"a minha coerência, no mundo da Música, é mudar"...

A frase é de Paulo de Carvalho, o cantor-que toca voz-a celebrar 45 anos de carreira.

Hoje, não me importava de ir à noite até Almada, e compartilhar com um público sempre ávido, num misto de nostalgia e expectativa, as emoções do espectáculo "Vida", que já vi em dois formatos distintos. Os concertos de Paulo de Carvalho, mais ou menos grandiosos na sua vertente técnica e de encenação, têm sempre uma interacção artista-audiência que dá um gosto especial ao fluir das notas e das palavras... 

Foto: Rodrigo Bento

...foi na chegada do 26º Rali Sical, prova onde a Carla e a Marta (sua navegadora e também minha amiga de longa data...) fizeram um brilharete. Muito engraçada ficou a entrevista que ela deu ao jornal "Notícias da Manhã"...

...relativas aos números e gastos com a Administração Pública na Região.

Está giro o Artigo de Opinião no "GACS"...

LA FIGLIA CHE PIANGE (T.S. Eliot)

Para ouvir aqui...

Foi através do blogue do André Bradford que encontrei este "apeloeh", um espaço com muito que se lhe diga. Ou, melhor ainda, para, sem adjectivos, se ir descobrindo lentamente...

Eu, identifiquei-me logo...e o jornal nem é o mesmo.

AP/ Arturo Rodriguez

"Pelo sonho é que vamos" - Depois de uns tempos sem notícia de africanos a chegarem em massa às ilhas espanholas, uma nova vaga nos últimos dias já levou cerca de 250 homens às Canárias, arriscando a vida na travessia em nome do sonho espanhol.

in "Visão".

Estas são as "Camoflage New Balance Retro Shoes", possivelmente uma boa opção para a próxima excursão "mato dentro" do meu amigo Nuno (B)Vargas...

Tem nome de Discoteca e uma imagem que bem ficava numa T-Shirt, assim com uma frase do género "nesta também elas andam"...

É um novo blogue da Terceira, com título inspirado na Via Vitorino Nemésio que, no caso deste ponto de encontro e opiniões, se fará mais no sentido Praia-Angra...

Não se trata da estrela Pop dos anos 80, mas sim da representante portuguesa no "EUROVISION  2007 MUSIC CONTEST" , realizado em Helsínquia.

A música "Pimba" também na Eurovisão...

Foi há menos de uma hora, na "SIC-Notícias", e já apanhei a peça a meio, dando para ver que se tratavam de inundações provocadas por chuvas fortes, e que causaram o aumento inesperado do caudal de um rio. O motivo aparente eram madeiras que os populares depositavam nesse mesmo rio, pelo que todos quantos moravam junto ao rio foram afectados. Ao começar a ouvir os populares em questão identifiquei claramente a pronúncia da ilha do Arcanjo São Miguel...mas e o rio? Qual era? De facto as inundações foram na Ribeira Grande que, como indica o nome da localidade, tem mesmo um rio, e nem com a audição do edil Ricardo Silva a jornalista da SIC se "descoseu"...é rio, é rio!

Duas notícias depois e referência ao bom momento de forma do Sporting de Paulo Bento, a apostar na chegada à Final da Taça e agora mais motivado com "a conquista do segundo lugar do campeonato"...

Ou seja, em breves cinco minutos, descobri que a Ribeira Grande tem um rio e que a Liga de Futebol 2006/2007 afinal já acabou...Obrigado, "SIC-Notícias"!

Foto tirada pelo meu sobrinho Luís Lereno.

-Fernando Jorge, que neste “Sical” navegou o jorgense Fernando Soares, cumpriu no fim-de-semana o seu 100º rali. Mas nem por isso as coisas correram bem para o já veterano “pendura”, com o Clio azul a entrar (!) literalmente por um palheiro dentro na primeira passagem da Serra do Cume. Fernando Jorge estreou-se no Rali “Chocolates Regina” de 1984, então com apenas 17 anos e mediante uma autorização especial, e já navegou diversos pilotos, entre os quais Fernando Amaral e Luís Carreiro. Com estes dois já desistira na mesma classificativa, e sempre naqueles 200 metros de troço onde bateu o Clio. Como referiu, em brincadeira, o navegador “agora só entro quando não houver Serra do Cume!...”

-Emoção e saudade. Assim se pode adjectivar a prova de Cecília Augusto e Sandra Santos no “Sical”. Uma estreia atribulada com a falta do limpa pára-brisas, mas à qual todas as ajudas e colaborações foram dadas de bom grado e com amizade. A mesma que marcou a atribuição do prémio de melhor equipa feminina nos VSH, com direito a quadras evocativas, e a um momento pleno de cumplicidade entre o desporto, a paixão e as recordações de quem partiu…mas que, como foi referido, viu “lá de cima” a aventura concretizada…

-Antiga glória do ciclismo açoriano, com natural apetência para as contagens e subidas de montanha, Manuel Florentino (agora Manuel Bettencourt…) ultrapassou Olavo Esteves no final do rali, chegando ao 15º posto, mercê de uma penalização inicial do piloto do Clio. Mais do que a muita chuva, uma coisa nunca deixou de ser visível no Saxo branco: o seu impecável aspecto e manutenção. Para além do agradável cheiro a morango do aromatizante interior, impossível aqui de reproduzir!

-Foi uma agradável surpresa a actuação do madeirense Pedro Silva no 26º “Sical”. Depois do infeliz acidente, há dois anos em Santa Maria, o piloto mostrou todo o seu talento num rali pleno de dificuldades. E sem treinar muito, pois referiu apenas ter feito “duas passagens em cada troço…menos na Serreta, aí aplicamo-nos mais um bocadinho…”.

-O público da Terceira voltou a mostrar a sua raça nestas coisas dos ralis. Mesmo com chuva, vento e nevoeiro, havia muita gente na estrada a provar que, quando há “festa”, a vontade de participar é sempre grande. Ou não faltem duas semanas para começar a época das touradas à corda…este foi, se calhar, o último “teste” em cima dos muros da ilha…

-Como teria sido a prestação de Gustavo Louro no “dilúvio” da manhã de Sábado com o Clio S1600? A pergunta ficou no ar durante todo o dia, isto depois da infeliz desistência após vencer a classificativa inaugural. O autor destas linhas teve o privilégio de, uma horinha após terminar o “Litoral”, apreciar as imagens “on-board” do Clio pelas ruas de Angra. Fica apenas o comentário da altura: “impressionante…impressionante”…

-No “Lilás” do ano passado Diogo Silva e Flávio Medeiros tinham um dilema à partida: quem iria atestar (então) o 309 GTI, pois a equipa não trouxera ninguém para efectuar assistência ao carro. O problema foi debelado com a colaboração de alguns mecânicos e, já este ano, o bom aspecto do Saxo Cup “Sical” prometia uma presença mais motivadora. Pois voltou a haver problemas com a gasolina…só que desta feita em pleno troço das “Quatro Bicas”…o Saxo ficou mesmo “seco”, e não houve mais rali para ninguém!

-Firmino Mendes e José João Couto efectuaram uma grande prestação no Rali “Sical”. Lideraram entre os VSH durante vários troços e mostraram um bom andamento até a caixa de velocidades do “vitaminado” Citroen AX deixar de colaborar. O navegador dizia, algo desalentado no final “para o ano há mais…”. Confrontado com a realização do “Lilás”, em Setembro, José João Couto reafirmou “para o ano há mais…Sical, é só para o ano!...”.

-E, de facto, para o ano há mesmo mais “Sical”. A garantia voltou a ser dada, com o administrador da marca, Pedro Loureiro, a receber uma forte ovação no final da entrega de Troféus que, novamente, se realizou na Discoteca “Wolf”…

-Na entrega de Troféus o TAC quis homenagear algumas personalidades e entidades que, em áreas diversas, têm colaborado com os ralis na Terceira. Rádio Clube de Angra e Rádio Horizonte, os pilotos Olavo Esteves e Paulo Renato Silva, Luís Louro, Paulo Lourenço, o fotógrafo Ricardo Laureano “RL” e o autor destas linhas. Pela parte mais próxima muito obrigado pela lembrança, aos restantes, e também ao TAC, obrigado por tudo que têm feito por este desporto…

-Pode dizer-se que é um piloto “multi-funções”. Olavo Esteves conduziu o Renault Clio 2.0 RS a uma feliz vitória na Formula 2, pôs de pé o bem sucedido Team “Cidade Praia da Vitória” que associou a já existente equipa “Olavo Esteves Competições, continua a ver crescer e animado o “seu” Troféu dos pequenos Renault Clio, e ainda tem, para daqui a umas semanas, a continuidade da Taça de Ralis Ilha Terceira, organização que está a seu cargo. Já lhe deixamos um desafio: “Olavo, que tal a compra de um jipe e a participação numas provas de Todo-o-terreno nos tempos livres…?”

-Estrear um carro e “apanhar-se” à frente do rali no segundo troço não é coisa fácil de gerir. Assim aconteceu com Ricardo Carmo, que não evitou uma forte saída com o Lancer EVO9 na Serra do Cume-1. De qualquer forma o piloto mostrou que é preciso contar com ele em provas futuras, se bem que o asfalto continue a ser o seu terreno de eleição.

-Um dia mais que azarado teve Ricardo Moura. Um “tête” na sexta-feira, um pião a alta velocidade logo na entrada de Sábado, e vários problemas que culminaram com a quebra do diferencial traseiro a meio do rali. Com menos contrariedades o piloto tinha no “Sical” uma óptima oportunidade para vencer…só que a estreia acabou por ser para outro Lancer, embora da mesma cor.

-Fernando Peres voltou a utilizar um carro branco na ilha Terceira, coisa que só tinha feito na sua estreia entre nós no “Sical” de 2004, então com um Mitsubishi Lancer EVO7. E a mudança de cor pelos vistos não favoreceu em nada a actuação do campeão em título. Uma entrada em acção demasiado cautelosa, um despiste, e consequentes problemas mecânicos e a perda de (muito) tempo apenas deram para o terceiro lugar, mesmo ganhando todos os troços da tarde. Um café “amargo” para Peres…

-O terceiro lugar de Fernando Peres foi possível devido ao furo que Marco Veredas sofreu na Serreta-2, quando não evitou uma pedra na trajectória. Mesmo assim o quinto lugar resultante do atraso que esse furo motivou foi muito positivo. Ainda mais porque a estreia do novo Saxo foi apadrinhada com um andamento muito vivo e espectacular que, mesmo com alguns “sustos”, revelou uma maturidade crescente da rápida equipa.

-Durante a transmissão do Rádio Clube de Angra o nosso colega e amigo Pedro Ferreira referia, a páginas tantas, “Estou aqui como um pato…”, numa clara referência à imensa chuva que apanhou ao início da manhã. Foi a casa renovar a indumentária e, na passagem seguinte, ao entrevistar o piloto Olavo Esteves, recebeu deste o seguinte comentário: “Epá, já mudaste de roupa?”…Um pormenor da emissão dedicada ao rali, onde o “RCA” esteve em excelente plano.

-Inédita foi a transmissão online de imagens em directo do rali. De facto a TV Via Oceânica (www.tv.viaoceanica.com) enfrentou as muitas adversidades do clima e pôs na estrada uma equipa de jovens e corajosos repórteres de imagem com o intuito de levar a todo o mundo o rali “Sical”. Nove troços cobertos em directo e quatro câmaras na chegada final da prova foi o resultado de uma experiência ambiciosa, mas só capaz com o esforço de mais de uma dezena de pessoas, incansáveis durante o trabalho, e tecnicamente capazes de muito mais…assim o tempo o permita. Para a próxima assim se espera…e então se for com a “cumplicidade” de uma estação de rádio…

-Durante essa mesma transmissão, que ajudei a comentar em directo, recebi a seguinte SMS: “Miguel, dá os meus parabéns a quem está a escolher a música! Não falha nada! É dos nossos! Um abraço do Faial. Paulo Silva”. O simpático piloto da Ilha Azul estava em “linha” e teve resposta e cumprimento em directo. Pelos vistos também gosta do potente rock dos anos 80!...

-32. Era o número do Saxo Cup branco que fez mesmo um brilharete, a minha idade já feita e a que também vão completar piloto e navegadora no próximo mês de Agosto. Carla Rosado e Marta Areia, minhas caras amigas de infância, foram uma das sensações da prova, revelando velocidade, talento…e bom senso. Aquilo é que foi andar, amigas!...

-E ainda falando de amigos e de infância não pude esconder, durante a apresentação da chegada do rali, o orgulho de ver na segunda posição dos VSH o meu vizinho de sempre Marco Sousa. Acompanhado de mais um companheiro de vivências e bons momentos, o Miguel Bendito, o Marquinho não esqueceu a dedicatória do bom resultado ao incansável Tomás Pires, que pôs (finalmente) o Uno Turbo a trabalhar como um relógio…

-Quem também finalmente não teve problemas foi João Paulo Simões. O piloto do Clio de Troféu chegou pela primeira vez ao final conduzindo na Terceira. Muito possivelmente porque os ensinamentos tirados na estadia algarvia do Rali de Portugal deram resultados práticos. Afinal guiar “à Loeb” também deve dar jeito na chuva…!

PS-Na reportagem que fiz do 26º Rali Sical escrevi que "Juntando em 2007 os Toyota Yaris aos Starlet, o Troféu “Sousa Automóveis” teve no mariense João Silva o líder desde o troço de abertura.". Tratou-se, efectivamente, de um lapso de quem fez muita coisa ao mesmo tempo durante a prova. Com efeito João Silva liderou na 1ª PE, mas seria ultrpassado logo no troço inaugural da manhã pelo também mariense Paulo Andrade, que se estreava no asfalto da Terceira. O piloto do bonito Yaris vermelho liderou o Troféu até capotar na 8º PE. Fica a correcção... 

Excelente recolha feita pelo site "Foto Rali" dos 40 anos de história do "Rali de Portugal". A visualização dos 40 carros vencedores ou os 40 cartazes da prova valem bem a visita...

E ainda dizem que os Açores estão a perder a sua importância geo-estratégica...

-Foto: Pedro Costa (Fotaçor)

O Troféu instituído pelo jornal angrense "a UNIÃO" para premiar a decoração mais bonita, de entre os carros presentes no 26º Rali Sical, acabou por ser ganho pelo VW Golf GTI (nº52) da equipa Ricardo Moura/Carlos Costa. O carro germânico apresentou um visual “à MG Sports” de fundo preto e lista central verde, cor que delineava os principais patrocínios. Como curiosidade refira-se que os segundo e terceiro carros mais votados foram o Saxo Cup de Luís Gomes (nº23) e o Clio S1600 (nº2) de Gustavo Louro.

Foto: Luís Pacheco (www.ralis.online.pt)

Resumir numa única reportagem as andanças do 26º Rali Sical é, no mínimo, um trabalho exaustivo. Mas não tanto como o que tiveram pilotos, mecânicos e organização ao longo do fim-de-semana. Só por isso estão de parabéns pela abertura da temporada dos ralis açorianos em 2007…!
De facto São Pedro nada quis com o “quentinho” do café neste “Sical”.

Muita chuva, frio, nevoeiro, e dificuldades acrescidas para quem, na estrada, lutava para ter o melhor desempenho possível. No final, e feitas as contas, a vitória acabou por sorrir ao piloto que mais tempo andou na frente da prova. No ano em que festeja as bodas de prata nos ralis, Luís Rego estreou-se no lugar mais alto do pódio, depois de um ataque calculista na parte da manhã de Sábado, quando as condições climatéricas impunham respeito. Arriscou, jogou forte, e ganhou!
O Rali arrancou com o espectáculo muito difícil e escorregadio do traçado citadino “Litoral”. Aí, contrariando as previsões, e face ao estado do piso, Gustavo Louro impôs o Renault Clio S1600, ganhando 1,3 segundos ao Lancer de Fernando Peres. Mas o piloto de Angra não teria, uma vez mais, a sorte do seu lado e, findo o troço, a quebra inesperada de uma manga de eixo impediu a chegada à assistência para efectuar a reparação. Era o desalento para o público local e o rali perdia a tão esperada luta Peres/Louro ainda antes de ir para a estrada “aberta”. Ricardo Moura fechou o pódio, à frente de Ricardo Carmo e de um surpreendente Fernando Meneses.
A chuvosa manhã de Sábado teve um nome a destacar: Luís Rego. O piloto da “Ilha Verde” atacou forte logo em Vila Nova-1, ganhando o troço, mas não impedindo a estreia de Ricardo Carmo na liderança, mercê do bom tempo do dia anterior. Fernando Soares entrou em força e foi quarto. Mas a estreia também do EVO9 para Carmo apenas durou até ao troço seguinte, Serra do Cume-1, onde uma forte saída motivou a desistência prematura. Era a vez de Fernando Casanova ganhar uma classificativa, a par com um espantoso Sérgio Silva, que “voou” literalmente com o 206 GTI. Rego passava para o comando e Fernando Meneses era o segundo, provando que, à chuva, o Saxo era uma arma temível. Pelo caminho ficava Marco Martins, isto quando o azar começava a marcar a prova de Ricardo Moura. E por onde andava Fernando Peres? O campeão em título foi cuidadoso em demasia e já levava 15,3 de atraso para o líder, que lhe ganhou mais 9,3 na primeira das Quatro Bicas. Aí quem ficou mal foi Fernando Meneses, com um semi-eixo a travar uma actuação de luxo. Casanova passou Peres, posição que se voltou a inverter no troço seguinte, mas na segunda passagem pela Serra do Cume o Lancer branco bateu e Peres atrasou-se, sendo que um tubo do intercooler ficou afectado e o carro japonês se arrastou na última PE da manhã, somando quase 3 minutos de atraso para a cabeça da prova. Pelo caminho tinha já ficado Fernando Soares, que não se coibiu de “enfiar” o Clio num palheiro (!) em Serra do Cume-1, tentando ainda prosseguir em prova, o que acabou por não conseguir. Quem já não iria sair para a secção da tarde era Ricardo Moura, pois a quebra do diferencial traseiro pôs termo a um dia azarado, onde a luta pela vitória poderia ter sido um cenário mais que provável. Pela hora do almoço Luís Rego tinha já 41,7 de vantagem para o Impreza de Casanova, seguindo-os o Peugeot de Sérgio Silva, que bem sentia a pressão de um muito rápido e consistente Marco Veredas, a estrear em grande o novo Saxo. O quinto era Pedro Vale, na frente de um desalentado Carlos Costa e com Fernando Peres já na sétima posição.
Da parte da tarde seis troços e todos ganhos pelo campeão de 2005 e 2006. Peres forçou a nota e arrancou a ferros o terceiro lugar do pódio. Mas isso apenas porque Marco Veredas furou na Serreta-2, quando já ultrapassara e se distanciara de Sérgio Silva, tendo a direcção do Citroen ficado afectada. Veredas perdeu assim ingloriamente o terceiro lugar e também a vitória na Formula 3. Aliás nessa categoria os S1600 acabaram por não ter vida fácil, pois Louro desistiu de entrada e Carlos Costa nunca se encontrou ao longo do rali. O feudo ficou para Meneses, Veredas e Sérgio Silva, com o piloto do Peugeot a demonstrar no dilúvio do “Sical” que bem jeito dá ser um bom piloto de terra quando chove na Terceira ou em Santa Maria. Nos lugares cimeiros a ordem foi então Rego-Casanova-Peres. O simpático piloto do Lancer azul-escuro manteve um ritmo vivo o suficiente para aumentar um pouco a vantagem da liderança, chegando a Angra com 46,5 segundos de avanço sobre o homem que estreou em beleza o Impreza N12 que vencera este mesmo rali em 2006, pelas mãos de Gustavo Louro. Luís Rego dedicou, emocionado, a vitória ao mecânico Paulo “Citroen”, elemento da “Peres Competições” recentemente falecido num acidente de trabalho no Rali Portas de Ródão. O piloto ostentava mesmo uma faixa preta com o nome do mecânico bordado a branco no seu fato de competição. Peres acabou então por minimizar os estragos com o terceiro posto, depois de uma manhã onde andou mal e teve ainda azar por cima.
Depois destes ficou Sérgio Silva, na frente de Marco Veredas e de Pedro Vale, também autor de uma prova sem mácula e com muito “juizo”. Carlos Costa foi sétimo e não chegou ao pódio da “F3”, ficando na frente dos irmão Nuno e César Rocha, muito regulares e eficazes com o “velhinho” Impreza, também do surpreendente Pedro Silva, que veio mostrar que os madeirenses não andam bem só dentro de portas, e de Hermano Couto que, fechando os dez primeiros, esteve algo distante de actuações anteriores. Carlos Borges e Artur Silva levaram os Saxo às 11ª e 12ª posições, depois de provas muito interessantes e com ritmo bem vivo, talvez não tanto como os “milagres” que Alexandre Melo fez com o seu Clio de Troféu e que culminaram com a 13ª posição. O 14º lugar foi para as “meninas” do Saxo Cup nº32. Se horas antes da prova sorriam de ansiedade, Sexta e Sábado Carla Rosado/Marta Areia cerraram os dentes e deram “água pela barba” a muitos homens com máquinas superiores. Até tempos nos dez primeiros chegaram a fazer! A fechar o top-15 deste 26º Sical ficou mais um Saxo, o de Manuel Bettencourt que (não tivesse sido ele um dos nossos melhores ciclistas…), no “sprint” final bateu por 2.1 segundos o vencedor da Formula 2, Olavo Esteves.

Exactamente na categoria que faz correr os duas rodas motrizes de 1601 a 2000 cc, o azar parece ter “largado” a porta do piloto da Praia da Vitória. No início do rali Fernando Soares fez valer a potência do Clio ex-Vitor Lopes (isto até bater…), mas depois foi Gilberto Ferreira a dominar com o Corolla T-Sport. Na PE nº11 o motor do carro japonês deitou por terra cerca de 1m20 de vantagem e Olavo Esteves passou para frente, tendo apenas de controlar a diferença para o estreante Ricardo Moura, pois Augusto e Marlene Ferreira vinham já bem distantes. O triunfo trouxe alento para a nova época e para o projecto recente que é o “Team Cidade Praia da Vitória”.

Entre os homens do Troféu Renault Clio Olavo Esteves Competições/Açorlanda Alexandre Melo “arrumou” a questão (novamente…) logo na primeira passagem da Serra do Cume. Depois foi aumentar a vantagem até final, também com “cronos” excelentes na Serreta. De regresso à competição que ganhou em 2005, o “Maúrça” apresenta-se como um candidato natural ao triunfo. Pedro Sousa fez o que já tinha conseguido em 2006 e ganhou a medalha de bronze dos Clio neste “Sical” 2007. Sérgio Cardoso foi o terceiro na iniciativa, se bem que (com o carro de treinos depois de um problema com o Yaris) “Toni” Ortins tenha conseguido terminar à frente do piloto da Praia da Vitória, mesmo não estando na luta do Troféu, e por pouco ambos não apanhavam a dupla do Clio de Santa Maria. Aliás entre Pedro Sousa e o sexto do Troféu, José Silva, ficaram João Paulo Simões, José Vieira…e menos de 30 segundos!

Juntando em 2007 os Toyota Yaris aos Starlet, o Troféu “Sousa Automóveis” teve no mariense João Silva o líder desde o troço de abertura. Com João Faria a não ter uma prova feliz, Silva foi ganhando terreno aos seus adversários para, no final, vencer com quase dois minutos de avanço sobre Francisco Costa, que bateu Teófilo Pires na luta pelo segundo lugar. Paulo Leal e a campeã regional em título, Diana Coelho, também conseguiram vencer as muitas adversidades do rali.

Na luta particular dos VSH, que pontuam para o Campeonato Regional de Ralis dos Açores, o vencedor acabou por ser mesmo o campeão em título. Sempre acompanhado pelo fiel Tomás Pires, Mário Garcia voltou a impôr o Peugeot 309 GTI, mas não sem antes suar as “estopinhas”, é que a concorrência deu que “fazer” no “Sical”. Na sexta à noite o piloto do Pico Marco Pinto impôs o AX no “Litoral”, mas uma penalização de 30 segundos retirou-o do pódio e deu a liderança provisória ao Fiat Uno Turbo de Marco Sousa/Miguel Bendito, que tinham feito apenas mais 0,1 segundos (!) nos 3,11 km do troço. A seguir mostrava-se o rápido AX TRE (só de nome, entenda-se…) de Firmino Mendes/José João Couto, dupla que viria depois a liderar a categoria até à 6ª PE, altura em que Mário Garcia chegou ao comando, mas depois de ter de dar “à corda” no Peugeot, pois o australiano do Citroen não esteve para brincadeiras. O azar acabou por afectar Firmino Mendes, com a caixa de velocidades a impedir o segundo lugar na Serreta-2. Daí até final foi mesmo Marco Sousa quem venceu dois troços, garantindo a segunda posição e fazendo esquecer os muitos azares de 2006. A dupla do Pico, Marco Pinto/Paulo Serpa, fechou o pódio e provou que a chuva não era obstáculo para um bom andamento. Filipe Teixeira foi quarto, na frente do veterano Pedro “CDS” Pereira, que chegou a Angra com a frente do 205 algo desfigurada. Bruno Amaral foi outro dos sobreviventes, na frente das “meninas do AX”, Cecília Augusto e Sandra Santos que, emocionadas no final, conseguiram na estreia realizar um sonho de uma amiga de quem temos muitas saudades.

Mas na estrada esteve também o bonito Escort RS 2000, pertença de Mário Garcia, e que o simpático José Patrício “Néne” conduziu como o único clássico em prova. Acabando sem embraiagem deu espectáculo sempre que pôde e agradeceu ao muito publico o apoio recebido na estrada. Afinal, se a Terceira é hospitaleira por natureza, quando se trata de “gente boa” a vontade ainda cresce mais!
E foi mesmo com muita vontade e trabalho que se pôs na estrada este Rali “Sical”. Abriram-se a hostilidades dos ralis açorianos em 2007 e, amanhã, mais notas e “bocas” sobre a prova estarão aqui à disposição…

Resultados da prova...