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ontem
domingo do porto (biscoitos)
hoje
segunda-feira de são carlos
amanhã escrevo...
-Falta de água na Lagoa artificial do Cabrito...
-Medidas governamentais para a falta de água à lavoura na Terceira...
- Visita de Álamo Meneses às obras da Escola Ferreira Drummond...
-Base das Lajes pode ser comando da AFRICOM...
-Entrevista de Costa Neves ao "Expresso"...
-Força Aérea desconhece intenção de aumentar placa de estacionamento (Lajes)...
-Novo estatuto dos Açores aprovado por unanimidade...
-"Somos nove Açores" (Luiz Fagundes Duarte)...
-Água e Informação - na Terceira (José Lourenço/DI)...
A emoção da despedida das arenas de Rogério Silva, a tradição do Touril no Porto Martins e a antevisão da prova de praticante do "Joãozinho" Pamplona. Mais um bom trabalho do Francisco Faria e da restante equipa...
Os problemas recentes (e passados) da secção de Basquetebol do Sport Clube Lusitânia estarão hoje em foco, pelas 18h45, no programa "Estação de Serviço" da RTP-Açores. Em estúdio marcará presença João Orlando, membro da actual comissão executiva que vem gerindo (ou tentando...) a fase crítica e bastante greve do emblema verde-e-branco. O programa é aberto a intervenções telefónicas do público, pelo que poderá ser uma oportunidade para ver esclarecidas algumas dúvidas. Espero, sinceramente, que um dos intervenientes não seja o Sr. Empresário-de-obras-públicas que ontem, em pleno noticiário desportivo da Antena-1, comprovou bem a sua educação e sabedoria verbal. Foi um regalo ouví-lo...pobre Lusitânia.
"O Governo dos Açores interditou o exercício da caça em todas as ilhas a 19 de Outubro, dia de eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma.
Amanhã à noite o Auditório do Ramo Grande recebe um acontecimento de luxo no que à música açoriana diz respeito.
As hostes açorianas, desinteressadas ou não, não vão passando propriamente ao lado da pré-campanha para as eleições de 19 de Outubro. Isto mesmo se considerarmos que a mesma, a nível meramente tutelar, começou já vai para uns bons meses, dando-se agora as últimas pinceladas, deixando fechadas as portas dos anexos ainda em desarrumo, mas inaugurando fachadas e sorrisos, com anúncios pródigos de que passado recente e futuro são realidades tão felizes que nem se conseguem suster as lágrimas de alegria face ao generalizado contento das ilhas de bruma…que até esse epíteto prometem perder a breve trecho. Pelo que poderia este texto ser um acérrimo ataque à forma habilidosa (e, certamente, competente…) com que se torneiam e volteiam os nossos dirigentes na ânsia das maiorias e na caça incessante do voto (secreto…pelo menos o meu é…). Já o foi assim no passado, no presente nem se fala, e o futuro afigura-se ainda mais assente no mediatismo em detrimento da frontalidade. Afigurar-se-ia pois relativamente simples traçar uma panorâmica da realidade açoriana nos tempos que correm, isto meramente versando a coisa pública, à qual se anexam (e cada vez mais…) todos os sectores da sociedade, afinal os longos braços do poder alcançaram toda a porta aberta em jeito de agremiação tendo, recentemente, chegado mesmo às caixas de correio alheias por meio de uma oferta com doces e água no bico. Que não um bico de obra, pois essa ainda poderá estar longe de concluída, se bem que sempre vulnerável a uma conveniente derrapagem orçamental…
Mas, falando de valores, que a hora é de contas e o tempo custa caro, ponho em causa os da liberdade que esta gente parece desaproveitar, não se expondo à opinião, e sem se dar a conhecer como pensantes independentes, ou – mesmo que sem enfileirar por nenhuma moda – fazendo ver que há coisas boas e coisas más, ao invés de enfiar a cabeça na areia, deixando de bom grado que um afago interesseiro lhes resolva a vida. Pelo menos por agora.
Assim, e talvez por aqui se destrince a corrente do presente texto, considerando-me tão são e atento como a maioria dos meus conterrâneos de ilha e de região, assusta-me um silenciar tão premente das ânsias de cada um e das reais preocupações de cada qual, sendo mais fácil dar por aceite o que se tem do que sequer questioná-lo, num mero exercício de vislumbrar outras saídas e realidades que não o eterno sentar no colo da fortuna governamental. Também por essa via de estados me admira a falta de atenção dada aos factos consensuais e que assentam na perda de muitas das nossas riquezas, no decréscimo da nossa sustentabilidade como região, na queda a pique da dignidade mera e certa na hora de servir o povo e, mais até que isso, na doença de espírito que parece todos contentar, mesmo se pondo para trás das costas a carência dos vizinhos ou o interesse da comunidade. De bem-estar e qualidade de vida temos à vista exemplos de grande sucesso, de pobreza visível e triste crescem também as nuances a olhos vistos, empurrando-se os restantes (uns aos outros…) na vontade de fugir do leito médio. O tal que se vai apagando e que deixa de ter braços e forças para nadar. E nem sequer me fiz ao mar, outra das tais riquezas que, dentro em breve, de tão deturpada e desconhecida, nos deixará como factor de identidade. Como aliás nos foge a nossa história, a passos largos, para debaixo do tapete…
Partiu hoje o escritor dos mares e da baleação...
«…Todos somos baleeiros
Tanto os que vão balear
Como os que, ficam em terra
De olhos pregados no mar…»
“Dias de Melo, escritor, homem solidário, solitário e fraterno, viciado na escrita e no cachimbo, picaroto da Calheta de Nesquim , baleeiro da literatura açoriana. Dias de Melo vive no Alto da Rocha do Canto da Baía, fez da ilha do Pico e dos picarotos a matéria prima dos 27 livros que até à data publicou, em diversos registos e diversificados géneros literários: a poesia, a narrativa, o conto, a novela, o romance, a crónica (e dentro desta, a crónica jornalística, a crónica romanceada e a crónica de viagem), a monografia, a dissertação didáctico-pedagógica e o estudo etnográfico. Em toda a sua obra, este escritor, sem nunca fazer concessões a modas literárias ou a modismos narrativos, conta-nos histórias dos homens do mar e da terra – gente de grande riqueza psicológica e funda expressão humana e universal. Conhecendo de perto a actividade baleeira e olhando-a e sentindo-a como coisa sua, Dias de Melo (ele próprio baleeiro esporadicamente) fez de grande parte da sua escrita um painel dessa mesma actividade, muito particularmente da que se reporta ao concelho das Lajes.“ (Victor Rui Dores)
Num conjunto de imagens que dedico à minha Avó Mariinha e à Tia Florinda...de cujas memórias tenho, todos os dias, saudades...
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