurar a cruzinha no boletim que lhes era destinado. Para além do desperdício de papel que a maioria desses boletins contabiliza, tal assegura – a meu ver – que é um desperdício de direitos ter o poder de votar e não o fazer, pelo que as próximas queixas ou resmunguices que ouvir daqui em diante serão logo recebidas com um “mas tu foste votar?...”.
A vitória do PS de Carlos César - ou será a vitória de Carlos César pelo PS?... – foi inequívoca, se bem que perdendo alguns milhares de votos relativamente ao último acto eleitoral, o que não deixará de permitir uma leitura interna que, no seguimento do que vem sendo feito, resultará em iniciar ainda mais cedo a actividade eleitoralista para 2012…aí para uns três anos antes. Mas, e passe a graça de se continuar a falar em participação da sociedade civil ou em açorianos com uma espécie endémica que se diferencia do restante mundo, apenas antevejo que, cada vez mais, o reconhecimento dado aos cidadãos destas ilhas se fará pelo cartão, pela simpatia partidária ou mesmo pela total abnegação de dar viva voz às suas ideias e opiniões. É um igualar das gentes que me assusta verdadeiramente, e não será o facto da quarta parte dos açorianos – sim, que é uma questão de se fazerem as contas… - concordar com tal postura que me faz deixar de pensar pela minha cabeça.
O resultado do PSD foi medíocre, se bem que ao nível do espectro parlamentar as coisas tenham ficado quase na mesma, mas aí a realidade só será comprovada quando se aferir que a anunciada nova pluralidade do hemiciclo se vai resumir a ter lá mais gente e de diferentes facções, apenas isso. O score laranja retumbou na perda de um bastião como São Jorge ou em descidas perigosas no Pico e na Graciosa, sendo preocupante o esvaziamento de poderio em concelhos onde, daqui por um ano e pouco, alguns dos candidatos de agora se poderão apresentar ao eleitorado. Realço, também pela proximidade e pela partilha, a resistência e a entrega do candidato Costa Neves que, acredito, tinha uma análise feita com uns francos meses de avanço.
De destacar foi a performance do CDS (cada vez menos PP…) de Artur Lima, que conseguiu alargar horizontes e fixar-se como uma força a ter em conta para próximos desafios. Mas, e repito a ideia de há umas linhas atrás, a realidade parlamentar vai ser um “furo” de discussões e um “encher” de mais tapetes à governação. Os populares, perdão…centristas, ultrapassaram as expectativas, se bem que deve ter havido quem acreditasse que o líder Portas era candidato pela “tal coisa” da compensação, tão longas foram as suas incursões atlânticas nas últimas semanas.
Palavras ainda para os restantes partidos, com o realce natural a ir para o Bloco de Esquerda e para o gosto que será ver Zuraida Soares falar no parlamento – mesmo se não poderá alentar muito mais que isso… -, contando-se ainda como positivo o regresso dos comunistas à discussão (e tão só…) dos destinos da região, assim como não se poderá deixar de referir a actuação de Paulo Estêvão durante a campanha, se bem que o seu PPM seja um mundo de incoerências, com o ponto positivo a ir somente para o número de votos obtidos na ilha mais pequena do arquipélago.
Para mim, que resido na Terceira e tendo já percebido que a secundarização dos nossos anseios a nível regional é para engolir e esperar por mais, antevejo vida fácil para os locais representantes eleitos pelo partido do poder, se bem que possa mesmo ser a segunda metade da lista a efectivar tal função, afinal as obras de monta anunciadas em 2004 estão na mesma, pelo que haverá tempo de sobra agora para as (re)anunciar, publicitar e elogiar… 
 
PS- No passado sábado senti, pela primeira vez na pele, o incómodo da falta de água na Terceira. Um drama que parece não ter fim à vista. Foi no Porto Martins, concretamente na parte da freguesia que é abastecida por água de Angra, um bem – sublinhe-se – que sei ser de elevada qualidade, mas que vai pecando (apenas) pela escassez. Seja como for é sempre um gosto reviver memórias de infância, nomeadamente a passagem do “aguadeiro” lá por casa para cortar a água ao final da tarde. O pior é que isso se passava lá para o início dos anos 80…e eu, entretanto, também já estou mais velho…

 

Score.

20.10.08, MSA

Partido   Votos % Mandatos
PS 45.070 30
PPD/PSD 27.309 18
CDS-PP 7.853 5
PCP-PEV 2.831 1
B.E. 2.976 2
MPT 684  
PPM 424 1
PDA 619  

Ney Matogrosso.

17.10.08, MSA

"Inclassificáveis" é, de facto, um espectáculo de altíssimo nível...

 

Brutal e intenso. Ontem, no Centro Cultural de Angra...

 

Aos 67 anos, o homem da Rosa de Hiroshima cativou e deu brilho ao auditório maior da nossa cidade. Uma marca de qualidade e brilhantismo, antítese clara de escolhas recentes para popularices bolachudas. Foi um concerto de recordar, onde a excelência dos músicos (e coros) se juntou ao magnetismo, à provocação e à forma intimidante de actuar do veterano artista. Voz notável, presença em máximo e novas roupagens (actuais, sampladas e bem trabalhadas) de alguns dos seus temas de eleição. Faltaram a Balada do Louco e a Rosa (de Hiroshima, claro)...


 

Perda.

17.10.08, MSA

Numa altura "quente" da região, a Terceira perdeu um elemento de vulto, amigo dos seus amigos, e sempre pronto para uma brincadeira ou uma palavra amável.

 

Que descanse em paz o Carlos Corvelo.


 

A respeito de sondagens (nos EUA)...

17.10.08, MSA

1976 - no final do Verão, as sondagens davam 62% a Carter e 30% a Ford. Carter venceu mesmo, mas com 58.1% dos votos contra 48% de Ford.

1980 - Já em Novembro, as sondagens davam 44% Carter, 41% Reagan. Ganhou Reagan com 50.7%, contra 41%.

1988 - Neste caso ainda em Maio, Dukakis 49%, Bush 39%. Bush venceu com 53.4% contra 45.6%.

1992 - Em Junho, o candidato independente Ross Perot tinha 37% nas sondagens contra 24% de Bush e Clinton. Clinton venceu com 43%, Bush teve 37.4% e Perot 18.9%.

2000 - Setembro, Gore 49% GW Bush 39%. Bush ganhou com 47.9% contra 48.4% de Gore.


Retirado (já sequinho e dobrado) da "Máquina de Lavar".

Outros tempos...

17.10.08, MSA

Em Abril de 1996 iniciei uma inesperada carreira jornalística que teve, nesse ano, como ponto alto a cobertura das Legislativas regionais, tarefa que desempenhei, em directo para o Rádio Clube de Angra, da sede do PS em Angra do Heroísmo. Ao longo dos meses que antecederam o acto eleitoral fui-me apercebendo do desgaste enorme que o governo laranja, em fim de ciclo, apresentava em várias frentes. Em termos práticos senti-o na dificuldade que era contactar alguns responsáveis pelo executivo para simples auscultações, uns deles em funções a poucos metros da estação onde dava voz às notícias. Doze anos depois as coisas são diferentes. O mediatismo tomou conta da opinião pública e, ao nível do poder açoriano, tudo é anunciado e publicitado com laivos de grande obra e decisão, sendo por vezes até demasiado fácil chegar à palavra com os homens e mulheres da tutela. Mas essa diferença tem agora um preço e que se vai pautando pela uniformidade exigida de gosto e género no que à coisa pública diz respeito: assim uma realidade do tipo “se és por mim (nós) serves, se não és há fortes possibilidades de te anularem”.

E é isso que sinto e vejo diariamente: muita gente anulada por simpatia e tanta outra a subir desmesuradamente na gestão de efectivos…por mor de um cartão ou de uma bênção…